domingo, novembro 26, 2006
Almocinho saudávelDia desses fui almoçar com o povo do trabalho em um restaurante pé na jaca total. Daqueles em que você pede prato que seria para um, divide por três e todo mundo ainda come muito. Quando acabamos, todos lotados e culpados, começamos a falar sobre... coisas de emagrecimento. Como o assunto descamba para uma coisa dessas em um momento tão delicado? Sei lá. Sei que era um papo bizarro: - Bulimia, se não fosse uma doença seria uma grande idéia. - É mesmo. Agora a gente ia ali no banheiro e se livrava de tudo isso. - É, gente, mas é doença, mata e tal. - Pois é. Ah, a amiga de uma amiga emagreceu trocentos quilos e disse que foi só tomando chá verde. - É. Vai ver, ela só se alimentava de chá verde, há há.... Tchofftt! Esse foi mais ou menos o barulho que fez o PRATO DE PICOLÉS que o garçom tacou em cima da mesa da gente exatamente nesse ponto da conversa. O sujeito só podia estar de sacanagem, né? Em vez de perguntar se a gente quer sobremesa, agora eles tacam picolés mortos bem na nossa cara! E o pior é que só tinha coisa boa: Tablito, Chicabon, Diamante Negro, só coisa de chocolate. Nenhum sem graça de limão ou de abacaxi. Nem de coco tinha. Quando conseguimos recuperar a fala, dissemos o óbvio... - TIRA ISSO DAQUI AGORA. Claro, não sem antes alguém fazer a piada amarela: - É de graça? Mas foi uma piada amarela mal humorada, assim. Porque tacou picolé em cima de gente, tinha que pelo menos não cobrar por isso. Eu acho. Que se fosse de graça ia dar supercerto e as calorias nem iam contar.
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sexta-feira, novembro 24, 2006
Enfrentando seu medo: baratão cascudãoChegando em casa tranqüilamente, acendi a luz da sala, ni qui vejo. Ela. A barata. Refestelada no meio da sala, as anteninhas balançando. Feliz, né? Estava em seu próprio lar. Acho que ela estava procurando o controle remoto pra ver as calega do subúrbio na Grande Família. Eu olhei pra ela... ela não olhou pra mim, porque acho que não me viu. Então eu, com uma calma fora do comum, fui até o banheiro, saquei do meu SBP terrível contra os insetos... contra os insetos!, e pá! Quer dizer, e chuáaaaa! Taquei o veneno em cima da bicha. Era pra ela ter morrido afogada. A barata ficou branca de tanto veneno e ainda assim correu. Lazaranta disgramada sem loção dos demônios! Eu correndo atrás dela com o spray e pensando: “Se esse bicho nojento sobrevive à bomba atômica, o que leva esses fabricantes de remédio acharem que vai morrer com um veneninho? A colocar o desenho de uma barata na lata?”. Eu não queria esmagá-la com um sapato, com medo daquela gosminha branca asquerosa que sai das baratas. Ia emporcalhar a sandália e o chão. Mas como ela não morria e já ameaçava se enfiar embaixo de um móvel, não teve jeito: dei uma porradinha de leve, só pra acabar de matar. Peguei o cadáver com a pazinha e mandei lá pra baixo, pela lixeira do prédio. Que eu não quero barata nem morta dentro de casa, nem mesmo no lixo. Há. Eu mato as baratas. Sou terrível contra os insetos.
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RosasAna Carolina tem pacto com o coisa ruim. O cramuião. Cão. Aquele do qual não dizemos o nome. Ela agora está com uma música nova tocando aí nas rádios. A primeira vez que ouvi a tal canção, pensei: “olha, música nova da Ana Carolina... hum... estranha... um negócio de rosas, de rosas, de rosas...”. Dois minutos depois, a música pela metade e eu cantando, enlouquecida, enquanto lavava a louça: “TODA MULHER GOSTA DE ROSAS, DE ROSAS, DE ROOOOOSAS!!!” Aí eu pergunto... como assim? Eu tinha acabado de ouvir aquilo pela primeira vez, nem tinha achado legal, na verdade, tinha achado meio estranho... e já estava cantando! E a música já é primeiro lugar na rádio. Medo, mãe! Tem ou não tem o pacto?
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Elas não acabam nunca...Estreou o filme “O CÉU de Suely”. Pentel viu e disse que o céu de Suely não é lá essas coisas. Bom, mas isso aí já é uma questão de opinião, né? Deve ter quem goste.
