segunda-feira, dezembro 24, 2007

Alguém me explica

Madrugada de sexta. Assistia felizona à apresentação de um bloco. Sim, porque agora eu sou quase uma pessoa do samba, vendo coisas do samba. Eu e meu copo de chopp, que ajuda a deixar tudo legal. De repente, encosta um sujeito do meu lado. Apesar da óbvia pouca idade (eufemismo pra uns 20 anos), até que não era mau. Não merecia nenhum rato morto. Ele começa:

- Oi. Estou atrapalhando você?

- Não! – eu respondo, com um sorriso simpático (juro)

- Você deve estar pensando: “será que esse chato não vai embora?”

- Não, eu não estou pensando isso...

Cara, você pode continuar, evolua.

- Porque se eu estiver sendo chato...

...

Tá de sacanagem, né? É pegadinha do Mallandro.



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No salão com Pentel

Pentel quase nunca faz as unhas. Ela reclama que as dela estragam logo, no dia seguinte, ou às vezes no mesmo dia, e não vê sentido em ficar lá meia hora sentada pra perder tudo tão rapidamente. Por isso, ela só vai ao salão pintar as patas em ocasiões especiais. Entra em qualquer salão, não marca nada, vê quem está disponível e resolve a questão. Adoro esse lado prático-praticamente-um-machinho que Pentel tem.

Outro dia, entrou ela em um salão de shopping que cobra muitos dinheiros por esse serviço. Quando eu me escandalizei com o valor, ela declarou:

- Eu teria pago o dobro se a manicure tivesse ficado quietinha.

Senti que a experiência tinha sido traumática. Bom, eu nem sempre gosto de conversar, mas confesso que às vezes prefiro interagir, porque aquele tempo sentada me dá um tédio absurdo. Claro que se tiver uma televisão eu sempre prefiro. Mas, na falta disso, melhor conversar. Eu acho. Só que o problema era que a manicure não falava com Pentel. As manicures conversavam entre elas, enquanto as clientes ficavam largadas no vento com as suas mãos à mercê das faladeiras.

Aquele papo agradável de salão.

- Gente, vocês sabem como está fulana? Ela anda sumida... soube que ela estava mal de saúde. Será que piorou?

Ao que uma outra retruca:

- Não sei... mas também, nunca mais eu pergunto da vida de ninguém nesse salão. A pessoa pode desaparecer, eu posso achar que a pessoa morreu, que eu não pergunto. A última vez que eu perguntei de alguém aqui levei uma patada que nunca mais vou esquecer.

- Que isso, Fulana – diz a primeira – Quem fez isso com você?

- Foi você.

Pausa constrangida.

- AHHH, eu fiz isso??? Olha, se eu fiz foi sem querer, eu estava passando por um momento péssimo na minha vida, meu marido estava em depressão...

- Não interessa. Eu não trago os meus problemas de casa pro trabalho. Você não precisava ser GROSSA.

Enquanto isso, as clientes lá, constrangidas, no meio da guerra das manicures. Pentel disse que trocava olhares solidários com a outra cliente e ia cada vez mais querendo se transformar em acetona, entrar em um frasquinho branco e desaparecer.

Quando a manicure chateada pela grosseria da outra saiu de perto, a que estava fazendo a mão de Pentel começou a se justificar com ela:

- Poxa, naquela época eu estava muito mal... imagina que o meu cunhado matou a mulher e as filhas... e depois se matou... e meu marido ficou um ano na cama com depressão...

Minha Nossa Senhora das Unhas Vermelhas! Que zuuuper alto-astral ouvir uma história assim tão animada numa manhã de sábado, se preparado pra ficar bonita pro evento que ela ia. Ainda por cima, assim que ela chegou, quando disse pra manicure que queria cortar a unha a moça disse:

- NAAÃO! Tanta gente querendo ter unha comprida e você querendo cortar?

Acho que se fosse eu sairia correndo e gritando pela rua depois de uma experiência dessas. Com as unhas feitas. E grandes, muito grandes, estilo Zé do Caixão.



Comments: segunda-feira, dezembro 17, 2007

Macho man

Ligo para um amigo gay que mora na rua do lado.

- Oi, o que você vai fazer agora de manhã?

- Nada.

- Ah, então vem comigo na lojinha que tem aqui do lado me ajudar um vestido novo pra eu usar no evento de fim de ano da empresa.

E ele:

- Não sei... é que na verdade eu estou aqui jogando vídeo game.

Vídeo game? Vídeo game? VÍDEO GAME? Mas isso lá é amigo gay que se apresente?

Ele tinha que ter jogado seu boá de plumas e penas cor de rosa no pescoço e ido correndo ser meu personal stylist. Mas não. Se eu fosse a Carrie, de Sex and the City, teria o Stanford pra me ajudar nessas horas difíceis. Charlotte teria o Antony. Mas como eu estou mais para Miranda, meu amigo gay é homem e fica em casa grudado no vídeo game. É o fim dos tempos.



