Gordurinha gordurãoOntem encontrei pela primeira vez uma amiga de Kátia Lisa que fez lipo. Quando eu olhei pra garota, fiquei hipnotizada. Emagrecimento instantâneo, mermão! Ela nunca foi gorda, mas agora está fininha, com uma cintura reta. Sempre tive medo de sofrer e, por isso, sou contra fazer qualquer coisa que doa por vontade própria, sem necessidade. Mas acho que a gente vai ficando velha e nossos conceitos mudam. Pela primeira vez, considerei realmente a hipótese, pesei os prós e contras de sugar as gordurinhas com aquele tubo doido.
Já posso ouvir minha amiga Miss Coco Anão falando nos meus ouvidos. Outro dia, eu disse a ela que queria fazer uma lipo. Ela reagiu na mesma hora:
- Pára, Fernanda. Você tem um corpo ótimo. Pra que vai fazer cirurgia sem necessidade?
- Mas eu queria tirar essa gordurinha aqui, ó... essa na barriga...
- Toma vergonha, Fernanda! Vai malhar!
Estraga prazeres. E as delícias da lei do menor esforço? Como vou desfrutar se resolver acabar com as gordurinhas malhando e fazendo dieta? Coisa mais fora de tendência. Posso ter um corpo ótimo, mas eu quero uma barriga igual a daquelas dançarinas do Luciano Huck. Quero ser coleguinha. Quero me livrar das células adiposas que titio Dráuzio disse que eu adquiri na infância e nunca mais vou perder. Eu quero. Se eu pedir com força, será que o bom velhinho (Papai Noel, não o tio Dráuzio) me dá?
O lado ruim é que Mamãe Joselita não vai querer cuidar de mim no pós-operatório, já que, quando ela fez plástica no rosto, eu fui o grinch das cirurgias, disse que ela podia não voltar da anestesia e que se voltasse e sentisse dor eu não ia ter nenhuma pena, porque ela fez tudo voluntariamente. Porque eu sou verdadeiramente uma fofa.
O lado bom é a quantidade de posts que isso poderia render. Imaginem só. A saga da lipo.