segunda-feira, junho 27, 2005

Meu amigo, o brinde

Desde que eu comecei a trabalhar com eventos descobri o fascínio que os brindes causam nas pessoas. Qualquer tipo de coisa de graça gera uma espécie de encantamento. Pode ser um chaveiro, uma maçã, um pin, uma mariola. Se for camiseta, então, a situação é caótica. As pessoas ficam como loucas, se jogam no chão, tremem, babam, até ameaçam prostrar-se na sua frente e não sair para todo o sempre a não ser que você dê aquele pedaço de pano barato que dali a dois meses vai virar pano de chão. Mas foi de graça. E as pessoas gooostam que se enroooscam todas.

Não posso dizer que sou diferente. Claro que dão, Jamelão. Outro dia, no Fashion Rio, estava eu blasè, entre as modelos magrelas, as bichas lindas que passavam, os estandes badaladíssimos aos quais eu não tinha acesso... nada disso me abalou. Até que eu vi. Bolsinhas laranja fosforescentes. Lindas. Muitas, sendo distribuídas. Desejei muito aquelas bolsas. Estava muito precisada do que quer que fosse aquilo. Passei pertinho das tiazinhas distribuindo, como quem não queria nada, mas não ganhei. Com mil moscas tsé tsé mortas!

Controlei com todas as forças do meu ser o ímpeto de ir até lá e implorar por aquela bolsinha linda, misteriosa, colorida e reluzente. Não o fiz porque me lembrei dos eventos que eu mesma faço e de como eu odeio esses pedintes dos infernos. Se não me deram, era porque era só para a imprensa, ou pras primeiras fileiras, ou pras celebridades, ah, sei lá. O que importava era me convencer a não pedir. Mas eu queria pelo menos saber o que demônios tinha na tal bolsinha.

Quando acabou o desfile, eu e Pentel encontramos os pais de TodaFashion que, como pais da estilista, ganharam a bolsinha fantástica. Pedimos pra ver o que tinha dentro e tinha um lenço bordado, superbonito, e um eye-relax (aquelas coisas pra colocar nos olhos pra relaxar). Fiquei 50% triste, porque o eye relax eu já tenho, mas o lenço não tenho. Pentel também adorou o lenço.

Quando estávamos saindo, passamos por um cara que tinha um monte de bolsinhas. Pentel, que não tem trauma de pedintes de eventos, precipitou-se para o sujeito e disse:

- Não tem uma bolsinha dessas sobrando, não?

O cara, todo simpático, com a maior boa vontade do mundo todo, disse:

- Sobrando não, mas eu arrumo pra vocês.

Então eu finalmente pude pôr minhas patas de unhas prateadas na mágica bolsinha! Um momento sublime de adoração ao BRINDE! Abrimos a bolsa e imediatamente Pentel deu pela falta do lenço bonito.

- Moço, e aquele lenço? Acabou?

- Aquele lenço não era nosso brinde...

Aí entendemos que os pais de TodaFashion deviam ter recebido o lenço em outro lugar e colocado dentro da bolsa.

O cara, com um ar de frustração, de quem tinha passado de herói a nada em 3 segundos:

- Sei que não era bem o que vocês queriam, mas...

Ohhhhhhh, dó! Se eu tivesse um coração, ele teria se partido nessa hora!

Mas o eye relax me foi muito útil. Serve pra eu impregnar Papai Joselito com o cheiro de linhaça que a coisa tem e ele odeia.



Comments: sábado, junho 25, 2005

Com quantos anos?

Outro dia, quando eu ainda era uma pessoa que trabalhava, peguei carona com a minha estagiária Fera Radical. Quem estava dirigindo o carro era o pai dela e a gente foi todo o caminho conversando animadamente sobre assuntos como piercings, problemas com os pais, enfim, coisas relevantes para seres que estão na flor da idade, como eu e ela (que tem 20 anos). No dia seguinte, Fera veio toda animada me contar:

- Fernanda, sabe o que o meu pai falou quando você foi embora?

