O fimAqui, qual é a graça de fazer uma história com mistério "quem matou" pra no fim quem matou ser o vilão da novela? Gilberto Braga fez isso em Celebridade, que eu via com tanta vontade, esperei tanto tempo, pra assassina ser Laura, a vilã. Nunca me conformei com esse final. Aí, vem a novela de agora e - adivinha! - ele faz a mesma coisa! Inacre. Pra quê fazer mistério então? Coisa mais sem sentido!
Tá acho meio patético livros de mistério em que o assassino é sempre a pessoa menos óbvia, porque aí também é fácil descobrir: será sempre aquele que aparentemente não tem nenhum motivo pra matar. Por isso li dois livros da Agatha Christie e nunca mais me interessei por nenhum. Achei uma coisa assim meio Scooby Doo. Mas então. Não precisava ser o menos óbvio. Não precisava ser a Rutinha. Mas Gilberto Braga sabe como fazer. Ele fez em Vale Tudo, tão direitinho! Depois de Paraíso Tropical, no entanto, perdi as esperanças de ver a Leila matando a Odete Roitman, indo embora de avião com o Reginaldo Faria dando uma banana pro Brasil, e todo mundo chocado em frente à TV com a revelação. Isso aí nunca mais. O autor deve estar meio totózinho. OK, até achei o motivo interessante, mas não precisava ser o Olavo, né? Dava pra criar um motivo legal pra outra pessoa. Da próxima vez em que tiver novela dele com quem matou, vocês já sabem: o assassino é o vilão. Carece não ninguém ficar queimando a mufa pra tentar descobrir.
Ainda bem que eu não via essa novela, sabe.