Mais uma da série “nights furadas”Essa historinha é da outra semana, mas como não tive tempo, paciência e nem inspiração de blogar nos últimos dias... aí vai ela.
Eu e Veia Saltada conversávamos pelo MSN no início da noite de sábado. Tentávamos decidir se íamos ou não a um aniversário que seria comemorado na Barra. É lá em outra galáxia. Mas Veia tem carro e me daria carona. A questão era driblar a preguiça e ir até uma boate em que nunca tínhamos ido. Num surto de “melhor do que ficar em casa”, lá fomos nós.
Eu sempre acho que qualquer boate é melhor do que ficar em casa num sábado à noite. Pícara sonhadora. Tantas vezes teria sido melhor ficar na minha casinha, vendo DVD e comendo queijo quente com muito cheddar... mas eu sempre esqueço. Sou que nem aqueles caras da propaganda da Skol.
Chegamos no tal lugar e tinha uma fila quilométrica. Daqui até as muralhas da China. E era cedíssimo. Ficamos lá, esperando outras pessoas chegarem, pessoas que foram chegando aos poucos e ajudando a engordar a fila. Mas ninguém entrava. Era clássico “estamos prendendo a fila pra mostrar que a boate está bombando”. Depois de um certo tempo, ninguém mais entrava mesmo, só se alguém saísse. Ou se a pessoa fosse amiga de alguém da boate. Como ninguém sai de lugar nenhum antes de meia-noite (correção de Pentel quando eu contei isso: “sai sim. Cunhado sem Loção sai e, por causa dele, a esposa de Cunhado sem Loção sai junto”. OK, mas só eles dois) e eu não era amiga de ninguém lá dentro porque não tenho amigos, já começava a pensar na hipótese de ir embora quando quem aparece? A aniversariante, que já estava lá dentro com uns convidados que chegaram antes do sol nascer e tinham conseguido entrar. A pobre resolveu sair da própria festa porque uma amiga (?) que estava do lado de fora ligou pra avisar (reclamar?). Sem lo-ção. Se fosse eu dentro do meu próprio aniversário, não saía nem por um cacete de ouro cravejado de brilhantes. Mandava logo a pessoa ouvir a musiquinha anti-stress e me deixar em paz.
Enfim, 15 pessoas na porta da boate tentando decidir pra que outro lugar ir. Como 15 pessoas não decidem nada, passaram-se muitos anos e eu já estava farta, com a minha mais perfeita cara de sem saco. Mas já que eu estava ali ia ficar até o fim, sentar pra beber, mesmo frustrada porque queria dançar. Até que neguim resolveu comprar umas cervejas e BEBER NA PRAIA. Aí não. Nessa hora não tive opção e voltei pra casa. Não tenho mais idade pra sentar na beira da praia de noite, chacoalhando de frio, pra beber umas cervejas . Se bem que pra isso eu acho que já nasci velha.