sábado, abril 30, 2005

Momento cabelo (ou "Post discussão de mulherzinha")

Podem respirar aliviados. O post não é sobre chapinhas e afins, por isso, as amantes dos cabelos lisérrimos não vão querer me crucificar novamente (mesmo sem saber se eu gosto de cabelos lisos ou não).

O post é sobre cabelos curtos x cabelos longos. Outro dia saí pra almoçar com umas amigas e o assunto, relevantíssimo, era sobre a opção por cabelos compridos. Quase todo mundo ali um dia já tinha se aventurado a ter cabelo curto (o meu já foi "joãozinho", que nem de homem), mas atualmente preferem tê-los grandes. Até que alguém falou que acha estranho mulheres mais velhas, senhoras, de cabelo grande. "Um dia", ela falou, "quando eu for mais velha, serei uma velha de cabelo curto".

Eu também costumo achar isso, mas como saber se já chegou a hora de tosar os cachinhos? Quando eu tinha 15 anos, eu achava mulheres de 30, se não "velhas", pelo menos adultas o suficiente. Estou quase chegando lá e nem penso em cortar minhas madeixas. Quarenta anos? Tenho amigas de 40 que estão ótimas, com seus cabelos grandes idem. Vovó mãe de Papai Joselito morreu com 80 anos e cabelos (lisos!) na cintura, pretões. Eu achava lindos os coques que ela usava.

Sei lá, essas convenções não funcionam tanto na prática. Depende do momento da mulher, e isso com qualquer idade. Eu já quis ter cabelo curtíssimo. E como adorei quando cortei! Já na segunda vez que cortei curto, que o fiz por pilha, porque todo mundo dizia que eu ficava linda de cabelo curto e bla bla bla Whiscas Sachê, odiei, me arrependi horrores. Quis seguir o corte do cabelo a um corte dos pulsos. Os joselitos que incentivaram não me elogiaram. Os que não incentivaram, me olharam torto, mesmo. Uma situação pavorosa. Sonhava com meu cabelo grande e acordava triste. Imaginava o dia que eu ia ter o cabelo grandão de novo, caindo pelas costas, lindão.

Às vezes olho um cabelo curto e acho bonito, mas tenho pena de cortar e medo de passar por tudo de novo. Não corto, não. Aproveito e economizo 25 reais. Pra torrar tudo em bala, mariola, doce de leite e chopp.



Comments: quarta-feira, abril 27, 2005

A simpática

Chegando em casa do trabalho, as patas ainda molhadas, tomando cuidado pra gerenciar chave, abrir porta, carregar bolsa e dinheiro, tudo sem estragar as minhas unhas chocolate, ouço ao longe um “OI, OOOOI, OOOOOOI”.

Ha. Se não olho nem quando gritam o meu nome, porque penso que pode ser uma outra Fernanda, imagina se vou olhar pra um “OI”. Eu mal tomo conhecimento! Só saí do transe porque o porqueiro me acordou:

- Fernanda, acho que estão chamando você.

As janelinhas voadoras saíram dos meus olhos, voltei para o estado alerta e virei pra trás, totalmente atenta:

- HEIN?

Tentei com muito boa vontade, assim, por cerca de meio segundo, identificar se na rua tinha algum conhecido (que, inexplicavelmente, estaria gritando OI e não o meu nome). Vi um borrão que parecia umas pessoas numa moto, porque sou cega como um morcego usando óculos escuros. Verifiquei rapidamente se não tinha deixado cair um dos meus badulaques, percebi que não e continuei a minha vida. Afinal, se não caiu nada meu, não me interessa quem estava gritando OI. Vai ver, era algum vendedor de cartão pré-pago. Certamente não era o Gael.



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Enfim, ela

Lembram de que eu mandei fazer a segunda via da minha carteira de identidade há mais um ou menos uns 40 anos? Pois é, people, finalmente chegou.

