domingo, fevereiro 29, 2004

Fatal

Ser médica deve ser uma parada muito social. Em reuniões sociais, festas, casamentos, batizados, chopp com as amigas, sempre tem um corno boca podre pra perguntar algo relacionado à saúde e esperar ali a solução imediata para todos os seus problemas, de espinhela caída a falta de se mancol.

Mas eu juro que não fui eu que puxei o assunto. Comentávamos espontaneamente sobre dor de cabeça (a gente que é velho é foda, adora falar de doença e desgraças da vida) e eu contei que as minhas têm data certa marcada no calendário: o primeiro dia da menstruação. É batata, minha cabeça para que vai explodir em milhares de carros, que nem na música da Adriana Calcanhoto. Quando eu disse isso, Bia, a médica, do alto de sua sabedoria de anos de experiência na área, decretou:

- É edema cerebral.

CREDO EM CRUZ! Eu vou morrer! E vai ser logo!

Depois ela me explicou que "edema cerebral" é só um inchaço e tal, mas ainda assim eu tô cismada. Vou dormir na pia hoje pensando no edema.




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Decepção

Estava eu no carro com Cunhado Sem Loção e Pentel, ni qui me liga a Bia Badaud. A gente tinha combinado de tomar um chopps, eu, ela e mais a Fina. Muito que bem. Desligo o telefone e comento que vou conhecer duas leitoras do meu blog. Ao que Sem Loção dispara:

- Elas vão se decepcionar com você.

Anhhhhhh? Caraca, Bial!

- Por quê? - eu perguntei, ainda paralisada pelo susto da declaração bombástica.

- Porque elas devem pensar que você é A sociável.

Pausa para processamento de dados. tec tec tec tec te...

- Peraí, você está querendo dizer que eu não sou uma pessoa legal?

- Nãaao, né, Fernanda? É que você não é super pop, não tem vários amigos, uma galera. Elas devem pensar que você tem.

Hummmmmmmm.

Esclareci pra ele que elas não iam pensar isso não porque eu sempre deixei claro aqui que sou uma pessoa sem amigos. Aí nessa hora acho que ele teve pena e me deu uma carona até o local do chopp. Se dei bem, aer! Da próxima vez em que eu quiser uma coisa, vou usar esse expediente. "Tio, me arruma 500 reais? Sou uma pessoa sem amigos", "Mãe, faz uma bacalhoada hoje pra mim? Sou tão sem amigos", "Gianechini, me dá um beijo na boca? Não tenho nenhum amigo".

Acho que vai dar supercerto.



Comments: quinta-feira, fevereiro 26, 2004

O Carnaval do cagão

O gringo vem de longe passar o Carnaval no Brasil. Vem sonhando com as mulatas, o ritmo alucinado do samba, praia, sol, mar... e salsichão. Salsichão? Como assim, Bial? Avisa pro gringo que o estômago europeu dele não agüenta uma porrada dessas! É intoxicação alimentar líquida e certa. Mais líquida do que certa. Salsichão não, tá? Alguém conta isso pra ele.

Pois é, só que ninguém quebrou o galho do gringo. O gringo em questão estava no Cordão do Bola Preta, Carnaval de 2004, desfrutando de todas as maravilhas que veio buscar na nossa terra tropical. De repente, bate aquela fome, ele olha pro lado e vê. Um ambulante abençoado vende um salsichão de origem mais que duvidosa. Vermelho, roliço, reluzente. Nosso gringo arremata o quitute e o devora, enquanto seus amigos brasileiros desnaturados estão sambando e brincando e nem notando que o pobre se empanturrou com uma bomba de nêutrons.

Uns 15 ou 20 segundos depois, o sujeito manifesta a vontade de ir ao banheiro. No Cordão do Bola Preta. Era hora de quê? De alguma das pessoas que estavam com ele acompanharem o cara. Afinal, um nórdico que não fala uma palavra sequer de português caçando um banheiro em plena Cinelândia lotada de foliões não era coisa lá muito segura. Mas à vontade manifesta...

- Onde tem um banheiro por aqui?

... os mui amigos responderam algo semelhante a um "sei lá, procura" e continuaram sambando e brincando. E lá foi o gringão desesperado em busca do alívio.

O problema é que o alívio chegou antes da hora. Nosso herói antes de conseguir chegar ao banheiro não agüentou e... é, é isso mesmo. Cagou-se.

Então aquela tora de 2 metros de altura, sozinho, sem falar português e cagado, perambulava pelo Centro da cidade. Perambulava naquela situação tentando se aproximar de um vendedor de água que ele usaria pra se lavar, já que não conseguiu encontrar o banheiro. Só que, a essa altura, ninguém queria chegar perto dele pra vender nada, muito menos pra ajudar. Ninguém queria chegar perto dele, ponto. Ele não encontrava os amigos (???). E nem o bendito banheiro.

Situação difícil, hein, Mister M? O que você faria para se safar dessa?

Você, eu não sei. Mas o gringo foi andando, andando... tentando pegar um táxi, que, quando passava, não deixava ele entrar, por motivos óbvios... e então humilhado, prestes a se tornar mais uma pessoa marginalizada nas ruas do Rio de Janeiro por não conseguir voltar pra casa, então eis que ele chega na Praça XV. Vislumbra a Baía de Guanabara. E SE JOGA pra se limpar.

Com isso, o gigante consegue chegar em casa. Se ele sobreviver à hepatite ou à verminose letal que irá contrair depois desse mergulho, provavelmente nunca mais volta ao Brasil. Ou mata os amigos desnaturados lazarentos de uma figa. Eu no mínimo rogava uma praga de cinco gerações de filhos cagalhões.


Poderia ser um quadro de "merda acontece", do Hermes e Renato. Mas aconteceu de verdade.



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Aí... morre geral na novela das oito. Será que sobra alguém até o último capítulo?



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Post bobão sobre o Carnaval

Pícaros sonhadores. Se vocês estavam esperando posts epopéicos sobre meu Carnaval em Massambaba, vão continuar esperando. Temporadas em Massambaba não são coisas lá muito interessantes se não existe um plus a mais, feito uma Família Chata, como a que alegrou o meu reveillon.

O que eu posso dizer é que estou me preparando para me transformar em uma boia: engordei dois quilos. Não sei por quê. O cardápio era levinho e incluía picanha com capa de gordura, camarão frito, banana assada com leite condensado de sobremesa e, no lanchinho da noite, hamburguer e cachorro quente. Hoje estou em crise de abstinência por falta de comida. Voltei pra dieta na quinta-feira e estou a ponto de roer o pé de alguma mesa. Queria só um pedacinho de torta de chocolate ou até mesmo um biscoitinho cream cracker com gergelim. Um pacotinho todo.

