terça-feira, dezembro 23, 2008

Dermato boca de sapo

Já faz algum tempo que decidi que nunca ia ficar velha. Acho que a medicina vai avançar tanto que haverá a pílula da pele lisinha, a pílula que eliminará automaticamente todas as calorias do alimentos e a pílula do cabelo liso sem chapinha. Pode ser também que eu não morra nunca, porque vão inventar também o elixir da imortalidade. Mas isso eu não sei se vou querer. Ainda estou decidindo.

O problema é que enquanto não inventam essas coisas eu tenho que ir ao dermatologista mesmo e passar uns ácidos e uns cremes franceses na minha pele pessegal. Venho fazendo isso há alguns meses. A primeira vez que fui lá, o dermato disse que eu não podia ir à praia de jeito nenhum. "Nem com filtro solar 50?" "Não". "Nem de chapéu?" "Não" "Nem embaixo da barraca?" "Não" "Nem se eu levar a sua MÃE?" "Não". Saí de lá toda revoltadinha pensando que logicamente eu desobedeceria essa recomendação. Aí, como boa virginiana católica apostólica romana que sou, obviamente cumpri a determinação à risca e não vou à praia há meses. Agora, fui lá de novo, pra fazer consulta de rotina e comunicar que eu ia passar uns dias onde? Na praia. Ele suspirou, disse que ia suspender os cremichtos durante um tempo. Depois anunciou: "Sua pele vai manchar". Ai, meus sais. Expliquei a ele que não ia ficar de cara pro sol, que jurava que ia ficar de chapelão e óculos de sol que nem celebridade disfarçada. Ao que ele resmunga: "Isso se o tempo ajudar. Se não chover". Sai pra lá, dermato urubu! Pé de pato mangalô treiz veiz! Vai fazer muito sol no meu fim de ano. Voltarei com queimaduras de muitos graus.



Comments: terça-feira, dezembro 16, 2008

O POST DO SHOW DA MADONNA

Não sei se este post vai ser engraçado, porque todas as bizarrices que eu esperava passar no show da Madonna simplesmente não aconteceram. Foi tudo tão bem que até agora fica difícil de acreditar. Mesmo assim, um post sobre isso é obrigatório. Devia ter sido escrito ontem, aliás.

Eu estava com MiniPentel pouco antes de sair. Disse pra ela que ia em um show que era de noite, mas que eu tinha que sair cedo, pra pegar um lugar bom. Ela pensou e disse:

- Não tem cadeira pra todo mundo?

Adoro quando essa menina argumenta. Fico emocionada. Notem que ela quer entender o processo. Expliquei pra ela que tinha lugar pra todo mundo sim, só que tinha umas cadeiras melhores e outras piores e que eu queria pegar as melhores. Depois Minnie Nome Triplo, que foi de cadeira central, disse que não era bem assim: parece que lá não tinha cadeira pra todo mundo e teve gente que ficou em pé. Eu, hein... MiniPentel não entenderia. Nem eu.

Entrei na fila às 16h. Já no metrô, quando encontrei Gêmea da Night e Moço que Evoluiu, havia uma nova mulher no grupo, que tinha sido incorporada no metrô por Gêmea. Pois é. Descobri nesse show que as pessoas que não têm companhia vão sozinhas mesmo. E que nunca ficam sozinhas, porque sempre encontram amigos com um objetivo em comum. Ver a Madonna? Talvez, mas o maior objetivo mesmo é passar sem ficar fartos as quatro horas e meia enquanto o show não começa.

Na fila, encontrei Metadinha Clone, meu novo amigo de infância. O rapaz, de 19 anos, saiu sozinho de Itaboraí, um lugar que fica lá longe nos confins do interior do Rio de Janeiro, pra ver esse show. Fiquei admirada com a força de vontade do sujeito e logo o adotei. Pronto, estava montado o grupo que teria que passar o tempo na chuva até o show começar.

Incrivelmente, tudo passou muito rápido. O DJ e as milhares de fotos que tiramos ajudaram a distrair. A chuva caía e por isso meu modelito capa de mendingolhes por cima da roupa foi obrigatório durante todo o evento. Era uma capa de plástico vagabunda total que eles vendiam lá. Parecia um saco de supermercado. Mas quebrou um galhão.

Sobre o show... ah, o show. O show não é só um show. É uma experiência. Uma sensação. Fiquei muito feliz em algumas músicas, principalmente nas menos óbvias, como Into the Groove e Human Nature (essa última eu adoro!). Quando era alguma do novo CD que eu não conhecia, eu simplesmente olhava pro palco hipnotizada, que nem MiniPentel vendo o DVD do pônei. Eu sabia que estava vivendo um daqueles momentos dos quais vou me lembrar pra sempre. Foram duas horas muito rápidas, em nenhum momento tive a curiosidade de olhar no relógio pra saber se estava acabando.