Fui lá hoje pegar. Cheguei faltando menos de cinco minutos pras nove, porque o atendimento começa às nove. Eu já ia chegar atrasada no trabalho de qualquer maneira porque essa é a hora que eu entro, mas, se não atrasasse pra abrir o posto, ajudava, né? Pois. A tiazinha que abriu chegou uns minutos atrasada. Não pode. Lugar que atende ao público, que tem hora estampada na vitrine, tem que abrir pontualmente. Já tinha fila. Mas o pior é que, além de chegar tarde, a vaca pediu “um tempo só para organizar as coisas”. Ela não tinha que organizar LADA! Se precisa organizar coisas antes de atender, tem que chegar mais cedo, ora! E não atrasada pra ainda se organizar!

E o “organizar” dela era arrumar uns papéis, só ajeitar as pilhas, e limpar a bancada com lenços umedecidos. Enquanto ela fazia isso len-ta-men-te, chegou uma outra funcionária e, essa sim, me atendeu. Ou seja, a indolente não queria era me atender e ficou me enrolando enquanto a outra chegava. Que raiva!

Pelo menos, estou com a minha linda carteira. Minha identidade pelos próximos 15 anos. No mínimo.



Comments: terça-feira, abril 26, 2005

Post musical I

Tem coisas que eu acho que não mereço ouvir, mas depois eu penso que eu um dia devo ter sido muito má. Devo ter feito queimada no Jardim do Éden pra criar gado. Ou preparado com os peixes do milagre da multiplicação sashimi contaminado pra vender. Sei lá. Algo muito ruim eu fiz pra sair na noite e ouvir essas coisas.

Estava eu na festa Ploc sexta-feira, Circo Voador. Aquela mesma das meninas do cabelo chapinhudo. Pois. Começa a tocar O Amor e o Poder. Rosana é a bizarrice perfeita! Estava sentada quieta no meu canto, cansada feito uma velha reumática com cãibra, mas levantei pra cantar aquilo aos berros na pista. “Como uma deeeeusaaaaaaa/Você me mantéeeeeem/E as coisas que você me diz/Me levam aléeeeem”. Tudo de melhor! Nisso chega um sujeito do nada, assim, feito o caveira, e diz:

- Se eu te disser as mesmas coisas que essa música diz, ainda assim você não vai me dar nenhuma idéia?

Anh? Como assim, Bial? Então ele queria me dizer “como uma deusa você me mantém”? E achou que essa fosse uma boa cantada? Cara, nessa hora as meninas chapinhudas não aparecem. Seria ótimo apresentá-las pra ele porque, se ele mandasse “beijos”, elas ficariam tão felizes que não iam nem perceber o absurdo do que ele tinha dito. Mas não, coitado. Só encontrou a mim pela frente. E eu estava carregando um bicho morto na bolsa pra tacar.

Adoro falar nas chapinhudas. Chapinhudas, chapinhentas, chapinhóticas!!!



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Post musical II

Domingo eu fiquei vendo a entrevista com a Juliana Paes no Marília Gabriela Entrevista, na GNT. Antes de começar, sempre são mostradas imagens do entrevistado, com uma musiquinha de fundo. Dessa vez, tocou Verdade, com o Zeca Pagodinho.

Fiquei tentando entender por que demônios estava tocando essa música. Tentei lembrar das personagens que ela interpretou na TV, pra ver se a música era tema de alguma... e nada. Ni qui Bruno e Marrone acordaram de repente e eu entendi. A letra é “Descobri que te amo demais/descobri em você minha paz...”. Sacaram? Descobri em você minha PAES. Juliana Paes! Cacetes iluminados, que Deus nos proteja das piadas amarelas, que invadem a nossa casa até pela TV, num inocente domingo à noite!