A boa notícia é que eu não peguei trânsito, só um pouco na ida, mas uma bobagem comparado ao fantasma do trânsito pra Região dos Lagos. A má é que esperei duas horas na rua pelo ônibus pra voltar. Que sorte mais triste a minha.



Comments: sexta-feira, fevereiro 20, 2004

Agora só quinta

Tchau, cabeças. Se eu sobreviver ao trânsito pra Região dos Lagos sem nenhuma seqüela neurológica, quinta-feira tem post novo.




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A saga da xerox

Tive que ir hoje à faculdade só pra pegar a bendita apostila de Penal e ler alguma coisa no feriado. Eu deveria ganhar estrelinha na testa que nem a do Kiko, aquela que ele comprou do Chaves, que por sua vez a tinha comprado da Elizabeth.

Chego na xerox para pegar o material, que já estava encomendado desde quarta. Depois que os indolentes se dignaram a me atender (vocês já notaram a má vontade ímpar dos tiozinhos em xerox de faculdade?), passaram umas três horas e meia procurando a minha entre as 15 mil apostilas que se acumulavam naquele mafuá. Procura que procura, procura que procura, até que um deles solta:

- Você tem certeza de que pediu a apostila de Penal?

Pênis! Essa gente REALMENTE pensava que eu cheguei lá dizendo que tinha encomendado uma apostila e, depois que eles fizessem essa pergunta estúpida, eu ia dizer:

- Ihhh, não, agora que você perguntou, eu lembrei que, na verdade, eu encomendei foi o Almanacão de Férias da Mônica pro jornaleiro lá perto de casa. Nem estudo aqui. Desculpe, bom carnaval!

Não, né? Vou te contar. Eu devo ter cortado os cabelos de Maria pra fazer aplique pra merecer um negócio desses.




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Pequenas coisas legais

Vi hoje na Pituca a maior invenção da humanidade depois da Fanta Uva light: um sinal de trânsito que mostra uma contagem regressiva até o sinal fechar. Isso evita que as pessoas precisem ficar correndo como bodes loucos, sem saber se ainda têm tempo de atravessar ou não. Tomara que a moda pegue.



Comments: quinta-feira, fevereiro 19, 2004

O sem loção de hoje

O elevador do meu trabalho rende várias histórias bizarras. Cada subida nele é um flash. Hoje, entraram várias pessoas até que o elevador lotou e começou a apitar. Geralmente, a coisa não chega nesse ponto, porque o povo tem medo do apito e pára de entrar bem antes de dar sobrecarga (quando, aliás, ainda cabem umas três ou quatro pessoas no elevador). Eu já fiz alguns posts singelos sobre essa mania idiota. Mas, enfim, hoje aconteceu: o troço apitou. Os últimos que entraram deveriam sair, mas provavelmente não sabiam disso, eram visitantes. Depois de uns 30 segundos todo mundo parado, o elevador apitando, as pessoas começam a falar entredentes:

- Sobrecarga... tem que sair um...

O de sempre.

Saiu um homem, o último que tinha entrado, mas mandou a sua senhora ficar e subir. Só que o elevador não parou de apitar: a mulher do cara também tinha que sair pro bendito elevador se mexer. Mas ela não saía. E a gente lá parado, e não tinha nem um serviço de bordo com umas mariolas pra gente se distrair. Mas tudo bem, ninguém está com pressa de chegar no trabalho mesmo. E então, eis que entra em cena o sem loção do elevador:

- Acho que é a criança que está dando a sobrecarga.

Parêntese importante: no meio do populacho que se esmigalhava uns contra os outros no elevador, tinha uma mãe com uma criança, que não tinha por que sair, já que não tinha entrado por último. Muito menos era uma criança de 3 anos que fazia diferença no peso. Era só uma piada amarela do cara.

O sujeito continuou a fazer a sua piada sem graça, enquanto o elevador apitava freneticamente e a mulher (a que deveria sair, não a mãe) não saía:

- Acho que esta criança está pesando.

E aí a pobre mãe, coitada, mega humilde, achou que o cara estivesse falando sério e SAIU DO ELEVADOR. Eu fiquei chocada. O troço subiu antes que qualquer um pudesse reagir. Suave Veneno, mesmo sendo um anjo mau da melhor qualidade, não agüentou e soltou:

- Joselito!

O mundo é sem loção.



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O outro sem loção de hoje

Aguardando a reunião social do lado de fora da sala, eu conversava com Thyrso Inácio quando Ana Pôla aparece, exibindo seu novo shape pós nutricionista. Quando alguém emagrece, é obrigação a gente dizer isso, então eu imediatamente comentei:

- Looossa! Tá elegante! E não é só pela roupa, você está magrinha mesmo.

Ela não teve nem tempo de ficar feliz. Thyrso Inácio disparou:

- É por causa da cinta que ela está usando aí por baixo.

Eu e Ana explodimos de rir automaticamente da joselitice dele e o bruto, sem entender nada, ainda por cima começou a ficar preocupado:

- Ela está usando cinta mesmo? - perguntou, sério.

Sem loção!

Antes que vocês me perguntem, ela não estava usando cinta. Ao menos, não que eu saiba.



Comments: quarta-feira, fevereiro 18, 2004

E começam as aulas

Eu juro que não vou agüentar a minha professora de Sociologia Jurídica.

Ela fala no gerúndio, que nem atendente de telemarketing "nós vamos estar estudando esse semestre", "então vocês vão estar escolhendo o melhor tema", "vocês vão estar aprendendo o pensamento daquela autor". Chama o elevador que eu quero descer. Fora que ela passa a aula inteira perguntando "sim ou não???" e os alunos têm que dizer "siiimmm". Ela é toda simpática, parece professora de primário: "gentemm, vou contar um segredo pra vocês, mas vocês não espalhem, tá??? Por favorrr!". Minha paciência já estava pelo bico do corvo. E a benção vai até às 22h30. Não sei se poderei com isso.

Em compensação, meu professor de Penal...



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Mim ser sociável. Mim falar com as pessoas-faculdade. Só na quarta-feira eu assisto aulas nas quais não tenho nenhum amigo. Nos outros dias, eu até converso. Sensacional.



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A pior

Recebi um e-mail hoje de uma empresa de eventos querendo entrar no nosso cadastro de fornecedores. Tudo ia muito bem, tudo ia muito legal, maneiro, quando de repente eu bati os zóio no nome da dita cuja. "EventoAll". Sacaram? Um trocadilho com "eventual". Seria perfeita para a pior da semana, se o projeto ainda existisse, naturalmente.