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Histórias irritantes

Noiva do Ano chega toda serelepe dizendo:

- Gente, querem ouvir mais uma história de uma pessoa sem noção que apareceu aqui?

Medulinha se anima:

- Oba! Essas histórias são muito divertidas.

Eu contesto:

- Pois eu não acho nada divertido. Essas histórias me irritam.

E Medulinha:

- Mas você irritada é parte da diversão!

Como o ser humano é cruel, meu Deus. Por isso que a nossa frase esses dias tem sido “na vida a gente tem que entender que um nasce pra sofrer enquanto o outro ri”. Mas está acabando. Tudo isso vai passar, porque Deus é pai, e é meu pai, ainda por cima.



Comments: quinta-feira, dezembro 13, 2007

Moça bonita paga mais barato

Outro dia, entrei na Casa do Biscoito, uma loja que só vende guloseimas. Não sei se tem em outros estados, além de no Rio. Entrei lá pra comprar duas caixas de bombom. Não eram pra mim. Eram pras formigas lá do escritório que iam me ajudar em um trabalhinho de corno. Juro que não ia comprar pra consumo próprio. Ah, mas isso não vem ao caso. Vamos pular para o próximo tópico da história.

Cheguei na tal casa e tinha um sujeito berrando as ofertas num microfone. Passei por ele tentando não chamar muita atenção, peguei as minhas duas caixas, fiquei feliz porque elas custavam um preço bom, 5,99. Mas olhei em volta e não vi nenhuma bandeirinha de cartão de débito, aí perguntei discretamente pro cara do caixa:

- Aceita cartão?

Ao que o homem do microfone gritou para toda a vizinhança ouvir:

- ACEITA SIM SENHORA! ACEITA O QUE A SENHORA QUISER!

Ai que medo, meu Deus. Tá bom, obrigada, vou pagar meus bombons antes que...

- E JÁ QUE A SENHORA PEGOU ESSAS DUAS CAIXAS, ELAS AGORA CAÍRAM DE PREÇO! 4,99! MUDA AÍ, Ô FULANO – se dirigindo ao cara do caixa – DE 5,99 PRA 4,99! É PROMOÇÃO MALUCA!

O sujeito do caixa fez uma cara de sem saco, mal me olhou e tascou lá o valor de 4,99, meio de má vontade. Até porque eu já tinha pego mesmo as caixas, ia comprar de qualquer jeito. O berrador abaixou o valor do nada.

Salim não liga pra mico e nem pra cara feia. Salim voltou pra casa felizona que economizou os dórreais da condução.



Comments: domingo, dezembro 09, 2007

Tadinho do pai

MiniPentel assistia a um DVD de música infantil que ela simplesmente adora. Uma das musiquinhas era um sujeito contando a história do pai dele, de como o pai conheceu a mãe, essas coisas. Em um determinado momento, o cara canta:

- E ele então se apaixonou!

Ao que MiniPentel imeditamente reage:

- Tadinho do pai!

Do alto de seus quase 3 anos de idade, ela já sabe que se apaixonar não é sempre assim uma coisa legal. Quem será que ensinou isso pra ela? Eu não fui. Não aprendi até hoje.



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The Police

Da estagiária, sobre o show do The Police que rolou aqui no Rio sábado:

- Não sei por que o Paralamas vai abrir o show. No mundo inteiro é o Sting que abre o show do The Police. Por que aqui no Brasil não vai ser? Eu adoro o Sting!

...

Oi?



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Nova doencinha de estimação

Sexta-feira acordei com um ziquizira toda nova. Meu pescoço doía e cresceu um caroço nele. Uma íngua gigantesca. Íngua cresce quando a gente tem alguma infecção, né? Foi assim que a minha alma hipocondríaca aprendeu. Mas não tenho febre, nada mais dói, exceto o próprio caroço. Que animado.

Liguei pra minha homeopata em busca de alguma orientação. Falei do caroço e ela não deu muita bola.

- Está com febre?

- Não.

Mas tenho um caroço.

- Está indisposta?

- Não.

Mas tenho um caroço.

- Então toma três glóbulos sbbrubbles por quatro dias, a não ser que você tenha febre.

Cacetes bichados! Ela cagou bolinhas de chocolate pra mim e pro meu novo amigo. Que parte do eu-tenho-um-caroço ela não entendeu? Saco. Agora vou ter que ficar com essa bolota no pescoço até quando? Até dia 18? Aí quando eu falo que eu odeio o fim do ano, as pessoas se perguntam por quê. É porque vocês não conhecem os Grinchs que não gostam do Natal.

Eu só vou me conformar em estar criando um alien por causa do stress se eu ganhar aquela televisão de LCD que estão sorteando. Aí eu dou até um nominho pra ele. Se não a TV, pelo menos uma cesta de natal da Lidador. Há 10 anos eu quero ganhar essa maldita cesta. E não ganho nada. Nada! É muita falta de respeito com a embolotada.



