Suaves traumas (ou Mais uma da série “por que Suave Veneno ficou desse jeito”)

A mãe de Suave Veneno adorava jogar damas. A pequena Suave gostava de acompanhá-la e sempre jogava com ela. Era difícil. Suave-Mãe era praticamente uma viciada e só ganhava. A pobre Suave não conseguia vencer uma. Até que um dia aconteceu. Suave Veneno se esforçou e, depois de um jogo sofrido, conseguiu superar a mãe.

Depois de olhar demoradamente para a vitória da filha, meio que digerindo a coisa... Suave Mãe declarou:

- Você só ganhou porque eu deixei você ganhar.

E então Suave nunca mais jogou damas na vida.

postado por Fernanda Rena, às 9:59 PM Comments: |

Fila pura e natural

Esses foram os dias do guaraná descontrol. Eu não bebia água pra tomar guaraná Antarctica. Comprava litros e mais litros e distribuía pro povo do trabalho. Cada um que chegava na minha mesa levava um copo na cara e a pergunta: "guaranazinho???". Doida demais.

Tudo isso porque o meu espírito de ser humano que adora um brinde acordou com a promoção do guaraná pra ganhar a camisa imitando a da seleção. Enlouqueci. E, pela fila pra trocar a tal da camisa, eu e todo mundo.

No meio do expediente, às três da tarde, uma fila gigantesca. Alo-ou! Ninguém trabalha não? Tá que eu saí também, mas o posto de troca é do lado do meu trabalho, então dei uma fugida relativamente rápida. Mas esse povo não. Não é possível que todos trabalhem por ali. Tudo um bando de desocupados, isso sim. Cara, e nem é de graça! Tem que juntar cinco tampinhas e ainda dar mais 10 reais. Mas as pessoas acham que, porque é troca, estão ganhando alguma coisa. Loucos dos infernos.

Quando cheguei, entrei na fila imensa. O posto fica no estacionamento de um supermercado. Logo pára uma tiazinha do meu lado e pergunta: "essa fila é pra quê???". Tem noção de que a mulher parou o carro dela do meu lado só pra perguntar isso? Ela nem sabia que fila era aquela, mas era uma fila, então devia ser alguma coisa boa e ela queria saber o que era. Brasileiro ama fila mesmo!

Aquele ajuntamento de pessoas era um mundo paralelo. Acho que entrei em uma outra dimensão. Tinha um sujeito com um saco com umas 40 tampinhas, dizendo que queria "todas as camisas pra completar a coleção". Tinha a gorda dizendo que a camisa feminina era pra criança, muito pequena, não cabia em ninguém. Não cabe nela, né? Toma vergonha e emagrece. Tinha um velho jurando que viu, em um outro supermercado, os atendentes distribuindo camisa de graça porque ninguém queria e eles tinham que desovar: "juro! Eu provo! Eu tenho como provar!" Completamente ensandecido. Faltava só a faca, os olhos vidrados e a risada histérica. E a gorda dizendo, quando acabou a camisa verde que ela queria, que ia "lutar pela verde, que ia a outro lugar até achar". Tinha um menininho ostentando feliz a sua camisa, quase um prêmio, praticamente a taça do hexa, quando alguém na fila pediu pra ver. Ele mostrou, todo orgulhoso, e a pessoa disse: "ah, essa é a feminina". E o garoto com uma cara de desespero, quase largou a camisa no chão. Vai ficar traumatizado para sempre. De repente vão perguntar pra ele: "onde você trocou essa camisa não tinha pra homem?". Assim se criam adultos problemáticos.

Enfim, depois de 40 minutos de tensão, fui uma das últimas a conseguir uma camisa antes que se esgotasse e eu tivesse que voltar pra casa só com o post pra contar.

Agora nunca mais quero beber guaraná na vida. Sou capaz de abater a tiros o corno que me oferecer guaraná.

postado por Fernanda Rena, às 8:32 PM Comments: |

Jogue suas mãos para o céu

Informação número 1:

Lá no trabalho, a gente tem mania de falar, quando alguém pega alguma coisa emprestada, ou na mão grande mesmo, que vai "cair a mão se não devolver". "Vai cair a mão de quem pegou a minha caneta". "Empresto a tesoura, mas se não trouxer de volta, cai a mão". "Cairá a mão de quem mexer na minha mesa". "Cagará sangue até morrer se pegar a comida que eu deixei na geladeira". Bom, essa última é uma variação, mas já deu pra entender o espírito da coisa.

Informação número 2:

Lá tem um portador (homem que entrega documentos, um boy crescido) sem braço. Só eu poderia trabalhar em um lugar onde o sujeito que entrega coisas só tem um braço. Ainda tem um outro que, reza a lenda, não sabe ler. Como faz pra saber onde entregar as coisas, é um mistério.