Comments: terça-feira, fevereiro 17, 2004

Mais um virundun (ou “a música com erro de português”)

A música do Detonautas “Quando o sol se for” sempre me deixava revoltada. Eu ficava com raiva porque é um sucesso entre adolescentes, toca até na Malhação, e fica ensinando nosso jovens a falarem errado!

Errado? Como assim, Bial?

Errado. Porque a anta top model aqui achava que o trecho:

“Quando o sol se for meu amor vou onde você for
Quando o sol se for a luz indicará você pra mim”

Era:

“Quando o sol se PÔR me amor....”

Eu deveria ter desconfiado do meu erro. O Detonautas Roque Clube, apesar deste nome abominável, é um grupo limpinho, com músicas legais. E eles são até bem simpáticos. Agora, posso inclusive cantar a música em paz, sem pensar que estou assassinando a gramática (ah, não. Isso era Paralamas).



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O coveiro e a mulher macho sim senhor

Esse Rogério Rato Morto é o maior merda n´água: vai aonde a correnteza leva. Ele sempre concorda com o grupo com o qual está interagindo naquele momento. O que foi ele defendendo acaloradamente que o Thiago está viajando ao dar a imunidade pra Cida, só porque o Dourado estava reclamando disso? Viajando por quê? É amiga dele, ele que ganhou a prova do anjo, ele dá a imunidade pra quem quiser, pindarolas! Só porque o cara não se bandeou pro lado deles está “viajando”? Quer outra pessoa imune, ganha a prova!

E você? Já votou na Géris hoje?



Comments: domingo, fevereiro 15, 2004

Podem me chamar de Renata II

Cada pasta pessoal na rede lá do trabalho tem o nome óbvio do seu dono. Só que a minha se chama “Fernanda – cairá a mão de quem mexer na minha pasta”. Outro dia, o tiozinho da Informática foi migrar a pasta de uma rede pra outra e, todo solícito, disse:

- A sua pasta é essa aqui: "Fernanda... cairá". "Fernanda cairá"?

Tentei explicar:

- É que ...

- Peraí.. “Fernanda cairá... a mão de quem mexer na minha pasta”! Vai cair a minha mão!

E pra eu convencer o cara de que a mão dele não ia cair?

Aliás, devia cair a boca, pra aprender. O cara pra mim:

- Seu nome é Renata de quê?

Eu:

- É Fernanda.

- Fernanda Renata?

Ai, cagalho.

- Não! É Fernanda! Fernanda Rena.

Por que isso SEMPRE acontece comigo?



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Da série "Piadas preferidas de Papai Joselito"

O sujeito chega no bar e pergunta:

- Tem Skol?

E o garçom responde:

- Não...

- Brahma?

- Não. Só tem Nova Schin.

O sujeito, meio contrariado:

- Hum... mas tá bem gelada?

- Tá mais ou menos...

- Traz uma!

O negócio é beber!



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Bonitinho

Da Pentel, por e-mail, outro dia desses:

"Fico tão triste quando abro o seu blog e não tem post novo!"

Ô, dó. É que às vezes eu não tenho nada de bom pra dizer, aí prefiro não dizer nada mesmo. Outras eu posto só pra isso aqui não ficar dias vazio. Como hoje, por exemplo.



Comments: sexta-feira, fevereiro 13, 2004

O POST DA BARATA

Estava eu, tranqüila e calma feito água de poço, vendo o Dourado comemorar à exaustão a liderança da semana, ni qui entra uma barata voando pela janela. Isso mesmo, querido leitor dessa porcaria, uma BA-RA-TA. Cascuda. Veio rápido, batendo as asas, parecia um monstro louco. Nessa hora, o melhor a fazer é chamar Papai Joselito para exterminar a criatura, certo? Errado. Porque Papai e Mamãe estavam viajando. Nem a Sassá sobrou. Em questão de milésimos de segundos, saltei da cama, fechei a porta do quarto e fiquei parada, pensando no que ia fazer.


Coragem

Fui pra sala me acalmar. Eu não poderia ficar para sempre do lado de fora do quarto. A televisão e o computador estavam ligados, tudo meu estava lá dentro... eu ia TER que entrar. Respirei fundo e fui na despensa ver se tinha daqueles sprays de matar insetos. Lada. Xinguei algumas gerações da família de Papai (e da minha também), porque ele é responsável pelas compras da casa e nem pra ter um item de extrema necessidade como esse. Enfim, não havendo outra solução, catei um chinelo pra matar a bicha. Do meu pai, pra me inspirar e me dar forças para a terrível batalha que eu teria que travar.


Desespero

Abri a porta do quarto e procurei por uns cinco segundos antes de encontrá-la. Ela estava lá, na porta do meu armário. Parecia imensa, era um monstro horrendo! Fechei a porta de novo. Eu não ia conseguir! Fui pra sala e abri o berreiro. Ficava falando sozinha “Droooga, como esse bicho entrou aqui? Que porcaria! Que que eu faço agooora? Logo hoje que eu estou sozinhaaa!” Parecia cena de sitcom. Cogitei a hipótese de chamar um vizinho ou ligar pro meu ex vir matar. Ex que vira amigo serve pra essas coisas. Descartei a idéia porque ele ia demorar tanto que, até ele chegar, era capaz de eu ter feito amizade com a barata e ele encontrar nós duas jogando um biribinha.


Decisão

Logo percebi que ninguém ia me ajudar, já que eu estava mesmo sozinha, então decidi que tinha que enfrentar. Comecei a repetir o mantra “Barata não morde, ela não vai me fazer mal, não morde, não vai me...”

E abri a porta do quarto. Fui pra cima dela com o chinelo, decidida, mas a filha de uma barata fugiu de mim. Porra! Ela partiu pra debaixo da minha cama e sumiu. Aí a minha situação piorou. Eu não ia dormir naquele quarto com uma barata “em algum lugar”. Eu podia acordar com ela deitada do meu lado, com a cabeça encostada no meu travesseiro, roncando. Não dava. Desliguei o computador e a TV, tirei as coisas de que eu ia precisar do quarto, sempre olhando pra ver se a danada não aparecia. Nada dela. Fechei a porta e resolvi dormir no quarto dos meus pais. Decisão tomada, fui tomar banho, que já era quase meia noite e a abençoada aqui ia ter que acordar às 6h15 da madrugada no dia seguinte. Superlegal.