"Essa menina usa um vestido pavoroso, parece a Creuza daquela novela ruim"?

- Não tenho idéia...

- Ele disse: "Legal essa sua amiga... onde ela estuda?" E eu falei: "Pai, ela já é formada, trabalha lá há um tempão". E ele: "É? Achei que ela tivesse a sua idade".

Esse meu rostinho de boneca de porcelana made in Baixada Fluminense me traz muitas alegrias! Mas às vezes traz problemas também. Os malucos na noite todos pensam que eu sou mais nova e só chega homem faixa etária até 25 anos. Outro dia, na Prelisa, a boate mais lisa de todo o Rio de Janeiro, a situação chegou ao limite. Apareceu um garoto, mas um garoto assim estilo o irmão mais novo da galera de Malhação. O sujeito tinha uma caaaara de criança e ainda por cima usava um boné. UÓ! E vem o cara e começa um papo, e bolinha vai, bolinha vem, eu já com os ratos na linha de tiro, e ele pergunta:

- Quantos anos você tem!

Ha!

- Olha, muitos mais que você.

E ele:

- Olha que não... Eu tenho 26.

Ai ai ai! Não mente pra tia! Olha que o homem do saco vem, leva você e joga no fundo do rio!

- Cara, você não tem 26 anos nunca! Nem com boa vontade! Diz aí a verdade, eu não vou ficar com você mesmo... quantos anos você tem? No máaaximo uns 20, né?

Então o baby riu amarelo e disse:

- Dezenove.

O mais engraçado é que o cara chutou a idade mais avançada que ele conseguiu pensar, ancião mesmo, praticamente um velho decrépito, pra não correr o risco de errar, e ainda assim eu consegui ser mais velha que ele.

Dezenove... sério, 19 não dá, não. Haram muito grande, posso arder no mármore do inferno por isso. Se for pra apelar assim, prefiro ficar sozinha e comprar meu porco indiano gigante pra colocar na sala com o telefone em cima.



Comments: sexta-feira, junho 17, 2005

Sei que haverá choro e ranger de dentes, que todos quase cortarão os pulsos, mas é fato: estou indo viajar. Volto só na sexta-feira (24/06). Prometo posts na sexta.



Comments: quinta-feira, junho 16, 2005

Pesada

Todos vêem televisão letargicamente, como já é a tradição da noite. De repente, Mamãe comenta:

- Hoje eu ia ao Vigilantes do Peso, mas dormi, apaguei, e, quando acordei, já tinha passado da hora.

Papai dispara:

- Você dormiu PESADO e perdeu o Vigilantes do PESO.

Silêncio sepulcral. Atenções voltadas para a TV.

- Ó, eu fiz uma piada, tá?

Eu, com voz ratomórtica:

- É, mas não tá valendo a pena o comentário.

Ele, resignado:

- É, foi infame.

Pobre Papai que teve uma filha que odeia piadas amarelas. Eu podia tanto ser uma pessoa menos chata, mas não.



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Todas as informações do mundo

Adoro a Internet! A Internet tudo sabe!

Hoje eu precisava de um banco 24h e lá perto do trabalho não tem nenhum. Como eu ia almoçar um pouco mais longe, resolvi ver se próximo a onde eu ia não tinha um. Se tivesse, ia resolver a minha vida. Aí pensei... pra que me arriscar a perguntar lá por perto se alguém sabe de um banco? Por que me arriscar a receber uma informação errada? Por que ter que - argh - interagir com um ser humano caracachento na rua se antes eu posso olhar na INTERNET? Pois é, foi o que eu fiz. Chutei um www.banco24horas.com (nem perdi tempo com o Google pra dar menos cliques) e, tcharam! Encontrei uma busca na qual você digita o nome da rua e ela aponta o banco num raio de 500 m. Ou de 1km, ou 2km, você escolhe. E funcionou perfeitamente: descobri que tinha um num supermercado na rua do restaurante. Fui lá e tinha mesmo. Eureca!



