NervosinhoJá vi música nessa vida de tudo quanto é jeito. Tem música bonita. Música triste. Música chata. Música romântica. Música com letras que não fazem sentido (coisas que eu sei...). Agora, achei uma nova categoria de música. A música que dá agonia.
Tudo começou quando eu estava ouvindo rádio outro dia. Tenho mania de ficar com o rádio ligado em casa, de música ambiente (gritando no ambiente). Gosto de ouvir várias estações. Procuro uma que esteja tocando alguma coisa que eu queira ouvir no momento e deixo lá pra sempre. Mas então, nesse dia, eis que começa a tocar uma música que eu não conhecia. Era assim:
De blusinha branca
De blusinha branca
Calcinha vincada
Cintinho dourado
Eu fui viajarDepois, continuava:
De blusinha branca
De blusinha branca
Uma flor na lapela
Uma saia amarela
Eu saí pra dançarDepois mais duas estrofes começavam com “blusinha branca”. Deblusinhabrancadeblusinhabrancadeblusinhabranc.. Aquilo foi me dando um desespero. Uma aflição. Um TOC. E a música não acabava. E eu não conseguia desligar porque era igual acidente de carro que a gente não consegue parar de olhar: eu não conseguia parar de ouvir aquilo.
Fiquei com tanta aflição dessa música, mas tanta, que hoje eu estava ouvindo rádio voltando pra casa, no mp3, quando o que começa a tocar? A BLUSINHA BRANCA. Não! Mudei na hora de estação, em pânico, rápido, antes que meus ouvidos adquirissem otite nervosa. Até agora escrevendo esse post estou meio agoniada por estar sendo obrigada a lembrar deste momento.
É bem capaz de alguém (ns) comentar que essa música é do compositor Sbrubbles, cantado pela cantora Flovows, revelação do cenário musical brasileiro, o supra-sumo do talento da classe artística contemporânea. Olha, pode ser. Inclusive eu acho que quem fez essa música e a cantora vão ganhar muito dinheiro com direitos autorais. Porque será a canção mais tocada no inferno, junto com Noite do Prazer.