O rolo da GêmeaDesci eu da pista 2 para a pista 1 da boate pra encontrar Gêmea da Night, ni qui a vejo toda sorridente, animada toooda a sua vida, no auge da bebedeira de três latinhas de cerveja. Que inveja, cara. OK, eu estava lá, feliz também, mas as minhas três cervejas já haviam vaporizado totalmente enquanto eu dançava. Suei toda a cachaça e estava lá, sóbria, pronta pra qualquer atividade intelectual ou motora. Podia dirigir, recitar a tabuada de sete, disputar uma partida de xadrez (se eu soubesse como fazer qualquer uma dessas três coisas, naturalmente).
Enfim, Gêmea da Night sorridente, vira pra mim e, com um olhar triufante e, ao mesmo tempo, em busca de cumplicidade:
- Olha só o que eu tenho aqui.
Abre a bolsa e me mostra. Olho lá dentro e tem... um ROLO DE PAPEL HIGIÊNICO.
...
- Gêmea, pra quê demônios você quer isso???
Ela esclarece (ou tenta, pelo menos):
- Ah, eu vi que estava acabando, aí peguei lá do banheiro.
!
- Você roubou esse papel todo lá do banheiro?
E ela, feliz:
- Sim! Agora eu tenho meu próprio rolo.
Ai, minha Nossa Senhora das Necessidades Fisiológicas... Melhor não discutir, né?
Pior é que Gêmea não mais foi ao banheiro aquela noite e voltou pra casa com o rolo de papel intocado dentro da bolsa. E está lá até agora, aposto.
Tem coisas, tum, que só a bebida faz você entender.