Comments: domingo, junho 12, 2005

Mais Joselitos na vida da minha sobrinha

Pentel Filha continua sua sina de encontrar Joselitos por aí. Outro dia, a Família Sem Loção foi passear com ela e com o irmão de Cunhado, que tem duas gêmeas quase da idade da minha sobrinha. Um estranho (não me lembro que apito tocava o cara) se aproximou pra falar com eles. Falou das gêmeas, que são uma gracinha, patatí, patatá. As duas estavam de rosa, com brinco, lacinhos, aquelas coisas. O moço então é informado de que as meninas têm três meses. De repente, ele vira para a Pentel Filha e diz:

- E esse campeão aqui? Tem dias, né?

Picas voadoras! O cara consegue falar duas coisas sem loção em uma única frase! Só porque minha sobrinha é fashion e usa roupinhas laranja. E nenhum lacinho colado na cabeça com cuspe!

A mais nova integrante da Família Joselita é linda e já joga ratos mortos em gente sem loção. Mas ela joga sorrindo. Que minha afilhada tem estilo.







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Todos juntos para um Brasil melhor

América agora entra numa fase educativa. Cumpre a função social da televisão. Glória Perez, depois da campanha das crianças desaparecidas, de combate às drogas e a favor dos deficientes visuais, agora prega o direito ao... jogo. É isso. Sol venceu nos Estados Unidos. Ela ganhou 10 mil dólares e ajudou a família. No telefone, disse à mãe: "Mãe, eu consegui!". Ela conseguiu jogar num cassino e ganhar. Ela não estudou, não arranjou um bom emprego. Ela jogou.

E assim nossa amiga Glorinha, que deve andar consumindo muito ácido pra escrever essa história sem pé nem cabeça, incentiva jovens, pais e mães de família brasileiros a gastar dinheiro com jogos de azar. Responsabilidade social é isso aí.



Comments: quinta-feira, junho 09, 2005

Vermes!

Lá perto do trabalho não tem uma loja que preste: é tudo sujo e fedorento. Só tem um lugar legal pra passar um tempo, bater um papo e olhar coisas coloridas nas prateleiras: o Mundo Verde. É lá que, uma vez sem nada pra fazer, compramos mousse de chocolate, barrinhas de cereal e doce de leite. Tudo light, claro.

Pois agora não dá mais pra adquirir nada nesse estabelecimento! Porque as coisas, ultimamente, como direi... têm vindo mofadas ou com vermes. É isso mesmo. VER-MES.

Tudo começou quando Ana Pôla comprou um bolinho de nozes e tinha um bichinho dentro. Ela ligou pro local que fabrica o tal bolo e eles explicaram que o produto é caseiro, e que isso pode acontecer mesmo, patati, patatá. A explicação pareceu razoável. Só que era conversa pra bovino dormir porque, depois disso, só Minnie Nome Triplo comprou um brownie mofado, fora da data de validade, e uma banana com chocolate com um verminho. Mas hoje extrapolou. Fera Radical, nossa estagiária celebridade, comprou uma barra de cereal e não tinha um verminho. Eram vários! As minhoquinhas subiam pela embalagem, parecia filme de terror! Barrinha de cereais com adicional proteico. ECA!

Rendeu uma ligação pra Vigilância Sanitária. E todo um setor com nojo da loja. Agora, onde eu vou comprar minhas mariolas? Onde eu vou na hora do almoço gastar tempo e ouvir CDs de música zen ruim? Estou inconsolável.



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Coisa verde pavorosa (ou "da série: grandes mistérios da humanidade")

Pra quê inventaram o coentro? Sério, por que Deus, que é um ser superior de luz, tão sábio, criou uma erva maldita que contamina tudo o que toca com o seu gosto tenebroso? E porque os homens, animais racionais, seres pensantes e inteligentes, continuam usando essa coisa verde demoníaca nas suas comidas? Eu não entendo.