Revolta

Tomei meu banho mais ou menos calma, pensando em como ia fazer com a barata no dia seguinte. De repente, Papai matava quando chegasse. Ou a empregada, coitada que ia aparecer antes. Fiquei tentando decidir se ia contar ou não pra ela que tinha um monstro embaixo da minha cama. Sei lá, ela podia achar que fosse mentira. Costumam não acreditar nessas histórias. E aí... pensando nessas coisas, distraída, saindo do banho... olho para um canto do chão e tu tu tu tu... a barata estava lá! Não era possível! Como ela tinha conseguido? E eu sem o chinelo lá dentro. Tive que passar por cima da bicha, pé ante pé, pegar o chinelo, chegar BEM PERTO pra ela não fugir de novo, e PÁ! Comecei a bater freneticamente nela, que resistia e ainda dava sinais de fugir mesmo depois de umas três pancadas. Eu gritava “MORRE, DESGRAÇADA!” e batia na barata. Jamanta não morreu, mas a barata, sim. Partiu para o céu das baratas. Foi lindo.


Considerações

Barata é um bicho muito burro. Se ela tivesse voado em vez de tentar fugir, me desarmava. Eu provavelmente teria uma barata cardíaca, quer dizer, uma parada cardíaca, e morreria na frente dela. Mas por que demônios ela não voou, apenas correu? Barata só é inteligente numa coisa: saca o lugar onde estão pessoas que têm pavor delas. Vejam. Ela poderia ter entrado em QUALQUER QUARTO, mas escolheu o meu, de uma pessoa que estava sozinha em casa e se desespera com bichos nojentos que voam. Acho, inclusive, que ela deve ter me espreitado semanas, esperado os meus pais viajarem, pra, então, atacar.

Histórias de bichos

Contando isso no trabalho, logo apareceram várias histórias de barata. Lembrei de uma vez em que minha mãe pegou duas baratas na mão e as deixou andar pelo corpo, pra mostrar pra mim e pra minha irmã que não fazia mal. Claro que a gente ficou traumatizada para sempre. Uma barata já caiu no meu ouvido enquanto eu dormia e ficou batendo as asas, eu escutando o barulhinho... uma outra vez, escorreu junto com a água do chuveiro pelo meu corpo e eu a vi saindo pelo ralo. Mas nada superou a história que a estagiária contou. Ela disse que tem mais pavor de cigarras, porque uma vez a mãe dela pegou uma na mão e depois disse a ela:

- Não tenha medo, filha, ela já foi embora...

E de repente abriu a mão com a cigarra na cara da criança. Pais e mães são muito joselitos.

Reação de Papai Joselito

Quando encontrei Papai Joselito hoje, contei a história e reclamei da falta do tal spray de veneno.

- A gente não pode ficar sem isso aqui em casa.

E ele, com um ar grave:

- É. E sem uma escopeta também.

Ele só brinca assim porque a barata não voou. Senão teria acontecido uma tragédia.




Comments: quarta-feira, fevereiro 11, 2004

Caridade compulsória

Todos os anos, perto do Natal, Papai Joselito recebe uma correspondência dos “Pintores com a boca e os pés”. Como o próprio nome diz, é para ajudar deficientes que pintam usando boca e pés. A estratégia deles é interessante: eles mandam um envelope com vários cartões de Natal, até bonitos. E a pessoa é convidada a mandar de volta uma quantia em dinheiro. Mas ela só manda se quiser e não precisa devolver os cartões. É difícil não ter pena de ter recebeido aquele pacote com vários cartões e não mandar a tal contribuição. Mas, pícaro sonhador, uma vez que você manda, perdeu, mané, vai continuar recebendo aquilo no Natal e contribuindo por TODA A SUA VIDA.

Papai Joselito a cada fim de ano dá um suspiro desanimado quando recebe a tal carta. Ele nem usa os cartões. Ano passado, cismou que “aquele ano não ia pagar” e não pagou mesmo. Morreu aí. Hoje, fui pegar as correspondências na caixinha (adoro pegar as correspondências!) e, no meio delas, tinha uma carta pra ele. Dos pintores com a boca e os pés. Liguei pra ele pra contar a novidade:

- Papai... você recebeu uma carta. Adivinha de quem?

- De quem?

- Dos pintores com boca e pés! He he he

- Ah, não...

O mesmo suspiro desanimado.

- Mas dessa vez eles não mandaram nada. Só uma carta. Posso abrir???

Quando ele deu o sinal verde, abri a tal carta e vi que tinha a seguinte mensagem escrita com uma letra estranha, difícil de ler:

“Prezado senhor (caloteiro lazarento) ,

Há algum tempo, enviamos para seu endereço um kit com 6 cartões de natal e um calendário de mesa pelo valor de R$29,75. Esperamos que os mesmos tenham sido úteis para você e a sua família. (Apesar de você não ter pago, corno)

Muito embora não haja qualquer obrigação de sua parte em contribuir pelo nosso envio (você pode perfeitamente ser um mão de vaca sem loção, é um direito seu), caso o pagamento não tenha sido efetuado por algum motivo alheio a sua vontade, esquecimento ou falta de tempo, por exemplo, (queremos acreditar que tenha sido por isso) você ainda pode fazê-lo (pensou que tinha se livrado porque o natal passou, tolo?). Basta nos enviar o pagamento no envelope anexo (é fácil, nem vai cair a sua mão e você passará a ter que escrever com a boca). Eu e meus colegas pintores com a boca e os pés agradecemos sua compreensão. (e esperamos, assim, que você não arda no mármore do inferno)

Depois disso, uma indicação dizendo que a mensagem tinha sido escrita com a boca por um dos pintores.

Quando acabei de ler o texto, Papai ficou cinco segundos em silêncio e disse apenas:

- Eu vou pagar.

Claro. Acho que até o Grinch pagaria.



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Pesquisa esclarecedora

Normal Girl e suas amigas fizeram uma pesquisa com 38 homens e traçaram o perfil da mulher ideal para a machaiada. Vejam só o resultado:

“morena, mais pra gordinha que pra magra, tem altura mediana, olhos verdes, cabelo comprido e liso (e eles garantem saber identificar o cabelo de chapinha), peitão, nariz e boca pequenos, lábios carnudos e sobrancelha fina. Ela usa o cabelo solto, roupas com decote, gloss, brincos pequenos, poucos acessórios ("Árvore de Natal não dá!"), pouca maquiagem, salto alto, suas unhas são curtas - pintadas de esmalte claro - e tem também piercing no umbigo.”

Foi muito útil pra mim. Finalmente, descobri por que sigo sozinha: sou a antítese de quase tudo isso aí! Loira, mais pra magra que pra gordinha (a duras penas, mas com muito orgulho), olhos castanhos, cabelo encaracolado, minhas unhas são longas e quase sempre pintadas de esmalte escuro e meu piercing é na orelha! Tudo errado! Preciso urgentemente me atirar em uma lata de lixo.

