MocinhaHoje eu estava andando pelo corredor do trabalho, no auge do mau humor por ter que dar expediente nesses três dias. Eu sinceramente não consigo entender por que eu não posso tirar duas semanas de recesso. Ia ser tão mais legal. Mas enfim, estou lá eu voltando pra sala, quando escuto uma pessoa começar a cantar atrás de mim. Vocês sabem que eu tenho pavor de gente que canta sozinha. Me dá agonia. Aí olhei pra trás pra ver quem era o sem loção. Era um cara bonzinho que eu conheço, coitado, mas eu devo ter feito uma cara tão de “quem é esse idiota cantando na volta do recesso” que ele se justificou:
- Eu vi você andando e lembrei dessa música...
Já com o meu coração (em 2008 eu tenho coração) abrandado, fiquei curiosa e perguntei que música era. Tá que podia ser “joga pedra na Geni, ela é feita pra apanhar, ela é boa de cuspir”, mas eu quis saber assim mesmo.
- É uma assim: “O seu andar tem jeito de moça criança, a sua trança tem fita amarela”. Achei o seu andar com jeito de moça criança.
Ah, que FOFO. Depois descobri que essa é uma música do Agepê, aquele que cantava, mas já morreu. Deve ser brega. Mas achei legal. Andar de moça criança. Vou colocar junto com os outros elogios bizarros que eu já recebi na vida. Tá valendo, cara. Eu adoro elogio, fico igual cachorro quando tacam osso. No reveillon, quando eu disse que em 2008 eu seria uma pessoa magra, Olhar Intimidador disse:
- Mas você tá magra.
E é por isso que eu sempre vou convidá-lo pras minhas festas. Agora, quando contei isso pra Pentel, ela disparou:
- Deve ter sido o vestido que você tava usando que enganou.
Ó, montanha russa emocional. Um dia me elogiam, no outro me tacam um pedregulho no meio dos olhos, um dia me chamam de moça criança, daqui a pouco vão me chamar de coroa baleia, pressinto que basta eu engordar 0,75 grama pra isso acontecer. Malditas rabanadas, seres alienígenas dos infernos.