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Coisas que irritam a Fernanda

Dando continuidade à série “vamos reclamar do sistema”, hoje vou falar sobre outro problema que atormenta a todos nós, pobres seres atuantes no mercado de trabalho. A questão é a seguinte: nenhum anúncio de emprego menciona qual é o salário. Dizem o tamanho da empresa, a qualificação desejada, tempo de experiência etc e tal, mas não contam quanto o infeliz vai ganhar se passar. Aí, o interessado tem que fazer um esforço mediúnico de adivinhação e ler nas entrelinhas a partir do pouco que foi escrito. Com base na conclusão que ele chegar, que será apenas uma suposição, vulgo chute, ele vai mandar ou não o currículo.

O problema é que quem está empregado vai saber como se a proposta é vantajosa pra ele? Só indo lá e passando por inúmeras etapas do processo seletivo. Sim, pícaros, porque não pensem que essa informação é dita na primeira entrevista. Não! O corno tem que passar por entrevistas, dinâmicas de grupo e toda a sorte de humilhações do RH moderno para poder obter esse dado. E ai dele se perguntar! Porque falar de dinheiro é muito feio. É vergonhoso. Um haram muito grande. Quem de nós trabalha por dinheiro? Não! A gente trabalha é pelo reconhecimento, pela satisfação do dever cumprido, pela alegria do serviço prestado, não importando se vai dar pra pagar as contas no fim do mês, manter o filhote na escola, comprar o leite da Sassá. Não interessa se vai ganhar 300 ou cinco mil reais.

E Papai Noel vai chegar em julho, né? Essa informação é crucial, caramba! Dependendo dela, a pessoa sabe se vai querer ou não a vaga. Então pra quê fazê-la perder tempo e fazer a empresa perder tempo também? Por que as coisas não são logo ditas?

O mais absurdo que vi nesse sentido foi um amigo meu, que passou por um processo seletivo há pouco tempo. Ele está empregado mas, como todo mundo, quer melhorar. Então mandou o currículo. Logo na primeira entrevista, pediram a pretensão salarial dele. Ele disse. E o processo foi rolando. Ele foi passando etapa por etapa, e nada de falarem em valores. Ele estava tranqüilo, afinal, se tinham perguntado a pretensão salarial logo no início, não iam manter no processo um candidato que queria ganhar mais que o oferecido sem nem desconfiarem de que se fosse menos ele não ia se interessar, certo? ERRADO. No final da história, ele aprovado em tudo, foi humildemente perguntar quanto era e caiu pra trás quando soube que o salário era não só menos do que ele tinha pedido, quanto menos do que o que ele já ganha! Ora, bolotas! Logicamente ele não largou o emprego. E a mulher RHsística ainda ficou “chateadinha” com ele. Tenha dó, né? Como se a gente tivesse tempo sobrando! Isso é uma das muitas coisas que me irritam nesse mundo véio sem portera de meu Deus.



Comments: domingo, abril 24, 2005

O homem da cabeça branca

Na noite de quinta, único dia do feriadão em que não caí na esbórnia, vi um pedaço da entrevista do Walmor Chagas no Jô. O sujeito é inacreditável. Contou que montou uma pousada numa serra lá qualquer, não me lembro o nome. Disse que foi um fracasso, que era de difícil acesso e quase ninguém ia. Comentando sobre os poucos hóspedes que teve, ele disparou:

- Eu recebia todo mundo pessoalmente, mas depois fiquei de saco cheio, não queria mais receber aquela gente chata, tirar foto...

Ah, tá. Imagina se um dos poucos seres que se aboletaram lá estivesse assistindo à entrevista? Que grosseria!

Se bem que alguns devem ter ido só porque era “a pousada do Walmor Chagas”. Pra esses aí é bem feito. Ainda se fosse a pousada de um bonitão... mas Walmor cabelo de algodão Chagas pelo amor de Deus, né? Nem se a pousada dele custasse 1 real a diária que nem a da Governadora Rosinha e fosse do lado da minha casa.



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Problemão (ou “Grandes preocupações da humanidade”)

Garota de cabelo de chapinha comenta com outra garota de cabelo chapinhado na fila da festa Ploc, sexta-feira, no Circo Voador:


- Fulano de tal não manda beijos no msn... a gente fala “beijos” e ele responde “valeu”!!!