Agora... homem saber identificar cabelo de chapinha, mas é muito rod mariola!!! A não ser que seja gay, o que acaba com o escopo da pesquisa.



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Virundun da Maria Rita

Sei que existe um blog só de disso, mas como eu sou uma pessoa egoísta, que só pensa em mim e nos MEUS leitores, vou postar aqui mesmo meus momentos pinkynianos em relação à música Festa, da Maria Rita. Um trecho da canção sempre me intrigava:

“Já falei tantas vezes
do verde dos teus olhos
Todos os sentimentos me tocam a alma
alegria ou tristeza
Espalhando no campo no canto no gesto
no sonho na vida
Mas agora é balanço
essa dança nos toma
esse som nos abraça, meu amor


O problema é que eu ouvia: “mas agora é balanço, essa DANÇA NO ESTÔMAGO” e ficava fazendo altas elucubrações pra entender o que o Milton Sofrimento, autor da música, tinha querido dizer. No fim, já estava vendo sentido na coisa: dança no estômago... é porque ela deve ficar nervosa porque está dançando com o carinha e dá aquele frio na barriga. Quando tudo parecia se encaixar pra mim, e lá pela centésima oitava vez em que eu escutei a música, saquei que era “essa dança nos toma”.

Acho que a minha versão era melhor.



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BBBuba

Chatéris nas cenas que foram mostradas hoje. Eram imagens que aconteceram ontem, se não me engano. A mulher engata um papo sobre paredão:

- Semana que vem, eu tenho certeza que eu vou.

Ao que BBBuba não se contém e grita:

- NÃO! DE NOVO ESSE PAPO! NÃO AGÜENTO MAIS, JÁ ESTOU FICANDO SACUDO COM ISSO!

Tem razão, o pobre. Ninguém merece ficar falando nisso a semana inteira. Aliás, ninguém merece a Géris. Quando ela vai pro paredão, pra eu poder votar nela de 5 em 5 minutos? Eu sonho com esse dia.



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E a gente reclama da vida...

O Jornal Nacional é uma coisa altamente blogável. Sempre que eu vejo nem que seja um pedacinho, tenho coisa pra escrever. Hoje passou uma matéria sobre a fila de gente querendo um emprego na conservação das ruas de Curitiba (acho que é Curitiba...) . Salário? O mínimo, 240 reais. Mais benefícios. Ah, tá, agora ficou bom. E o contrato é temporário: por um ano. A reportagem termina com a entrevista a uma senhora que, hoje nessa função, está triste porque vai ter que deixar o emprego, mas torcendo pelo genro, que está na fila para pegar um dos lugares que vai vagar:

- Ele tem sete filhos. Não é fácil não.

Sete filhos? Procurando um emprego que paga 240 reais? Como essa gente vive?



Comments: segunda-feira, fevereiro 09, 2004

Cala a boca, Magda!

No capítulo de sábado de Celebridade, Peripaqueu Vasconcelos, depois de ter um infarte, resolveu fazer um testamento. Ele conta tudo a sua filha, Corneatriz. Pretende deixar umas mariolas para algumas pessoas que foram legais com ele (será que algum dia eu vou ser legal com alguém e esse alguém vai me deixar um apartamento na Avenida Atlântica?). Uma dessas pessoas, ele diz a Corneatriz, é Corisa, a amada dele que agora só faz chorar e paparicar a filha maleta. Ele explica então a Corneatriz que deixar um imóvel para a Corisa é como dar nela um “tapa com luva de película”.

Pára tudo. Luva de PELÍCULA? Não seria luva de PELICA? Segundo Toda Fashion, minha amiga quase famosa, consultora de moda e, junto com Pentel, inspiradora deste post, pelica é um couro carérrérrimo, retirado da barriga do porco. Não gostei muito dessa parte de ser retirado do porco, mas isso não é motivo para que Burro Carvana fale essa bobagem! Será que o diretor, o Pênis Caralho, não viu isso? Será que ninguenzinha véu isso?



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Alalaô

Odeio Carnaval. Carnaval é um negócio que atrapalha a minha vida semanas antes de realmente acontecer. Além de deixar o trânsito de lugares por onde eu tenho que passar infernal, porque as pessoas estão ensaiando no Sambódromo, ainda por cima faz com que as minhas amigas só queiram ir pro ensaio do Monobloco, o ensaio da Banda de Ipanema, o ensaio do Simpatia é Quase Amor, Imprensa que eu Gamo... fora as quadras de escolas de samba. E eu, que sou uma pessoa que detesta samba, ou fico em casa, ou vou com elas assim mesmo.

Foi o que eu fiz no sábado. Resolvi encarar o ensaio do Simpatia é Quase Amor no Clube dos Democráticos, na Lapa, "fundado em 1857".

Bom, é verdadeiramente um estudo antropológico. Desde os velhacos de cabeça branca (se meu avô fosse vivo, de repente eu encontrava ele) até uns gatinhos bem gatinhos (e novinhos), estava todo mundo lá. O lugar até que não era de todo mau. Quando entrei no banheiro, fiquei feliz. Dez casinhas! Cagalho! Um lugar quase à prova de filas. Mais tarde, voltando lá, descobri que me enganei, era um banheiro Joselito: das 10 casinhas, cinco eram... bidês. Quem usa bidê? O pessoal que vai ao Clube dos Democráticos.

Já que eu estava lá, me diverti, apesar das muitas pessoas sem loção. A falta de loção das pessoas ia aumentando à medida que as horas passavam. Nem estava tão cheio, mas neguim incomoda, dança esbarrando nos outros... o pior é que tinha um monte de gente suada... Nunca dei tantos tocos em uma noite só. Porque os bonitinhos sumiram. De repente, lá pra umas 2h30, eu olhei em volta... e todos tinham sumido! Só sobrou um moreno liindo que, provavelmente, não queria lada com ninguém, porque dançava, dançava, dançava sem nem olhar pro lado.

Mas foi bacana. Acho até que vou voltar mais vezes. O que não impede que eu queira que este período nefasto de samba, suor e cerveja passe logo, naturalmente.



Comments: domingo, fevereiro 08, 2004

Feio... bonito!

Mel passa o Rodo e eu conversávamos sobre o que achamos bonito ou feio em um homem. Ela, então, declarou:

- Sabe o que eu acho feio? Homem alto, magro, com o rosto meio encovado e de nariz grande.

