Azar na filaHoje fui à casa lotérica fazer aquela fezinha semanal na Mega Sena. Sabem como é, vai que a sorte no jogo chega. Aí estou na fila quando vejo uma velhinha bizarra importunando um homem (também um senhor) que estava na boca do caixa. Eu percebia que ela tentava se meter na frente dele, falava alguma coisa e ele ignorava.
Quando chegou a minha vez, a mulher encostou em mim enquanto eu entregava meu jogo pro caixa. Ignorei também, óbvio. Era como se ela não existisse. Até que ela FALOU comigo. Como assim?
- Deixa eu comprar essas raspadinhas na sua frente.
AH AH AH AH
O anãozinho que aparece na minha mente nessas horas ria sem parar, da barriga doer. Reparem que a velha louca não PEDIU, ela praticamente mandou que eu deixasse ela passar na minha frente. E não era pra pagar uma conta, era pra JOGAR. Isso porque a fila estava enorme (a Mega Sena está acumulada) e tinha váaarios outros velhos e ferrados em geral esperando pacatamente a sua vez.
- Não deixo, não. Tem uma fila. – rosnei.
A velha ficou lá estendendo os 10 reais dela (nem dinheiro trocado a criatura tinha, pra ser mais rápido) e eu voltando ao ignoration interagindo com o caixa.
Tenho muita raiva de quem fura fila. Muita. Em boates eu me transformo quando alguém tenta fazer isso. Começo a gritar NAMINHAFRENTEVOCÊNÃOENTRA até chamar a atenção do segurança. Tenho plena consciência de que um dia tomarei uma porrada, mas na hora fico cega, não vejo se é um negão de dois metros de altura. Agora imaginem a pobre coitada de uma velha.
Bom, ela deve estar lá até agora, porque ninguém estava deixando passar. Eu, hein. A mulher é uma anciã e ainda não ficou rica com jogo, já devia ter aprendido que não tem sorte. Eu na idade dela já terei o meu milhão.