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domingo, novembro 19, 2006
Nada mole casamentoPapai e Mamãe Joselitos uma vez foram convidados para um casamento lá no Alto da Tijuca. O lugar tem uma igreja bem conhecida, onde 90% dos casamentos no Alto acontecem. Eles nem sabiam de outra. Aí, foram direto pra essa igreja, não se preocuparam muito em conferir o nome no convite. Era na igreja do Alto. Ponto final. Chegaram, sentaram, e ficaram lá esperando o casamento começar. Enquanto isso, começaram a achar estranho: não chegava ninguém conhecido. A igreja lotando e nada de aparecer um amigo. Até que, finalmente, ufa, graças a Nossa Senhora dos Convidados Sem Amigos, apareceu uma cara conhecida. O Luís Fernando Guimarães. Sério. Ele chegou, sentou no banco atrás deles, foi cumprimentado por várias pessoas. É, alguém conhecido. Não deixa de ser. Eles ficaram se perguntando de quem o cara era amigo, se da noiva ou do noivo. Que diabos o Luís Fernando Guimarães tava fazendo no casamento? Doido demais. Então, finalmente, chega a noiva. Uma desconhecida. Eles estavam no casamento errado. E não podiam sair, porque a igreja não tinha saída pelos lados: pra sair da cerimônia, só pelo meio, ali, por onde a noiva entra e todos vêem. Não rolava. Então ficaram lá, uma hora, assistindo a dois estranhos contraírem matrimônio (gente, “contrair matrimônio” é uma expressão bizarra. Estão contraindo uma doença, né? E, pelas leis de Deus, uma doença incurável. Que horror). Papai Joselito é português e Mamãe é ando-meio-desligada total. Talvez isso explique por que demônios eles não conferiram o nome do raio da igreja direito. Talvez explique também por que meu dois neurônios, Bruno e Marrone, às vezes param de funcionar.
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quarta-feira, novembro 15, 2006
Piadas amarelas de feriadoThyrso caminhava ontem tranqüilamente pelos corredores do trabalho, ni qui encontra Marcos Jackson. Ele vira para Thyrso e diz... - Olha! Amanhã você não precisa vir trabalhar, tá? Ha ha ha Ha. Essa piada de véspera de feriado um dia foi engraçada? Não sei.
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domingo, novembro 12, 2006
Céu que é bom...Vocês se lembram do post da mensagem “sol, cu, calor” que eu recebi no celular? Onde “cu” era, na verdade, “céu”, que chegou errado por causa do acento? Então. Agora, imaginem a mensagem fosse ... “Hoje o céu amanheceu meio estranho, mas agora melhorou.” “Você é linda como o céu.” “O céu está tão lindo... pena que você não está aqui” “Adorei aquela noite que passamos juntos. O céu estava lindo” Podia ser uma mensagem depressiva também. Tipo: “Hoje estou tão triste... parece que levaram meu céu” Ou ainda uma música: “Pega ela aí, pega ela aí, pra quê? Pra passar batom. Que cor? De cor azul. Na boca e na porta do céu” (esse cara era um visionário... sabia que 20 anos depois céu teria um outro significado) Pode também ser um verso romântico do Roberto Carlos: “Eu te darei o CÉU, meu bem!” Que animado.
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quinta-feira, novembro 09, 2006
O POST DO PÃO DUROPoderia ir para o Homem é Tudo Palhaço, mas, como eu também tenho um blog e estavam faltando histórias, vai aqui mesmo. Uma amiga minha começou a namorar um sujeito. O cara era dentista, bem-sucedido, tinha um carro razoável, enfim, uma pessoa com uma situação, pelo menos, confortável. Na primeira vez em que eles saíram, ela, como menina educada, moderna, independente, bla bla bla Whiscas Sache, tirou a carteira da bolsa pra dividir a conta. Ele, prontamente, reagiu: - Não, não precisa... a próxima você paga. Comovente! Um homem cavalheiro. Legal isso. Nem pelo dinheiro, mas pelo gesto. Claro que essa coisa de “a próxima você paga” era uma maneira delicada de dizer que ela não precisava se preocupar com isso e nem se sentir mal por ele estar pagando. Era como aquele “passa lá em casa” de carioca. Não significava que, realmente, na próxima ela precisava pagar. Não, pícaros sonhadores? Pois na vez seguinte que eles saíram, ao chegar a conta, o cara dispara, sutil como uma pata de mamute prenhe: - Hoje é a sua vez, né? É você quem paga. Estarrecida, minha amiga rapidamente se refez do susto, não desceu do salto e pagou a conta. A partir dessa ocasião, virou uma constante: um dia, ele pagava tudo. Outro dia, ela. Tinha uma escala, sabe como? Até que uma vez eles foram a uma pizzaria e a minha amiga não estava se sentindo muito bem. Mas foi porque o cara queria ir, tinha marcado com uns amigos dele... aí ela fez o esforço pra acompanhar o namorado. Comeu um pedacinho de pizza, que empurrou apenas pra não dizer que não comeu nada. Enquanto