- Sei... feito assim o Reynaldo Gianechini.

- É, mas nele essas coisas combinam.

Então, tá.



Comments: sábado, fevereiro 07, 2004

Otimismo

Aproveitei que vários estagiotários estavam reunidos na minha sala pra exibir, feliz, meu piercing. Meu orgulho, numa total demonstração do bizarro mundo dos furos pelo corpo, era mais por ele não estar inflamado que qualquer outra coisa.

Uma das estags lembrou o piercing do Jmonstro:

- Inchou tanto que eu fiquei horrorizada! Fez até uma bolinha.

Eu sorri, com desdém. Imagina, dar bolinha. O meu, não, ele é limpinho, cheiroso e bem cuidado. Tratei de informar:

- É, mas o meu não vai dar nenhuma boli...

Desenho Japonês, minha musa inspiradora, interrompe:

- Dar bolinha é comum.

Acho incrível como essas pessoas dizem coisas que me animam, fazem meu dia encher-se a mais pura alegria de viver. Ela completou:

- Se isso acontecer com você, não se desespere: me liga, que eu tenho uma pomada milagrosa.

Ainda bem que existem as pomadas milagrosas! Desenho continua:

- Ela é milagrosa, milagrosa! Em um mês, você não tem mais nada.

UM MÊS? Cacetes inflamados! E sem a pomada milagrosa? Dá barata na minha orelha?



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Deprê

Eu e mais dois amigos, parados num café, os três meio distraídos, com olhares de flying windows... quando um deles fala, num tom confidencial:

- Pô, mó merda...

Ficamos esperando que ele dissesse o quê era a maior merda. Como ele não disse mais nada, eu perguntei:

- O que é a maior merda?

E ele:

- Tudo.

De repente, TPM é contagioso.



Comments: sexta-feira, fevereiro 06, 2004

Ratos mortos e uma reunião

Hoje de tarde eu teria uma reunião. Estava de má vontade, porque odeio reuniões. Mesmo sabendo que era um mal necessário, já na noite anterior estava de mau humor por causa disso. Pra completar, na hora do almoço soube que tinha que preparar uma solenidade pra segunda-feira e automaticamente me atolei de trabalho. Isso quase arruinou o sagrado momento da torta de queijo de quinta, mas, graças a Deus, consegui meia hora.

Praguejei milhões contra o compromisso que eu teria de tarde. Sei que é uma falha minha, mas não consigo estar em dois lugares ao mesmo tempo: reunida e planejando cerimonial. Aquilo iria me atrapalhar.

Mas, como era inevitável, me organizei o melhor possível para que o tempo que passasse na reunião não me perturbasse tanto. Quando deu 15h, o horário marcado do troço, me liga o cara que estava agendado:

- Oi, Fernanda. Olha, eu sei que a gente marcou às três, mas vou ter que me atrasar.

Como assim?

- Ah, é? - blasè.

Fogos! Vou poder adiantar o evento de segunda!

- É. O pneu do meu carro furou no meio da Ponte Rio Niterói.

Um lugar bom pra se ter um pneu furado. A brisa da Baía de Guanabara ameniza o calor de 40 graus. Com sorte, a pessoa ainda joga pão pros peixinhos.

- Como estou com um carro emprestado, quando fui trocar, tive uma surpresa: o estepe também estava furado.

Cagalho, vai ter azar assim lá na...

- Agora estou aqui, na Avenida Brasil, procurando um borracheiro. Acho que vou demorar um pouco.

E aí então a reunião foi cancelada.

Quase chego a ter medo de mim mesma.




Comments: quinta-feira, fevereiro 05, 2004

Só hoje...

... me irritei com a impressora, que, num gesto tresloucado de perseguição a mim, resolveu sair da rede e não me obedecer.

... discuti com a secretária, que, num gesto tresloucado de perseguição a mim, decidiu que quem trabalha em área de comunicação deve saber tudo sem que ninguém tenha dito e sem poder perguntar (e nem me deu o endereço de onde se compra uma bola mágica).

... quis demolir o clube onde quero fazer ioga, porque, num gesto tresloucado de perseguição a mim, eles lá cobram exame médico para a pessoa poder se matricular.

... quis matar Papai Joselito, porque, num gesto tresloucado de perseguição a mim, ele disse que eu estava comendo demais (e eu só tinha comido um queijo quente, um pêssego, um iogurte, um polenguinho e dois biscoitos).

... chorei vendo Jornal Nacional, porque, num gesto tresloucado de perseguição a mim, resolveram colocar uma matéria com uma criancinha que tem "uma bola azul e um rim novo".

Isso só pode significar uma coisa. A TPM chegou dois dias mais cedo.



Comments: quarta-feira, fevereiro 04, 2004

Ela existe

A matéria era sobre uma empregada doméstica muito má, que vai arder no mármore do inferno, acusada de roubar criancinhas em uma maternidade. Vários anos depois, ela está sendo descoberta. Aparece uma tia cuja sobrinha foi levada há 13 anos, chorando e tal, emocionada. A empregada pode ser a autora do crime. Corta para uma outra mulher. O repórter diz que uma criança de 10 anos que vive com a doméstica pode ser filha dessa outra mulher. E conta que ela, há 10 anos, VENDEU a criança por 4 mil reais. Agora ela está reclamando... porque a ladra não pagou! Quer a mercadoria de volta.

O nome dessa mãe desnaturada:

JOSELITA DA SILVA

Eis a verdadeira Mamãe Joselita!



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ZZZ

O povo que assina o BBB 24h deve fazer isso porque sofre de insônia. Um dos cochilos mais gostosos da minha vida durou uma meia hora e foi agora há pouco, vendo o trecho de BBB ao vivo que passa no Multishow. Estava rolando uma festa indígena muito chata, todo muito vestido de índio, umas comidas mortas no chão... índio é uma coisa chata, mesmo. Me fizeram dormir nos tempos do primário, nas aulas de Estudos Sociais, babar no segundo grau, em História e Geografia, roncar na faculdade, estudando Antropologia, e agora apagar no sofá vendo o BBB. Pensando bem, índio é uma coisa muito legal.



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Por quê? I

Eu tenho uns troubles com água fria. Sempre que eu tomo banho de água fria, saio do chuveiro que parece que rolei no pó de mico, me coçando toda. É uma sensação horrorosa. Por isso, pode estar um calor de 40 graus que eu tenho que tomar banho de morno a quente, porque se for de morno pra frio já me coça. Inferno. E um inferno com muita água quente.

Se não fosse por uma empregada que tive que tinha a mesmíssima ziquizira, eu ia pensar que sou maluca, que isso deve ser parte daquele TOC que eu tenho.