Achei que a volta pra casa pudesse transformar tudo em um grande programa de índio. Optei pelo metrô pra não pegar um trânsito dos infernos. Achei que fosse ser bizarro, que fosse demorar horrores pra conseguir embarcar e que fosse viajar espremida feito uma sardinha, algo insuportável no estilo show do Lenny Cróvis. Mas não. Tinha uma fila, que encaramos da mesma forma que encaramos a espera pelo show: conversando. E, dessa vez, tínhamos um assunto inesgotável, que eram as impressões sobre o show. Ah, sim, nas horas vagas também reclamávamos da chuva.

Cheguei em casa poucos minutos antes da meia noite, que era a hora que eu esperava estar saindo de lá, contando com atraso e perrengues pra conseguir me transportar de volta. Ou seja, tudo o que eu achei que fosse ser complicado (a espera, a chuva, a volta pra casa) foi tranquilo. Estou até agora esperando a pata do macaco chegar.



Comments: segunda-feira, dezembro 08, 2008

Mais uma da série "músicas que não fazem sentido"

Essa até que tem uma letra que diz algo, mas aí, no meio da música, ela colocou umas frases bizarras que não fazem o melor sentido. Estou falando da musiquinha da Vanessa da Matta que toca na novela: Amado.

Como a bizarrice acontece só em alguns trechos, não vou postar a música toda. Mas vejam só:

"Como pode ser gostar de alguém
E esse tal alguém não ser seu
Fico desejando nós gastando o mar
Pôr-do-sol, postal, mais ninguém"

Gente. O que seria "gastar o mar"? Será que eles vão com uns baldes e ficam tirando a água do mar e jogando na areia, tirando a água do mar e jogando na areia, e assim sucessivamente tentando fazer com que o mar seque? Que romântico.

"É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer"

Que graça? Como assim é tanta graça? Tem uns milagres acontecendo lá fora? Tem um monte de mulheres chamadas Graça? E aí é tanta graça e passa o tempo sem você. É tanta graça, passa o tempo sem você. Gente, essa frase não faz sentido. Não tem nenhuma dignidade.

Agora vem a parte mais esquizofrênica da letra. Nessa hora realmente baixou o Gilliard "aquela nuvem que passa lá em cima sou eu" e aí resolveram escrever a seguinte pérola:

"Sinto absoluto o dom de existir,
Não há solidão, nem pena
Nessa doação, milagres do amor
Sinto uma extensão divina"

Sinto absoluto o dom de existir. Que aglomerado de palavras bonitas que não querem dizer nada. E termina com "sinto uma extensão divina". Extensão divina. Será que é um aparelho de telefone conectado com o Senhor que ela encontrou? Deve ser. Vai ver ela usa essa extensão divina pra trocar umas idéias com a Danni Carlos e descobrir umas coisas que ela sabe.



Comments: segunda-feira, dezembro 01, 2008

Piercing por um fio

Outro dia fui dar mais um passo em direção à extração das presas e fiz a radiografia dos dentes. Chego lá no lugar e as mulheres mandam tirar tudo de metal: colar, brincos... beleza, tirei. Daqui a pouco a atendente me olha e diz:

- O brinquinho.

Levei uns segundos pra entender que o “brinquinho” a que ela se referia era o meu piercing. Meu precioso piercing. Ela queria que eu tirasse o meu piercing da orelha!

Ha ha ha (riso totalmente nervoso)

Mini flashback
Em janeiro de 2004 resolvo criar coragem depois de muitos anos colocando olho gordo nos piercings das pessoas. Quando chego lá, percebo que, na verdade, doía mesmo e eu tinha toda razão de ter medo. Aí em setembro de 2004 nasce uma craca daninha na minha orelha, ela quase se descola da minha cabeça de tão inflamada e eu tenho que passar por uma sessão de tortura: limpar o piercing. A carrasca da lojchenha que fura as pessoas tirou o “brinquinho” e com uma seringa jorrou várias vezes água oxigenada no furo inflamado. Queimava igual ácido. Gotooooso! Saí de lá com um piercing novo. Meses depois, começou a inflamar de novo. Eu estava em Massambaba e Mamãe Joselita tirou na mão grande. Colocou uma linha no lugar igual se faz com criança quando inflama o buraco do brinco. Eu não tive nem chance de discutir. Quando voltei pro Rio, fiz minha última tentativa: comprei um de ouro branco. Aí então minha orelha se encontrou. Descobri que eu e o ouro branco somos íntimos, devemos ter uma relação cármica, de outras vidas. O piercing se aninhou no meu corpo e se tornou parte de mim. Nunca mais, quase três anos depois, tive problemas.

De volta ao presente
Do que falávamos? Ah, sim, a atendente abilolada da clínica radiológica queria que eu tirasse meu piercing-de-ouro-branco-aninhado-há-quase-três-anos-na-minha-orelha.

- O brinquinho.

- Isso não é um brinquinho. É um piercing.

- Então. Tem que tirar pra fazer a radiografia.

- Não.

Essa gente come cocô. Imagina se eu vou tirar o meu piercing. Nunca. Arranco quatro dentes e não tiro esse piercing. Vai ficar um negócio de metal lá brilhando na minha cabeça, na radiografia. Maneiro. De repente rolam até umas interferências em Bruno e Marrone e eles ficam mais ligados.



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