A cor inexistenteFrancesa Egípcia conta que já fez uns cursos estranhos na vida, só por diversão. E cita dois. Um é “Emília e a transgressão na obra de Monteiro Lobato“. E o outro “Da cor à cor inexistente”. Anh? Cor inexistente? Que negócio do cão danado é esse? Ela explica:
- Cor inexistente. Uma cor que não existe na escala de cores.
Gente, não tem cor que não exista. É sério. Se é cor, tem no Corel.
- Já sei! Ele ensinava a pintar quadros invisíveis! Aqueles que só os inteligentes podem ver!
Eu disse isso, e, claro, não poderia perder a piada amarela, então complementei:
- Eu mesma já pintei um quadro desses! Aqui, ó - apontando o vazio.
Dã. Mas não era isso. Por cor inexistente, o cara queria dizer realmente uma cor que não havia sido retratada em nenhum lugar. Impressionante. Imaginem só uma exposição com quadros de cores inexistentes, as pessoas olhando, olhaaaando e tendo que dizer que estão vendo alguma coisa. Igual aqueles livrinhos de 3D que lançaram quando eu era criança, que em algum momento a gente ficava farto e dizia que estava vendo até o Bob Marley tocando Is this love na figura. Aliás, falando nisso, drogas seriam talvez um recurso para que as pessoas vissem a caceta da cor inexistente.
Como o tal curso que Francesa fez não tinha drogas no material de apoio, os alunos realmente, a seco, aprendiam a chegar à tal cor inexistente. Que, vocês podem imaginar, não devia ser parecida com nada que nossos pobres olhos humanos que não fizeram o curso da cor inexistente já tenham visto. Não é mesmo, Francesa?
- Bom... Ninguém falou pro professor, achamos que ele pudesse ficar chateado, mas a cor inexistente era... violeta.
A cor inexistente existe! Adoro arte.