Quem?Estava eu tranqüila e calma feito a água da dieta do poço fazendo as minhas comprinhas, olhando uma melancia linda e salivando (ando muito esquisita, parei de desejar chocolate e agora cobiço frutas), ni qui ouço uma voz:
- Fernanda???
Olho pra pessoa e o primeiro pensamento que me vem é: "Pentel". Sim, eu não sabia exatamente quem era, mas sabia que tinha alguma coisa a ver com a minha irmã. Pior é que nessas horas a vontade que me dá, juro, é de olhar pra cara da pessoa e perguntar: "QUEM É VOCÊ?", que nem um saci maluco que não sabe viver em sociedade. Ia ser mal educado, mas pelo menos a agonia acabaria naquele momento. Bom, depois eu ia ficar sem graça por ter feito aquilo, mas isso não vem ao caso.
O caso é que não perguntei e fiquei respondendo amenidades e, enquanto isso, pensando: "Será que é da UERJ?" Cérebro escaneia todas as pessoas da UERJ da sala da minha irmã que conheci. "Não, acho que não. É do antigo trabalho dela. Pode ser Fulano ou Sicrano". Até que o papo acaba, ele vai embora, não sem antes dizer:
- Manda um beijo pra sua irmã.
Ha! Eu sabia! SABIA! Sou muito mais esperta que a maioria dos sapos bois azuis bichinhos de Deus. O problema é quem. Quem? Quem? Eu ainda não sabia quem e, claro, liguei pra Pentel assim que cheguei em casa.
- Pentel... tô tão confusa!
- Ai, meu Deus... o que foi? - disse Pentel, já com medo de que eu estivesse com um problema psicológico, assim, psicológico, sabe, que fosse tomar umas três horas e meia ao telefone.
- Um cara falou comigo no supermercado... tenho certeza que era do seu antigo trabalho. Aliás, acho que era ou Fulano ou Sicrano.
- Fulano não era, porque ele está morando fora do Rio.
- Então era Sicrano! Pô... mas ele está sem barba. Sem barba!
Pessoas que sempre tiveram barba nunca deveriam tirar a barba pra confundir a gente. Aposto que tem isso escrito em algum lugar.
Resolvido o mistério, pude dormir direitinho. Talvez ele não tenha percebido que eu não reconheci. Agora, ele bem pode ler esse post, aí fudeu. Ele perguntou se eu ainda tinha o blog, porque de vez em quando lia. Mas foi por educação. Ou pra ter o que falar. É, foi.
*Se algum engraçadinho quiser fazer um comentário fingindo que é o cara não adianta assinar "Sicrano". Espertinhos.