Dermato boca de sapoJá faz algum tempo que decidi que nunca ia ficar velha. Acho que a medicina vai avançar tanto que haverá a pílula da pele lisinha, a pílula que eliminará automaticamente todas as calorias do alimentos e a pílula do cabelo liso sem chapinha. Pode ser também que eu não morra nunca, porque vão inventar também o elixir da imortalidade. Mas isso eu não sei se vou querer. Ainda estou decidindo.
O problema é que enquanto não inventam essas coisas eu tenho que ir ao dermatologista mesmo e passar uns ácidos e uns cremes franceses na minha pele pessegal. Venho fazendo isso há alguns meses. A primeira vez que fui lá, o dermato disse que eu não podia ir à praia de jeito nenhum. "Nem com filtro solar 50?" "Não". "Nem de chapéu?" "Não" "Nem embaixo da barraca?" "Não" "Nem se eu levar a sua MÃE?" "Não". Saí de lá toda revoltadinha pensando que logicamente eu desobedeceria essa recomendação. Aí, como boa virginiana católica apostólica romana que sou, obviamente cumpri a determinação à risca e não vou à praia há meses. Agora, fui lá de novo, pra fazer consulta de rotina e comunicar que eu ia passar uns dias onde? Na praia. Ele suspirou, disse que ia suspender os cremichtos durante um tempo. Depois anunciou: "Sua pele vai manchar". Ai, meus sais. Expliquei a ele que não ia ficar de cara pro sol, que jurava que ia ficar de chapelão e óculos de sol que nem celebridade disfarçada. Ao que ele resmunga: "Isso se o tempo ajudar. Se não chover". Sai pra lá, dermato urubu! Pé de pato mangalô treiz veiz! Vai fazer muito sol no meu fim de ano. Voltarei com queimaduras de muitos graus.