A outra chapinhuda:


- Ééee? – porque isso, realmente, é uma grande notícia.


- Éeee! Será que ele tem vergonha?


Será??? E agora, cara, o que elas farão se não conseguirem desvendar esse mistério? Será que contratarão um psicólogo para resolver o trauma do rapaz com o dinheiro de duas ou três escovas progressivas? Nunca saberei.



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Títulos

Um amigo comentou que estava se sentindo mal porque estava fazendo um trabalho pro curso de mestrado meio nas coxas. Rolou aquele control C, control V básico, pra encher lingüiça. Quem nunca fez uma coisa assim? Pouquíssimos de nós.

A questão é que, hoje em dia, não é uma escolha real as pessoas fazerem faculdade, pós-graduação, mestrado e por aí vai. Todo mundo faz porque precisa, porque nesse sistema louco no qual estamos inseridos, com tão pouca oferta de emprego, todos têm que se qualificar cada vez mais pra conseguir uma vaguinha.

É um absurdo. Até mesmo nível superior seria desnecessário pra um monte de cargos que hoje são ocupados por bacharéis. E superqualificação é uma droga mesmo, porque o cara que tem zil cursos acaba procurando pêlo em ovo, querendo decifrar a origem filosófica da rebimboca da parafuseta quando, na verdade, bastaria apertar um parafuso para resolver o problema. Recebi outro dia mesmo um texto falando sobre isso.

Na verdade, só quem deveria fazer mestrado e doutorado seriam aqueles com vocação acadêmica, pra pesquisa. Isso evitaria um monte de teses sem fundamento que devem acabar passando com um lustre aqui, outro ali, dados por orientadores desesperados com o monte de lixo que recebem pra avaliar.

Não sei qual é a solução pra esse problema, mas que ele existe, existe.



Comments: terça-feira, abril 19, 2005

Novo chefe

Não gostei desse negócio de mudar o Papa, não. Pra quê tinha que trocar? Desde que eu sou criança o Papa é o João Paulo II. Agora é o Bento XVI. Ah, que coisa mais sem graça. Não concordo. Acho que a escolha tinha que ser por votação popular, com um 0800 pra gente ligar. Podia rolar um Big Brother papal, com paredão, fotos dos candidatos a papa apagando a cada programa e todos dizendo no confessionário (nome bem apropriado) "eu vou votar nessa pessoa porque eu tenho que votar em alguém". Ia ser muito mais democrático.

E com esse post acabo de anular as boas ações que andei fazendo e comprar a minha passagem pro inferno de novo. Santa Fernanda durou pouco.



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Rola um feriado e eu não sei se viajo, se fico no Rio, se faço as unhas, pinto um quadro... ainda não decidi, mas, se eu sumir, é porque viajei. É só ligar lé com cré, galera.



Comments: segunda-feira, abril 18, 2005

Santa Fernanda

Desde que eu vi Constantine, sigo firme no propósito de não mais ir para o inferno. Afinal, por mais que seja entediante passar a eternidade a tocar harpa, pelo menos não vou ficar queimando com aquela gente feia e suplicante. Eu, hein. O inferno deve ser algo como a sala de espera do INSS. E, como eu já quebrei o pé e tive que tirar licença, acreditem, sei o que é isso. Então, melhor dar um jeito de ser admitida pelo moço de barba lá no Paraíso.

Sei que não vai ser fácil, mas Ele vem mandando umas tarefas para eu cumprir. Sexta, ajudei uma VELHINHA a atravessar a rua. Boa ação mais clichê do que essa, impossível. Ela me agradeceu tanto, me desejou tantas felicidades... Que suas palavras sejam ouvidas, anciã, e que, antes de ir pro Céu, eu possa ganhar um namorado com a cara do Gael Garcia Bernal.

Hoje, a coisa complicou. Ajudei uma velhinha E uma CEGA a atravessarem a rua. E num cruzamento que é perigoso até pra mim, que não sou tão velha e nem tão cega. Mais bônus com o criador.

