A estrada sem fim
Esse é praticamente um post de utilidade pública. Quem ainda não viu Na Estrada, do Walter Salles, vá... por sua conta e risco! Porque, véi, na boa... entrou na categoria dos piores que filmes que vi no cinema ever. Duas horas da minha vida que jamais terei de volta. Seriam duas horas e 20 minutos, se eu não tivesse saído antes do fim, porque simplesmente não me importava como aquilo ia acabar.
Rato Morto aos 15 minutos de filme começou a resmungar do meu lado dizendo que queria ir embora, que estava com fome, que queria tomar sopa de abóbora. Achei meio absurdo sair naquele momento, afinal, paguei 22 pratas (a gente compra um ingresso de cinema e sai parcialmente cego, porque hoje em dia custa um olho da cara, votedizê) pra estar ali e no mínimo queria saber se alguma história ia engrenar, queria ver se a Bella Poker Face ia fechar a boca em algum momento, essas coisas, apesar de nos recônditos do meu ser saber que não ia gostar do filme desde a loooonga musiquinha mala do início. Mas, quando chegou perto de duas horas e eu vi que teria mais praticamente meia hora ali e estava cansada de esperar que aparecesse algum zumbi, me rebelei e finalmente permiti que Rato tomasse a sua sopa. Acho um tapa na nossa cara fazer um filme de estrada without zumbis.
Valeu como experiência: primeira vez na vida que eu saí de um cinema antes do filme terminar. Agora já sei qual a sensação que motiva isso. Saí. Levantei com muito orgulho, com toda a tranquilidade espiritual. Um dia depois, uma amiga nossa contou o final e confirmou que não, não valia a pena continuar lá, porque na meia hora que perdemos não aconteceu nada (assim como em todo o filme).
Eu não sei fazer crítica de filme, não sei dizer direito por que não gostei ou por que gostei. Pra mim, filmes são divididos na categoria "me divertem" ou "não me divertem". Tem aqueles que divertem, os que não divertem, os que você até vê, mas está pensando na reunião da semana seguinte, e tem Na Estrada. Filme chato da porra.