Medo natalinoCom emoção ou sem emoção? Os “bugueiros” de Natal perguntam isso pra todo turista. Virou um clássico dos passeios de buggy pelas dunas. Quando o nosso perguntou, pensei: “ahhh, agora sim estou em Natal”. Mas confesso que me deu uma certa me-da. Gente, esses homens são malucos! Mas aí Ana Pôla disse que a primeira parte do passeio não teve nenhuma graça e então eu resolvi falar pro cara colocar mais emoção. Ele me olhou com uma cara de “perdoai, Pai, ela não sabe o que pede” e começou a fazer as manobras malucas lá. Eles descem com os bugres por aquelas dunas gigantescas, a toda velocidade e de lado. O buggy vai caindo de lado, dá a nítida impressão de que vai virar. Difícil até de explicar. É muito legal, mas dá medo, não tem jeito.
Já Ana disse que não sentiu medo nenhum. Ah, mas eu senti. Simplesmente porque quem dirige o carro não é uma máquina, é um ser humano! Não é a montanha russa do Beto Carrero. Não é a Roda Skol. É um sujeito que pode errar! Especialmente porque, na parada para fotos, ele comentou:
- Vou ficar olhando os outros pra aprender melhor as manobras, porque hoje é meu segundo dia nesse trabalho.
SEGUNDO DIA? Estávamos praticamente a bordo do buggy da morte dirigido pelo aspira. Pede pra sair, turista prega!
Nesse mesmo dia de passeio, tive meu outro momento de medo em Natal. Resolvi ir no tal do aerobunda. Você senta numa cadeirinha láaaa em cima de uma duna enorme e desce pendurada por um cabo de aço (tipo uma tirolesa) até bater de bunda em uma lagoa lá embaixo (a Lagoa de Jacumã). Achei que seria muito divertido e fui lá, toda me querendo, a rainha do ecoturismo. Paguei a ficha, sentei igual a um saco de batata gordo pendurada na tal cadeira e... tive um ataque de pânico. Olhei a altura do troço e comecei a gritar: “Não vou mais, não vou mais, me tira daqui”. Um vexame. Aí Ana gritou: “VAI SIM” e eu lembrei que esse negócio de ter medo de sofrer um acidente trágico é coisa de mulherzinha. Fui.
Bom, não morri, ou então não estaria aqui blogando. E, enquanto pessoa ainda respirante, achei ótimo: a descida é uma delícia e a água doce da lagoa embaixo melhor ainda. Aliás, água doce é bichinho de Deus. Dá pra tirar todo o sal do mar, por favor, e transformar tudo numa grande piscina?