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Pra quem vê a novela das 8

O que foi o José Wilker outro dia andando pelo Centro do Rio e falando sozinho que nem um maluco? “Ahhh! Em 1968 teve uma manifestação aqui... e eu estava nela... 1968 foi um ano horrível. Ahhh!”... E os desconhecidos parando em volta dele pra escutar... que porra é essa? Se eu vejo um esquizofrênico falando sozinho na rua eu corro pra bem longe! Pro mais longe que puder! Tenho mais medo de gente maluca que de assaltante. Porque loucura pega, gente. Pega.



Comments: quarta-feira, dezembro 05, 2007

Kill barata

Acabo de descontar em uma barata toda a minha mágoa por fazer parte de um pequeno grupo de cornos que trabalham mais no fim do ano que em todo o ano junto. Enquanto estão todos trocando receitas de rabanadas, enfeitando suas casas com luzinhas coloridas de Natal, comprando suas lembrancinhas toscas, organizando amigo oculto pra trocar porcarias, eu estou trabalhando 12h por dia igual a uma capeta.

Daí que saindo da cozinha pra sala vi uma barata láaa no teto, e o pé direito aqui de casa é alto. Não quis saber de nada. Não consegui nem ficar com medo. Saquei do spray inseticida e taquei tanto veneno, mas tanto, que a barata foi ficando branca. Em um dado momento a filha da puta, mesmo intoxicada, ainda conseguiu voar na bem minha direção. Mas eu tava possuída, nem me importei e fui seguindo friamente o vôo dela, tacando inseticida, esperando ela cair no chão pra acabar de matar. Quando ela finalmente caiu, resolveu correr pro vão da porta e escapar pro corredor, pra morrer com alguma dignidade lá fora. Eu sabia que ela ia morrer de qualquer jeito por causa dos 67 litros de veneno que eu taquei em cima dela. Podia colocar só um pano debaixo da porta pra garantir que ela não voltasse e pronto. Mas não. Totalmente descontrolada pela raiva daquele bicho que representava todos os sem loções do universo que (eu sei) ainda vão reclamar do meu trabalho, abri a porta do corredor e encontrei a coitada já esperneando com a barriga pra cima. Fiz questão de dar uma sapatada, pá, e acabar de matar.

Ahhh. Que paz.



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Top pobre bazar

Feriado modorrento de 15 de novembro. Eu, Rato Morto e Olhar Intimidador rumamos para o Top Fashion Bazar. O Top Fashion Bazar é um conjunto de várias marcas famosas que expõem roupas com preços off. Quer dizer, off não, que off é satanismo e o Brasil é um país cristão. São roupas a preços de liquidação. Enfim, ir ao Top Fashion na verdade era uma desculpa pra ir antes ao Galeria Gourmet, que é um restaurante estilo pague-um-preço-fixo-coma-até-explodir-em-mil-pedaços-pequenos. É porque ambos, tanto o bazar quanto o galeria, ficam lá na outra galáxia.

E como nem eu, nem Olhar e nem Rato Morto temos carro, fomos de ônibus mesmo. Que pobreza, gente. Na próxima encarnação, quero vir herdeira.

Até que chegar lá foi rápido. Sempre acho o ônibus daqui pra Barra rápido, pelo menos na ida, quando ainda estou animada, bombando, pronta pra viver as maiores aventuras. Estávamos Rato e eu confiando nos conhecimentos barrísticos de Olhar, de modo que nem olhei onde estava saltando. Ele disse que o ônibus que a gente pegou deixava um pouquinho mais longe, que tinha que atravessar uma ponte. Quando ele disse “ponte” eu visualizei uma pontezinha bucólica, daquelas que passam em cima de rios em parques e jardins botânicos. Com carpinhas nadando na aguinha embaixo. Que lindo! Ni qui de repente estou andando, andando, atrás dele, distraída, pensando na pontezinha com as carpas, quando me vejo subindo um... viaduto! No meio dos carros passando a toda velocidade do lado! Imediatamente, Rato Morto, que é uma pessoa assim calma e cordata, fechou a cara e começou a reclamar. Que isso nunca mais acontecesse. Que nunca mais levassem ele numa furada dessas. Que ele estava arrependido até o último fio da franja. Ele ia falando isso enquanto descíamos o barranco. Sim, porque depois do viaduto, tinha que pular uma cerquinha e descer um viaduto. A gente fez praticamente uma trilha. E aí quando eu digo que a Barra é outra galáxia, ninguém acredita. Dava até pra eu montar a minha loja de geléias e criar meu porco lá.

Depois dessa aventura, finalmente chegamos ao restaurante oásis. Quando saí de lá rolando pela porta, estava chovendo. Porque desgraça sempre vem em trinca, no caso, foi passar pelo viaduto, engordar uns três quilos em um dia e ainda patinar na água de bermudinha e sandália rasteira.

Ah. Meu brinco caiu em algum ponto do viaduto. No fim, deixar o brinco lá foi lucro. Só fico imaginando se alguém encontrou e pensou que era de uma pobre moça atropelada por um daqueles carros na pista. Não foi. Mas poderia ter sido.



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