Reclamando e postandoTenho mania de tomar café da manhã vendo televisão. Mais precisamente, vendo noticiários. O objetivo é estar minimamente informada das notícias do início do dia (ultimamente, resume-se a estar minimamente informada sobre o caso Isabella, porque as televisões só passam o caso Isabella, todas, todos os canais do mundo só noticiam isso).
Dependendo da hora em que acordo, só tem o Fala Brasil, da Record, pra ver. Até gosto do jornal, não tenho nada contra, não. Duro é aturar a apresentadora.
A mulher quer ser aquela âncora que emite opiniões. Isso normalmente já é um pé no saco, mas quando a pessoa fala um monte de coisas inúteis aí beira o insuportável.
Outro dia, o assunto era o remédio contra a dengue que estão quase descobrindo. Isso foi antes do caso Isabella, quando só falavam de dengue. O tal medicamento promete ser o primeiro a combater de forma eficaz os sintomas da dengue, aquelas quedas de plaqueta e tudo que vem junto. A matéria dizia que deve chegar às prateleiras em 2010. Aí vem o comentário da iluminada: "Não dá pra esperar até lá, né?". ... O que ela quis dizer com isso? Que não é uma boa notícia? Que se o medicamento vai estar na prateleira em 2010 as pessoas que estão doentes hoje não podem esperar? Mas isso não é assim meio óbvio?
Logo depois veio uma matéria "flagrante de empregada doméstica limpando a janela do décimo segundo andar e ficando pendurada". Aí vem o comentário dela: "Até hoje nunca aconteceu nada, mas muita gente morre fazendo isso". Ué. Se até hoje nunca aconteceu nada, como é que muita gente morre? Se nunca aconteceu nada, nunca morreu. Ou não. Fico confusa com esses comentários capetas.
E por aí vai. Isso quando ela simplesmente não diz: "Que absurdo" ou "Lamentável" e outras coisas que não acrescentam em la-da. Não gosto. Mas vejo pra poder reclamar e postar.