Revelados esses dois pontos...

Outro dia, o portador sem braço esteve lá e pediu uma borracha emprestada a Suave Veneno. Ela, imediatamente, disse:

- Eu empresto, mas se não devolver, vai...

Pausa dramática. Não é possível que Suave fará a piada de "cair a mão" com o homem sem braço! Nãonãonãonãonão mil vezes, nem Suave Veneno seria capaz. Ou será que seria? Momentos de tensão! É agora ou nunca!

- ...vai ter que me comprar uma borracha nova, perfumada e tudo.

UHHHHH

Na trave!

Cara, se Suave fizesse essa piada com o cara seria terrível. Muito mais terrível que eu falar pro filho do Mágico de Zoss, séria, que a mão dele vai cair se ele tocar nos meus lápis e canetas. Perto disso, eu seria aprendiz de Calcutá.

...

Será que o portador sem mão um dia pegou alguma coisa na mesa de alguém e não devolveu?

postado por Fernanda Rena, às 12:31 AM Comments: |

Jamanta não morreu. Já o Guarnieri...

Eu e Pentel assistíamos à Belíssima quando, de repente, apareceu o Gianfrancesco Guarnieri. Pentel se agita e exclama:

Pentel: - Olha lá!

Eu: - Olha lá o que?

Pentel: - Esse cara! Esse cara já morreu! Ele não morreu?

- Não, Pentel, o Gianfrancesco Guarnieri não morreu. Tanto que ele está aí, ó, fazendo a novela.

- Morreu sim! Não é ele que tem um filho ator também?

Cacetes mumificados... tem, mas ele não morreu! Que isso, Além da Imaginação?

- O filho dele é ator sim, é o Paulo Guarnieri... mas ele não morreu!

Ela não se conforma e pede a ajuda de Cunhado sem Loção:

- Sem Loção, o Gianfrancesco Guarnieri não morreu?

E Cunhado, lá de dentro, do alto de toda a sua sabedoria, sentencia:

- Morreu.

Não é possível.

Pentel, triunfante:

- Viu? Morreu sim. Eu lembro do obituário na época. Ele morreu porque fumava muito.

Eu sou mesmo a última pessoa lúcida do mundo. Já estava quase me convencendo de que o sujeito tinha morrido mesmo, apesar de estar ali na minha frente interpretando um personagem da Belíssima que eu não faço idéia de qual seja.

Bom, tudo bem. Se formos pelo caminho inverso, até hoje eu não acredito que o Rômulo Arantes tenha morrido. Pra mim ele ainda cuida daquela escola de natação. E tem uns que eu não tenho certeza. Mario Lago morreu? Pedro de Lara? E o Carequinha, que eu achava que já tivesse empacotado há uns cinco anos até que vi as matérias dizendo que ele estava para morrer? Coisa mais estranha.

...

A Vovó Mafalda morreu?

postado por Fernanda Rena, às 11:15 PM Comments: |

Nunca mais sofra por amor

Entre na comunidade do Orkut Mora perto? A altura regula?

Veja a descrição:

Todos nós temos dúvidas, quando conhecemos AQUELA pessoa, se o relacionamento vai ou não pra frente. Então os amigos vêm com aqueles conselhos: "só o tempo vai dizer", "deixa rolar" e pior, aquela frase de pagodeiro: "deixa acontecer naturalmente".

Esqueça tudo isso. SEUS PROBLEMAS ACABARAM!!! Vamos dar ouvidos ao maior conselheiro amoroso que o Brasil já teve: Silvio Santos!!!

Ele, que em seu programa "Em nome do amor" resumiu em duas perguntas tudo o que você precisa saber pra saber se seu relacionamento vai dar certo ou não:

MORA PERTO?
A ALTURA REGULA?

Simples e eficiente!


E a gente complicando tanto...

postado por Fernanda Rena, às 10:34 PM Comments: |

Ele está de volta



Atenção:

foi confirmado ontem pela Rede Akydauanus de Televisão que o Orkut agora é de propriedade de Chuck Norris, sendo assim, para se salvar e receber a misericórdia de Chuck, envie essa mensagem a 10587689 amigos e depois pressione ALT+F4, aí então vá em iniciar>desligar>OK. Feito isso, dirija-se até a cozinha, apanhe uma faca e diga em voz bem alta: "Chuck Norris, por favor, eu sou idiota e fico acreditando em tudo que leio na Internet e ainda por cima encho o saco de meus amigos, perdoe minha
alma." Aí então enfie a faca no peito. Após isso você jamais terá problemas novamente com Orkut pago, MSN que espiona sua vida e Windows que saca seu dinheiro.