isso a mesa inteira enchendo o bucho... quando chegou a conta, ele vira pra ela e diz: - Hoje é o dia de quem? Ah, maluco... ela perdeu a paciência. - Olha só, quer saber? Não sei de quem é o dia, mas, na dúvida, se o problema é esse, eu pago. Esse negócio de “hoje é o seu dia ou o meu dia” está confundindo a minha cabeça. Daqui a pouco eu vou ter que andar com um caderninho pra tirar da bolsa e anotar tudo, pra não esquecer! Aí o sujeito, obviamente não querendo que toda a mesa percebesse a bizarrice do “meu dia, seu dia”, ensaiou um momento de lucidez: - É, bom... pensando bem, hoje você quase não comeu... deixa que eu pago essa e você paga a próxima. Aleluia! Uma alma foi para o céu neste momento! Mas ela, pra testar até onde ia esse lampejo de sanidade: - OK, só não esqueça que nosso próximo programa é uma festa boca livre. E aí, como fica? Ele refletiu por uns segundos e mandou: - É mesmo... pensando bem, hoje você paga. ... Olha, sinceramente... minha amiga deve ter sido muito ruim na outra encarnação. Pichou palavrão na cruz. Tacou purgante no vinho da Santa Ceia. Vendeu saquinhos de pipoca na crucificação. Só pode. Agora, a pergunta que não quer calar: se ia ficar com essa PALHAÇADA, por que não deixou que a menina pagasse metade da conta logo no início? Por que não sempre dividir a conta então? Porque as pessoas PRECISAM ser bizarras. Elas têm uma necessidade visceral de ser Joselitas. E olha que isso é mais comum do que se pensa.
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segunda-feira, novembro 06, 2006
Todo dia ele faz tudo sempre igualTodos os dias, meu corpo quer me sabotar e fica tentando me convencer a não ir malhar. Olha, e ele é bom de argumentação. Ele fica dizendo que eu estou doente, muito fraca, com crise alérgica, anêmica e que posso piorar, desmaiar na academia e pagar um micão. Que não ia pegar nem bem. Fica me lembrando que a minha médica homeoduck disse que era pra eu “respeitar o meu cansaço”. Ele sabe que, como toda virginiana que honra o signo que tem, sou hipocondríaca. Vendo que nada disso funciona, ele tenta outra coisa: se é de manhã, ele sopra no meu ouvido que eu posso ir malhar à noite. Se é de noite, por que não ir no outro dia de manhã? É uma conspiração. Meu corpo quer que eu acumule muita gordura, muita gordura. Pro caso de estourar uma guerra, uma hecatombe nuclear, um inverno rigoroso ou uma invasão de Ets, que nem naquele filme do Tom Cruise.
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Grandes mistérios da humanidadePor que as pessoas andam de guarda-chuva embaixo da marquise, atrapalhando as outras que estão com preguiça de pegar o seu na bolsa? Se estão debaixo da marquise, pra que o guarda-chuva? Se têm o guarda chuva, pra que andar debaixo da marquise? Por que dupla proteção? Bando de Cascão dos infernos. E sem loção, também. Eles e São Pedro, que faz chover no feriado e abrir o solão na segunda.
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quinta-feira, novembro 02, 2006
Ah ha, uh hu (ou “Mais uma da série: piadas que um dia foram engraçadas”)Um dia, em um tempo muito patrasmente, era o momento do parabéns e alguém cantou: “Ah ha, uh hu, fulano de tal eu vou comer seu boolo” E isso foi engraçado! As pessoas riram, olha só que piada mais original! Mas, agora, após todos nós termos ouvido no mínimo umas 114 vezes essa musiquinha, essa brincadeira virou o quê? Uma piada amarela. Puxada pelo mesmo idiota que pergunta se “é pavê ou pá come” ou “está passando o desfile das escolas de samba, você já viu a mangueira entrar? Ha ha ha”. Ha.
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Com quem seráaaa? (ou “Da série: piadas constrangedoras”)Ainda no aniversário: você está lá naquele momento, todos cantando parabéns, os idiotas cantando a música toda errada porque um dia, num tempo muito patrasmente, também já foi engraçado... quando um corno sem a menor mãe resolve puxar a fatídica musiquinha... “Com quem seráaaa, com quem seráaaa, com quem seráaaa que a fulana vai casaaaaar” Cacetes matrimoniais! Aí o aniversariante passa por segundos de horror insano. Que será que as pessoas vão gritar na continuação da música: “Vai depender, vai depender, vai depender se sbbrubles vai quereeeer”? Qualquer opção é horrível! Se for um peguete que esteja por perto, a pessoa vai ficar constrangida porque, afinal, eles nem namoram. Se for um namorado, fica parecendo pressão pra casar. Até se não gritarem nada é horrível, porque significa que a pessoa não tem nenhum pretendente. O horror, o horror. Por favor, poupem seus amigos desse sofrimento. Ficar um ano mais velho já é suficiente.
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