Se bem que, segundo o raciocínio do filme, essas boas ações têm que incluir algum sacrifício da minha parte. E nada disso me custou lada. Agora, depois de relatadas aqui, as ações me custaram alguns arranhões na minha reputação. Talvez isso conte.



Comments: domingo, abril 17, 2005

A novela do cego

Em terra de cego, quem tem um olho é rei. Mas na América de Glória Perez, quem é cego é que é rei. As partes em que aparece o Jatobá são as mais animadas. Queremos mais cenas do cego e seu cachorro fofo! Meu voto é pra que a história dele vire principal e que a SemSol e aquele bando de peões chatos só apareçam de vez em nunca.



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A decisão das misses

Naturalmente, eu vi a transmissão do concurso de Miss Brasil. Eu não podia perder a oportunidade de conferir se as moças eram realmente candidatas ao extermínio por aquele que sempre me persegue.

Perto das fotos tenebrosas da Globo.com, elas nem eram tão feias. Mas não tinha nenhuma ali liiiiinda. Pelo menos na minha opinião. O terceiro lugar, antes ocupado pela Grazi, ficou com a miss Espírito Santo, que é praticamente um pinscher. Fiquei meio revoltada, mas ela mereceu. Houve um prova de entrevista com as 10 finalistas em que elas tinham que falar sobre o Papa. Todas falaram bobagens parecidas (três repetiram a palavra ícone, umas cinco disseram que ele foi um exemplo de paz, aquelas coisas). O pinscher disse que ele não deveria ter sido tão radical em relação ao uso da camisinha e ao aborto. Bingo. Ainda que seja uma observação um pouco equivocada, ao menos, a garota inovou. Agora, o que a levou a conseguir um lugar entre as 10 finalistas é um mistério. E a miss São Paulo, outra trubufu, que ganhou uma vaga por ter sido a preferida do público? Porque o telefone pra votar era de SP! Dãaa. Sorvetão na testa.

Destaque para o início do concurso, em que cada uma delas anunciava sua cidade e estado no microfone. Todas com uma voz afetada, gritando e abrindo os braços. “Macapá... Amapáaaaa”. E os “trajes típicos”? Típicas fantasias de escola de samba, isso sim. Quem foi o sem loção que deixou as garotas passarem por isso? Coitadas. Eram feinhas, mas não mereciam.

Legal também foi o elenco de FloribellaANoveladaBand apresentando o evento. Tinha a vilã de Floribella, a mocinha de Floribella (numa aparição relâmpago), o galã de Floribella... este, aliás, depois de tropeçar na entrada, ainda pediu um rufar de tambores (na verdade, ele pediu uma “música de suspense” para a bateria) e, depois de uns segundos de vácuo, foi atendido pelo sujeito do bongô, com cara de enfado. Falando nisso, o show foi da banda Bossacucanova, que foi mais aplaudida que as misses.

Pra quem ainda não sabe, o primeiro lugar ficou com a miss Santa Catarina, o segundo com a miss Paraná e o terceiro com o pinscher. Dia 30 de maio tem miss Universo, que será tão ou mais bizarro. Vai passar na TNT.



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Milagre

Meu siso terá uma sobrevida. Nossa Senhora da Arcada Dentária é porreta mesmo.



Comments: quarta-feira, abril 13, 2005

O fim está próximo

Há cinco anos eu corro de tirar os meus sisos, mas acho que agora chegou a hora. Um dos meus dentinhos vai pro espaço. Vai passar a morar no céu dos dentes, conhecer os primos de leite que vieram antes dele.

Meu dentista, que durante muito tempo tentou tirar meus sisos à força, usando de todo tipo de coação, desistiu. Uma das ameaças que ele fez foi: “VOCÊ NÃO CONSEGUIRÁ LIMPAR DIREITO E ESSES DENTES VÃO CARIAR”. Medo. Até hoje posso ouvir a voz do velhinho me dizendo isso. Ecoando na minha mente. Na época, pensei: “OK, quando cariar, eu arranco, então.” Claro que me achando muito esperta, prometendo pra mim mesma que eu ia limpar direito, sim, e que não ia cariar nunca, não.