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Hidratantes e futebol

A ligação de AngelMix hoje perguntando se a gente queria comprar alguma coisa da Victoria´s Secret porque alguém ia fazer um pacotão de encomenda ao Mercado Livre causou uma confusão na sala. Não pelo furor para comprar, que ninguém ali está podendo gastar nenhum pão fofinho em mimos de mulherzinha. A discussão foi porque Minnie Nome Triplo disse que era uma loja de "hidratantes" e eu argumentei que não, que é uma loja de lingerie. Porque eu posso não ter dinheiro e nem ser uma mocinha delicada que usa essas coisas, mas saber isso é cultura geral! Lá até vende hidratante, mas é que nem loja de roupa que vende perfume: o fato de vender perfume não transforma uma loja de roupas em uma loja de perfume.

Ai, como eu sou chata.

Voltando para casa, peguei uma carona com Fera Radical. Ela estava toda empolgada contando sobre sua aquisição:

- Comprei um hidratante que custa 60 reais em loja de importados, mas consegui por 36!!!

...

Fernanda desempolgada tenta se justificar seu desinteresse:

- Eu não uso hidratante... só uso quando ganho de presente e, ainda assim, fica um tempão mofando no meu armário porque eu tenho preguiça de passar.

Ai, como eu sou anormal.

Chegando em casa, encontro um amigo no MSN e logo puxo o papo:

- E aquele jogo ontem, hein?

Depois de dois ou três comentários de ambas as partes, ele diz:

- Você é a única mulher que conversa sobre futebol comigo! Muito legal isso! Quer dizer, você e a minha mãe!

Eu pensei em responder pra ele não me comparar com a mãe dele, mas aí eu lembrei que não a conheço e que, de repente, ela é uma pessoa legal.

Ai, como eu sou consciente.

Anyway, me toquei de que não gosto de hidratante e gosto de futebol.

Ai. Sou mais macho que muito homem.



Comments: terça-feira, junho 07, 2005

Rambo

Eu tenho uma mão podre impressionante pra óculos de sol. Todos os meus óculos ficam arranhados, ou largos, ou tortos, ou simplesmente quebram. Só o último que comprei, imitando Ray-Ban, já mandei consertar duas vezes, porque quebrou duas vezes. Ao menos, a loja não cobra pelo conserto.

Hoje ficou pronto. Vou poder andar com meu Ray-Ban fake de novo. Vou ficar igualzinha ao Rambo.

Não era o Silvester Stallone que usava um Ray-Ban?



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Programas toscos e engraçados

Hoje uma amiga estava contando um perrengue que ela passou no ônibus com vontade de ir ao banheiro (pra fazer o número dois), que pensou que não fosse agüentar e talz. Lembrei imediatamente do quadro "Merda acontece", do Hermes e Renato.

É um quadro que mostra sempre um sujeito nessa situação, precisando cagar e não conseguindo, ou precisando se segurar e não conseguindo. Sempre algo relacionado a cocô. Teve um episódio em que o cara não se agüentou e cagou no ônibus, porque ele tentou ir no banheiro de um bar e o dono do bar não deixou. Tem um que é muuuito engraçado que o sujeito tem um jantar com a família do chefe e na hora de sair de casa tem vontade de ir ao banheiro. Aí a mulher dele diz que ele não vai, não, porque vai se atrasar e acaba que o cara caga na mesa do jantar, porque ninguém deixa ele levantar! Tem outro que o cara não consegue cagar fora de casa, aí os pais dele resolvem se mudar e ele não consegue mais fazer cocô! Mas o melhor mesmo é um que o cara faz um cocô gigante, o troço vira um monstro e mata toda a família. Um cocô Joselito Highlander, que ninguém consegue destruir. Tosco demais!

Hermes e Renato é muito bom. Pena que eu não tenho mais paciência de ver.



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Cupuaçu

Tem um bombom de cupuaçu dentro da minha bolsa chamando meu nome. Ele não pára de gritar "Fernanda, Fernaaaanda" com uma urgência febril. A guloseima veio parar aqui em casa porque Angel Mix viajou a trabalho pra Manaus e trouxe bombons. Eu não poderia deixar de aceitar um bombom de cupuaçu diretamente do Norte. Eu a-mo cupuaçu da mesma forma que a Magali a-ma melancias. Só que a idéia era guardá-lo pro fim de semana, ou pra quando eu emagrecer um pouco mais, ou pra quando eu mandar a bendita dieta pro espaço sideral. Tem dois quilos que colaram em mim e não querem sair nunca mais. Pegaram amor!