Algum leitor dermatologista (ou psiquiatra, curandeiro, feiticeiro, pajé, sapateiro, Derico) pode me explicar isso?




Comments: terça-feira, fevereiro 03, 2004

Por quê? II

Posso saber por que não pulula um Hugo na minha frente, que nem o caveira, dizendo que está louco por mim, que só pensa em mim, que está perdidamente apaixonado por mim? Por que não posso ter essa sorte?



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No Multishow depois do paredão

Zulu é o único inteligente dessa casa. Foi líder duas semanas seguidas porque sacou na hora qual era a da prova e venceu. Brincando, brincando, indicou uma das pessoas mais fortes e desestruturou a panela da pobretada. Ele sacaneia o que todo mundo fala. Depois do paredão, estava rolando maior papo cabeça de que o Cristiano fala várias línguas e ele mandou:

- Eu também falo outras línguas... russo, búlgaro e árabe.

E mixou com o papo. Fora essa palhaçada de dar em cima de todo mundo. É engraçado de tão tosco. Marcela chegou o pé pra perto dele e ele:

- Que pé cheiroso... imagina o resto do corpo.

Depois ela disse que estava com o coração do lado de fora da casa, mas que nem por isso estava ficando com ninguém, e ele disparou:

- Mas deveria!

Figura. Agora, como eu disse no início do post... o nível encefálico da galera é baixo. Neguim concordando que 9% de diferença de votos é “coisa pra caramba”, enquanto o zuluzão tentava explicar que a coisa foi equilibrada.

Vida longa ao líder.



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O POST DO PIERCING

Pré-piercing

E eis que sábado passado eu decidi: iria fazer um piercing. E, desde então, eu tive que esperar uma LONGA semana até que eu pudesse finalmente fazer. Sete dias em que eu corria o risco de mudar de idéia. Tratei de contar logo a novidade à Pentel e à amiga dela, que combinou de ir comigo, fazer um, inclusive. Tratei também de contactar Desenho Japonês, minha estagiária cuja irmã havia feito o piercing e jurava por tudo que era mais sagrado, treis veiz, que não doía. Eu até falei no telefone com ela pra tentar ficar mais segura.

A hora da verdade

O bonde do piercing apresentou-se na Helio Tattoo, em Copacabana. Micão. Éramos nada mais nada menos que sete pessoas: eu, Pentel (que foi assistir), Desenho Japonês (que foi me dar uma força e, quem sabe, fazer uma tatuagem), Gêmea de Desenho Japonês (Desenho Japonês tem um clone), Quase Top Model (amiga da minha irmã que fez um piercing também), o marido dela (com uma cara de dar pena) e Toda Fashion, minha amiga quase famosa que está onde o povo está.

Quase Top Model fez o olhar mais apavorado que já vi até hoje quando Desenho Japonês disse que fez o piercing dela há muito tempo, “quando anestesia não era proibida”. Quase Top, que só estava ali, assim como eu, por causa do conto do spray anestésico, se não fosse tão fina teria berrado, mas apenas disse, surpresa:

- Proibida? Como assim, não pode mais?

Explicamos a ela que antes era anestesia mesmo, com injeção e tudo, mas que agora não pode mais porque teria que ter acompanhamento médico. Quase Top respirou (quase) aliviada.


***

Depois de três horas e meia pra escolher que brinco eu ia colocar, eu estava em pânico! Mas, dali, não poderia desistir. Confiei no tal do spray anestésico e fui.

Spray anestésico de c* é rola! Ou, como diria Roberta, é a chapeleta da minha piroca! O processo dói, sim. Não é uma coisa horrorosa e eu imagino que em outros locais do corpo doa mais, mais doeu, pênis! Ao menos, é rápido. Quando saí, Quase Top Model, que seria a próxima, me olhou com uma expressão esperançosa:

- E aí???

Ela esperava ouvir:

- Ahhhhhh, tranqüilo, nem dói, vai na fé!

Mas ouviu:

- Olha. Não é insuportável, mas dói. Minha pressão, inclusive, baixou.

Joselita, eu? A moça fez uma cara de pavor que me partiu o coração. Depois tentei dizer mil vezes que não era assim tão horrível, que eu faria de novo... Quando ela levantou, alguém disse:

- Coragem, Quase Top! Você teve um filho, pode fazer um piercing.

Lembrei:

- É, e eu já tomei injeção no olho.

Então está tudo certo. Bizarrices unidas jamais serão vencidas.

Pós-piercing

Meus pais só souberam do processo quando não havia mais nada a fazer. Mamãe, a mais Joselita das criaturas, disparou:

- Você cuida bem desse troço porque eu soube de uma menina que passou vários dias internada em um hospital por causa de um piercing.

Ou seja, ela praticamente acha que a minha orelha vai cair e que, depois, eu vou morrer. Não me espanto se ela comprar um pretinho básico novo por esses dias.

Meu pai limitou-se a torcer o nariz e perguntar quanto tempo levava para cicatrizar. Quando eu disse que era uns cinco meses, ele apenas disse:

- Bem feito.

Ana Pôla, que acabou de fazer uma tatuagem disse, quando eu comentei com ela pelo telefone o que tinha feito, que nunca faria um piercing:

- Porque piercing dá problema. Não adianta pensar que não vai dar, porque sempre dá. Inflama, aquilo fica meses te incomodando.

Tu tu tu... Joooo-se-li-ta! Eu estou cercada de Joselitos! E depois vocês se perguntam por que eu sou assim! E olha que eu sou legal, eu nem disse a ela que tatuagem é pra vida toda, que tem que ficar um tempão sem pegar sol, que a cicatrização também é lenta, que eu também nunca faria... Até porque ela ia me jogar um cadáver de rato. Bom, eu também não liguei muuuito pro que me disseram. Porque eu estou feliz, feliz, feliz, que nem um pintinho no lixão. Sei que vai inflamar, vai doer, vai ser um saco pra cuidar, mas agora está feito e está lindo. Pior se tivesse ficado um buchão.



Comments: segunda-feira, fevereiro 02, 2004

A FOTO DO PIERCING

Foto de piercing sempre parece uma coisa suja e bizarra, mas eu precisava dividir isso com vocês:



Tô achando ele lindão!



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Ele tem a força

A academia de Thyrso é bizarra. Além de abrir no domingo, fazendo com que os marombeiros loucos apresentem-se para malhar e os pobres professores tenham que trabalhar quando queriam estar na praia, ainda por cima tem um instrutor paraguaio... argentino... peruano... um Antonelo qualquer.