Que grande tola. O inevitável acaba de acontecer. Amanhã eu vou fazer a limpeza e, além de deixar muitos dinheiros pra dentista, ainda vou ouvir dela que meu dentinho está podre. Depois terei que agüentar o dentista me olhando com cara de enfado no melhor estilo “eu te disse” e ainda sugerindo que eu arranque todos os outros sisos, porque... eles também vão cariar! Eu não merecia isso.

Ah, sim, ainda não tive o diagnóstico funesto. Mas imagino que se um dente tem vários pontos pretos e dói, ele não está na sua melhor forma. Bom, de repente até amanhã acontece um milagre. Nossa Senhora da Arcada Dentária pode estender sua mão benevolente sobre a minha boca e dizer: “Faça-se o impossível e que esses buracos de bichinhos transformem-se em simples tártaro”. Não quero rezar pra isso porque ela deve ter casos muito piores pra resolver, mas de repente eu posso fazer uma promessa. Posso prometer me juntar àquelas criancinhas remelentas que vão salvar o mundo das cáries e ajudá-los a recuperar as conchas da praia.



Comments: segunda-feira, abril 11, 2005

Miss... puta que o pariu! (ou “da série: espanta neném”)

Estou chocada com o naipe das candidatas a Miss Brasil desse ano. Não que eu acompanhe o concurso todo ano. Mas hoje eu abri a página da Globo.com e estava lá “Conheça as candidatas a Miss Brasil e escolha a sua favorita”. Aí, sabe como é brasileiro, né... não resiste a uma eleição, adora votar. É o ranço da ditadura. Fui lá na tal página e tomei um susto que me abriu a boca, como diria Cássia Eller. As muié são muito feias, mermão! Quê qué isso! Cada mocréia... Fiquei espantada. Destaque para a miss Espírito Santo, que realmente me assustou. Vou ter pesadelos com ela de noite. Quase igual à menina que sai da TV. Deve ter feito a dieta do poço.

Só posso crer que as fotos não favoreceram as moças. Então, serei obrigada a ver o concurso que vai passar na quinta-feira, às 22h, na Band. Oba!

Ah, antes que vocês me perguntem, votei na miss Minas Gerais. Demonstrando que meu gosto, como sempre, acompanha o da massa: ela estava em segundo lugar no ranking. Ê ô ô vida de gado!



Comments: sexta-feira, abril 08, 2005

Aventuras de Musa

Hoje eu dou voz pra Musa do Câncer, que, ao sair para um inocente jantar com seu respectivo, foi brindada com a sorte de sentar-se ao lado de um casal no cio. Com a palavra, a Musa:

"Fui eu jantar com meu lindo por pura preguiça de fazer qualquer coisa na cozinha. Aí, decidimos por um restaurante que tem uma comidinha agradável e lightzinha. Só esquecemos que aquela filial é o próprio inferno, parece um bandejão, pois as mesas são muito próximas e todos partilham as conversas. Além disso, meu respectivo decidiu sentar-se na área de fumantes, porque as mesas estavam mais afastadas.

De um lado, váaaaaaarias pessoas fumando, do outro, o casal no cio. Chamou-me atenção porque a mulher ficava dizendo que a gerente estava dando em cima do namorado dela (que, antes que eu me esqueça de mencionar, era um ser humano que tinha pedido para ser feio no Vale do Eco). Pensei que ia sair uma baixaria e eu odeio essas coisas, morro de medo de sobrar um copo quebrado para mim e estragar todo o trabalho que Deus fez.

Só que o negócio foi ficando pior, era um tal de 'vamos a um swing?' para cá e ´vou contar para tua mãe como eu te bato e você gosta' pra lá... Então percebi que a birra com a gerente era só uma desculpa para eles se excitarem. O nível só descia. Lá pelas tantas, o sujeito falou carinhosamente para a sua senhora: ´não sei como é que eles deixam alguém como você entrar num restaurante desses´. A mulher riu e concordou (!). Aí, o cara pediu uma bebida com muiiiiiiiiiiiita vodka.

