A banana do cão
Ex-Moça do Pão é uma amiga
nutricionista de Audrey Sustentável. Ela é boa gente e dá dicas legais como
“isso aí que você está comendo [prato gordo de sexta-feira sem nada verde
envolvido] tem um índice glicêmico alto que depois ´bum’ vira tudo gordura no
seu corpo”. Acho lúcido.
Conta ela que um dia chegou em
casa e uma banana – a fruta mesmo, não uma banana de dinamite – havia
explodido. Quando ela saiu a banana estava quietinha na cesta de frutas e
quando ela voltou estava ... explodida. Aberta, transbordando pela casca. Havia
até alguns pedaços na parede (?!!).
Quando aconteceu novamente,
Ex-Moça do Pão começou a ficar preocupada. “Tem um demônio na minha casa”,
pensou. Eu acho super válido a pessoa pensar logo em sobrenatural. Vudu, gente.
Acontece. Mas pra não ficar só com a hipótese da bruxaria, ela foi perguntar
pra professora dela, já que ela é da área de Nutrição, né? E a professora, do
alto de sua sabedoria, deu uma longa explicação sobre a causa das bananas
explodirem: o gás sguenis flow (nome técnico incompreensível pra que a aluna vá
embora logo antes de descobrir que ela não faz ideia de que porra é essa de
banana explodindo).
Ex-Moça do Pão seguia chegando em
casa e encontrando bananas explodidas. A hipótese de que o prédio havia sido
construído em cima de um cemitério indígena em que eram enterrados macacos de
estimação que adoravam uma banana, uma mistura assim de Poltergeist e Cemitério
Maldito, começava a tomar força. Até que um dia o mistério foi solucionado de
repente: ela viu um morcego entrar pela janela e ir diretamente até as
deliciosas bananas que, sejamos sinceros, sempre ficaram ali ao alcance dele,
tipo oferenda. Depois Ex-Moça descobriu que os morcegos comem e cagam
imediatamente, e os pedacinhos de banana na parede eram, na verdade, cocô. Eca.
Os demônios eram mais limpinhos.
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