Cursinho mequetrefeVou ficar três dias (terça, hoje e amanhã) fora do escritório fazendo um curso de Técnicas de Redação Empresarial. E por que eu fui me meter num curso desses?, vocês podem estar se perguntando. Pois é. Eu estou questionando isso desde os primeiros cinco minutos de aula. Como são três dias inteiros, imaginem a tortura.
Pior é que a culpa é minha. Que burra, dá zero pra ela. Meu raciocínio foi que, apesar de escrever o tempo todo, eu aprendi Jornalismo, e não "Redação Empresarial" (que nome lindo), então achei que tinha algo a acrescentar.
Sempre tem, mas muito pouco. Acho que o curso de redação que eu dou pros estagiários é melhor. Eu podia até ganhar dinheiro com isso. Novamente, que burra, dá zero pra ela. Pensando bem, acho que eu mereço ficar três dias de 8h30 às 17h30 ouvindo blá blá blá Whiskas Sachê de português.
Confesso que parte do tempo é divertido, porque eu gosto da língua portuguesa e acho super relaxante ficar escrevendo redação, interpretando texto, treinando vocabulário... Só não é legal quando, assim, eu vejo erros de concordância e vírgula na apostila do curso, chamo a atenção da professora, ela faz cara de c..., diz que é erro de digitação e passa igual a cocô de cachorro na calçada: dá a volta e segue adiante. Nem se desculpa com o resto da turma. Aliás, nem conserta o erro, pro povo que mal sabe escrever uma frase inteira (a maioria) não se confundir. É, definitivamente, essa parte não é legal.
A teacher é um capítulo à parte. À moda antiga, antiga, antiiiga, estilo Tutancamon. Fico esperando o momento em que ela vai mandar a gente acabar de fazer o dever e ficar de cabeça baixa na carteira enquanto os outros colegas terminam. A galera com mais de 30 deve lembrar que antigamente era assim. Aliás, outro dia eu estava lembrando de um professora minha no primário que sacudia os alunos quando eles faziam bagunça. Uma vez, ela colocou um esparadrapo na boca de um. Juro. Hoje em dia, a moça histérica seria processada por uma horda de mães raivosas. Eu me pergunto se a tia do curso de redação é adepta da pedragogia, o método de ensino do tempo das cavernas.
Uga buga. Escrevam direito, senão, clava na cabeça. E pede pra sair.