postado por Fernanda Rena, às 10:30 PM Comments: |

Piada amarelo Hut

Aparentemente, tem Pizza Hut na Barra. Como a Barra fica em outra galáxia, deu na mesma. De qualquer forma, bom saber. Vai que o Marcos Pontes um dia quer me levar pra passear. Aí, eu peço pra ele ir comigo na Pizza Hut da Barra.

postado por Fernanda Rena, às 10:26 PM Comments: |

Contos de Cunhado

Pentel e Cunhado sem loção recentemente visitaram Salvador. Voltaram falando maravilhas da cidade, fiquei até com vontade de conhecer. Uma das coisas que eles disseram e que me deixou com os olhinhos brilhando: lá tem Pizza Hut. Incrível! Até hoje eu não entendi porque no Rio não tem mais Pizza Hut. Adooooro!

Aí eles foram no Pizza Hut. Pediram um pacotão de pizzas que vinha com uma pizza de brigadeiro de sobremesa. Só que, quando chegou a hora de pedir essa, já estavam tão lotados da salgada que pensaram em não comer naquela hora.

- Vamos pedir para viagem essa doce.

Pentel sempre me decepcionando. Imagina se eu ia fazer uma desfeita dessas. Não pega nem bem. Até porque o compartimento do estômago para o doce é diferente do compartimento para o salgado. Um não tem nada a ver com o outro. Mas enfim. Eles decidiram isso. Dali a pouco, chega a garçonete e pergunta:

- ARRUTIDIBRIGADEIRO é pra agora ou pra levar?

E minha irmã:

- Pra levar, por favor.

Cunhado arregalou um olhão de ovo frito, virou pra Pentel e falou:

- O quê??? O que foi que ela disse????????

E ela:

- Ué... ela perguntou se a Hut de brigadeiro era pra agora ou pra levar.

- AAAAAH bom! Pensei que ela tinha falado num ARROZ DE BRIGADEIRO.

!

Já imaginaram um arroz de brigadeiro? Seria um arroz doce de chocolate?

...

Pensando bem, até que não é má idéia.

postado por Fernanda Rena, às 12:32 PM Comments: |

Jogando as coisas

Estava eu no metrô tranqüila e calma feito água foco de dengue, ouvindo meu Cdzinho da Marisa Monte (o velho, porque o novo custa um olho da minha cara e eu ainda preciso dele pra viver), alheia a tudo, ni que uma mulher chega perto de mim e vem se encostando, como se quisesse passagem pra sentar.

Olhei pra ela, depois pro meu lado e vi que o lugar estava ocupado, então, ela não poderia sentar. O que a louca estaria querendo???

Fui obrigada a tirar o fone do walkman pra ouvi-la dizer:

- Você pode segurar isso pra mim?

E tacou a pasta e o guarda-chuva dela no meu colo.

Antes de tirar alguma coisa morta da bolsa pra jogar nela, sabem que eu refleti? Pensei que talvez seria melhor se todos fossem sem loção que nem aquela doida. Porque aí a gente não ia ficar na dúvida se se oferece pra segurar as coisas ou não. Ah, eu fico. Às vezes a gente oferece ajuda e as pessoas nos olham com uma cara que dá medo. E meu coração é fraco. Então seria melhor se aqueles que quisessem ser ajudados pedissem logo e pronto. Também admirei o desprendimento da maluca. Cara, eu JAMAIS teria coragem de sair tacando minhas coisas em cima de um desconhecido.

Então deixei o bicho morto pra lá e segurei os pertences dela por duas estações, até que ela se sentou, foi embora, foi levada pelos caras de branco, sei lá.

postado por Fernanda Rena, às 12:28 PM Comments: |

Fale com ele

Hora do almoço. A mulherada comentava sobre a escassez de homens bonitos no hospital, um local de trabalho potencialmente com muitos residentes maravilhosos, mas, como não estamos na série Plantão Médico, a coisa não é tão boa assim.

Uma enfermeira, então, conta, toda empolgada:

- É, mas agora tem um gato lá... nossa! Uma gracinha! Muito bonito!

As outras se interessam:

- Jura??? De onde ele é?

E a moça:

- Do CTI ...

Enquanto todas pensavam em quem seria o novo plantonista candidato a galã, ela completa:

- ... ele está em coma no leito 14.

Anh??????????????

Todo mundo petrificado na mesa. Como assim, Bial? A mulher está interessada num paciente... inconsciente!

Ela, se justificando...

- Ah, gente... essa é a minha realidade!

Cacetes anestesiados. O mercado está ruim mesmo.

postado por Fernanda Rena, às 11:32 PM Comments: |