Thyrso foi todo feliz então malhar no domingo. Perguntou ao latino-americano:

- Professor, quantos quilos eu coloco nesse aparelho?

E o cara:

- Trinta e ocho.

“Cagalho! Trinta e oito quilos é muita coisa”, pensou nosso herói. Mas ele não se deixou abater: macho pra caraca, colocou anilha por anilha até chegar no peso. Quando iniciou a série, amarradão, o troço estava tão pesado, mas tão pesado, que ele deu um mau jeito no peito e só conseguiu se mexer depois que o grandalhão com sotaque fez uma MASSAGEM nele. Passado o susto, o professor indagou por que demônios ele tinha colocado tanto peso, ao que Thyrso respondeu:

- Porque eu perguntei quanto era pra colocar e você disse 38.

E ele:

- Ah, eu pensei que você tivesse perguntando a minha idade...

Se Thyrso tivesse batido as botas, a causa mortis seria choque cultural.





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Simpósio bizarro

Tudo bem, eu admito: vários estudantes de medicina gatinhos participaram do evento. Mas, mesmo assim, simpósio sobre tumores na coluna, definitivamente, É uma coisa do mundo bizarro. Logo na parte da manhã, vi projetada no telão a seguinte frase:

“Estriação vertical no corpo vertebral que apresenta trabéculas espessadas.”

Anh? O quê? É bonito o corpo humano? Achei que tivesse subitamente esquecido o português ou então que aquela língua não poderia ser a minha. Fiquei me perguntando se os bonitinhos da platéia estavam entendendo alguma coisa.

Os slides (ou eslaides, como queria a quase saudosa IG, bruxa do fim do corredor) foram uma atração à parte no encontro. Um dos palestrantes mostrou uma coluna em S. Em S mesmo, uma pessoa de verdade com o corpo em forma de S. E, depois, ainda bem, o paciente depois da cirurgia, provavelmente depois de sofrer horrores, mas certinho. Aí, ele completou:

- A operação foi um sucesso, mas vocês não façam isso não, tá? É loucura.

Ah, que bom saber. Nunca vou tentar isso sozinha em casa.

Um outro abençoado abusou: apresentou um VÍDEO de uma cirurgia. Depois de quase 12 horas trabalhando direto, eu já estava anestesiada olhando aquilo tudo e até achando interessante ver aqueles parafusos sendo colocados na coluna do sujeito, enquanto o palestrante dizia:

- Agora, a gente retira a costela...

Momento sublime. Este cara, aliás, ficou enrolando antes da palestra pra entregar a apresentação dele e os meninos da área técnica estavam indóceis, me procurando de cinco em cinco minutos pra pedir o material do sujeito. Fui falar com ele e ele se dignou a levantar e ir até a cabine entregar tudo. Dali a pouco o cara olha pra mim, com um olhar fulminante, e diz:

- Satisfeita, agora?

Não. Satisfeita eu estaria se você estivesse lá na Alemanha, de onde nunca deveria ter saído, e eu na minha cama, dormindo, porque eu estou precisando, sabe, já que eu levantei às 6h30 da madrugada pra preparar tudo isso aqui.

- Sim, estou.

E abri o meu melhor sorriso, o sorriso que joga calangos mortos na pessoa. Espero que o avião dele não caia ou coisa assim. Pode ser só uma dor de barriga. Forte.




Comments:

Mistureba

Estava eu assistindo o jogo do Vascão (que, naquela hora, perdia para o Bangu e jogava maaal pra dedéu à beça), ni qui toca o meu celular.

Era Toda Fashion, minha amiga célebre.

- Fernanda, tem uma coisa blogável para contar.

A moça chique, linda, loira e japonesa, moradora do Leblão, estava em frente ao Marina tomando seu banho de sol. Ela podia ficar nas cadeiras do hotel porque conhece alguém de lá, mas os meninos de rua que chegaram depois dela... bom, acho que eles não ligam muito pra exclusividade. Foram se chegando pra perto dela, se chegando... o filtro solar dela caiu no chão e uma das meninas já ia catando na mão grande, quando Toda falou:

- Ó, não pega isso aqui não... é da tia.

Frustrada a tentativa de adquirir um filtro solar, a menina resolveu dar um mergulho. E pediu:

- Tia, guarda as minhas latas enquanto eu vou na água?

O que ela iria dizer?

- Vai lá, vai na fé.

Daqui a pouco vem outro:

- Toma conta do meu chinelo, que é mais importante.

Então lá ficou ela, uma celebridade, uma pessoa que sai em todos os jornais, praticamente a Maria Clara Diniz, cercada por latas de cerveja e refrigerante, muitas latas, e pelo chinelo do menino de rua. Quase um estudo antropológico de como as classes sociais se misturam no Rio de Janeiro. Eu perguntei:

- Eles voltaram para pegar as coisas, pelo menos?

Ao que ela esclareceu:

- Não, ainda estão lá, na água.

!

- Quer dizer que estou falando com você no meio desse momento importante da sua vida? Na hora em que essa coisa bizarra está acontecendo?

- É!

Estou emocionada. E essa coisa de blog está saindo do controle: as pessoas me ligam pra alimentar o meu vício.






Comments: domingo, fevereiro 01, 2004

E amanhã... "O SIMPÓSIO BIZARRO".



Comments:

Agora ou Nunca joselíptico

Cacetes perfurados! Esse Agora ou Nunca do Caldeirão do Hulk está se superando. No desse sábado, o sujeito tinha que passar de olhos vendados em um caminho cheio de obstáculos, sem derrubar nada.

Mamãe Joselita assistia revoltada a tudo. Quando o cara teve que passar por um caminho cheio de ovos, sem pisar em nenhum, ela disse:

- Se eu quebrasse um desses ovos sem querer, quebrava todos os outros de propósito depois na cara desse Hulk.

Eu não faria melhor.



Comments:

Cavalheiro

Mágico de Zoss me deu uma carona para o LO de sexta. Ele se dirigiu para um lado do carro e eu automaticamente me dirigi para o outro, sem nem notar que ele estava era do lado direito, abrindo a porta pra mim.

Estou desacostumada de andar de carro com homens gentis. Aliás, estou desacostumada de andar de carro com homens mesmo. Que sorte triste a minha.



Comments:

Aliás...

Mágico sempre me faz feliz quando estou perto de Príncipe Caio. Ele costuma dizer:

- Fernanda, se você sair na rua com esse menino todos vão pensar que é seu filho! Passa em qualquer alfândega!

Eu acho ele lindo e loiro (o Príncipe), logo, eu devo ser leeenda também.



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Fernanda Rena, jornalista, 35 anos

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