Sete vidas
Essa semana conheci o gato de uma amiga. Uma coisa preta gostosa. Gato mesmo, gente, bicho. Eu sou uma pessoa que cria chihuahuas, e não gatos e nem expectativas, mas quanto aos gatos, ultimamente venho me sentindo bastante afeiçoada a eles. E já que essa é a semana dos gatos, lembrei de uma história que ouvi de uma amiga de Audrey Sustentável.
Conta a moça que um dia chegou em casa e não viu seu gato. Procurou por todo canto e nada. Ficou desesperada, porque o bicho tinha mania de sair pela porta aberta, como a maioria dos bichanos, e poderia ter fugido sem que ninguém visse. Procurou mais, perguntou ao marido. Nada. Desceu e perguntou para o porteiro se ele tinha visto o gato, descreveu as cores, o tamanho... ao que o cara respondeu:
- Olha... eu acabei de ver passar um gato parecido com esse na rua... ele foi pra lá.
Desesperada, ela foi até o local indicado e encontrou o gato... atropelado. O bichinho não teve chance, todo destruído. Muito triste (aquela tristeza que só quem tem bicho pode imaginar como é), ela não tinha mais nada a fazer senão contratar uma empresa especializada e enterrar o gato com toda a pompa e circunstância.
Uns dois dias depois, a moça ainda estava inconsolável. Chorava, o marido tentava confortar, e nada. No meio de um dos seus momentos de tristeza, de repente o marido chegou perto dela e falou:
- Por que você está assim tão triste?
Ela se revoltou:
- Por quê? POR QUÊ? - olhos chispando com muita ódia no coração - Tem dois dias que enterramos o gato! Meu gato morreu! Morreu!
E o marido, poker face:
- Aquele ali?
Aponta o gato que havia acabado de aparecer dentro de um armário. De um soninho um pouquinho mais demorado de dois dias.
Taqueospariu! A menina enterrou o gato errado! O bicho era da mesma cor, estava atropelado e o dela havia desparecido, logo, ela assumiu que era o dela. Ao menos o gato de rua teve um funeral digno. Ou o gato que mora lá na casa dela é zumbi.
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