A essa altura, eu já tinha comido meu prato em longos cinco minutos e estava louca para pular a janela. O cara estendeu o dedo e falou ´Vai, morde gostoso do jeito que eu gosto´. Não esperei nem a conclusão do assunto. Levantei e fui esperar a conta no bar. De quebra, avisei à garçonete que naquela mesa não dava para me sentar.

Noite para esquecer. Da próxima vez, ligo para o Habib´s!"

Musa acrescentou que não dá sorte porque vive perto de pessoas estranhas. No trabalho, gente perfumada demais. No cinema, gente que comenta todo o filme, esquema legenda pra cego. Não, Musa. Não é você que dá azar. É que tem tanto sem loção no mundo que a probabilidade de você esbarrar com um é infinita.



Comments: quarta-feira, abril 06, 2005

Ela ainda me quer (ou "Mais histórias da telefonia celular")

A TIM (saúde*), apesar de ser uma empresa italiana, não desiste nunca. Estava eu no metrô a caminho de uma parada soci que eu teria pra resolver, ni qui toca meu celular. Atendo.

- Dona Ferrrnaaaannnda (voz cantada de paulista)?

- Sim.

- Dona Fernaaannnda, aqui é o André, da TIM, empresa de telefonia celular...

Ao que eu imediatamente interrompi:

- Ihhhhhhh, André, eu não quero falar com você não, tá? Tchau.

E desliguei. É assim que eu faço com telemarketing, porque me irrita muito (irrita a mim e a toda pessoa que não está sob o efeito de drogas relaxantes pesadas). Depois, acabei me arrependendo porque, afinal, era o cara da TIM. E eu TIMnha** que ter relembrado aquela história do ano passado e ter dito que só me torno cliente deles se eles me derem de graça um celular que passe as minhas roupas, pague as minhas contas e cante pra eu dormir. E se quem vier trazer o novo aparelho for o Reynaldo Gianechini. Nu. Aí talvez eu pense no caso.

* Uma piada amarela para alegrar o dia de vocês
** Uma piada amarelo-ovo para alegrar ainda mais o dia de vocês



Comments: sábado, abril 02, 2005

O chamado

Se eu já odiava as mensagens de texto da Vivo, que dizer de quando a operadora LIGA para o meu celular e, quando eu atendo, é uma mensagem gravada? Cara, isso é o cúmulo da inconveniência! Hoje o meu celular tocou e eu estava dormindo. Ainda não eram nem 10 horas da madrugada. Ou seja, um horário em que não se liga para pessoas normais num sábado. Pulei da cama pra atender, já esperando o pior: alguns colegas meus têm trabalhado no final de semana (sacrilégio!) e eu achei que tivesse chegado a minha vez. Quando olhei o visor e vi que o número era não identificado, praticamente tive certeza. Foram segundos de terror. Atendi:

- Alô.

- O seu plano Vivo Pós...

Não! Desliguei rapidamente, antes que meus ouvidos se descolassem da cabeça e caíssem no chão em protesto.

Claro que depois, como curiosa que sou, fiquei imaginando o que poderia ser tão importante para que eles me ligassem com a porcaria de uma gravação. Se ligarem de novo, espero que não seja amanhã às sete.



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O Chamado que não chamou

Para todos aqueles que estavam curiosos acerca do filme O Chamado 2, preciso dizer que... lamento, mas não rolou. Minha sobrinha nasceu, entendem? Daí que entre a menina que sai da TV e a Luiza, não deu pra escolher a menina que sai da TV. Papai Joselito viu Luiza todos os dias, eu não vi nos dias em que trabalhei que nem uma corna e tive que ficar até tarde ralando, então, tudo acabou assim.

Quando passar no MerdaCine, eu assisto.



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