Comments: domingo, junho 05, 2005

Sarada

Tom Cavalgante resolveu fazer a sua própria versão do Miss Brasil e criou uma coisa tosca batizada de Garota Sarada 2005. Papai Joselito estava vendo e comentando e aí eu não pude evitar e sentei lá pra ver também.

Então era o de sempre: meninas desfilando em trajes sumários. Depois elas eram submetidas a perguntas instigantes do tipo "o que você faria se o seu namorado tivesse mau hálito". Coisas nesse nível. Uma das mentes brilhantes disse que atualmente estava "modelando" em São Paulo. Outra disse que gostava muito do pai e Cavalgante perguntou o que o pai dizia que a deixava, feliz, assim, "relutante" (querendo dizer exultante). Fecha esse valão, Tão!

Lá pelas tantas, eu lutei contra a inércia que tomava conta de todo o meu corpo e perguntei:

- Papai, por que demônios estamos vendo isso?

E ele:

- Porque não tem outra.

Ah, bom. Esclarecido.



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Crazy crazy

Vovó Joselita teve sete filhos. Então vocês podem imaginar que eu tenho tios e tias dos mais variados e sortidos tipos psicológicos. Tem uma que é completamente maluca. Lelézinha da cuca mesmo, a pobre. Porque Família Monstro que é Família Monstro tem que ter uma maluca de verdade.

Ela chegou aqui em casa outro dia, vendendo uns penduricalhos que a minha prima faz. Sempre que ela aparece, Mamãe tem que comprar algo. Pelo menos, Prima Joselita faz bijuterias legais.

Titia queria, além de vender as bijus da filha, experimentar um daqueles sutiãs de silicone que são vendidos agora caríssimos no Shoptime ou a preços mais acessíveis em qualquer camelão do Centro da Cidade. Veio especialmente pra ver se ficava bom nela. Ela esqueceu apenas de um pequeno e insignificante detalhe: perguntar a Mamãe se ela tinha um sutiã desses. Sim, ela veio aqui só pra isso sem saber se Mamãe tinha. Quando soube que não, se espantou:

- Como você não tem? Todo mundo tem um!

Então por que ela mesma não tem ainda? Mistério dos loucos. Pra não sair frustrada, abriu uma gaveta do armário e viu uma caixa de remédio da minha mãe. Exclamou:

- AH, DÁ LICENÇA!

Daí passou a mão na caixa, que estava lacrada, abriu e roubou dois comprimidos.

- Esse remédio é muito caro e eu preciso.

Melhor não contrariar.

Se ela não tivesse sido sempre ruim da cabeça, eu poderia até pensar que está esclerosando. Mas não.



Comments: quinta-feira, junho 02, 2005

América

Infelizmente, eu não agüento ver a novela América. Às vezes eu até tento emendar umas cenas do cego com o resto do capítulo, mas quando aparecem aquelas pessoas pulando feito macacos com roupas xadrez, numa festa junina sem fim (bom, agora pelo menos está na época), eu acabo desistindo. Digo "infelizmente" porque a cada vez que eu assisto eu vejo uma bizarrice nova. Imagina quanta coisa eu teria a comentar aqui se eu visse a novela toda. Seria um arraiá, com direito a maçã do amor, pipoca, tudo.

Outro dia, vi um pedacinho onde aparecia a semSol e o Caco Ciocler, o homem que a viu sair fedida de dentro de uma caixa e ficou apaixonado. Vou te contar, viu. Eu ando na rua tão bonita e cheirosa e ninguém se apaixona por mim. Mas enfim. Ela e o Caco conversavam alguma coisa, ela dizia que estava triste e contava alguma tristeza (vejam como eu estava prestando atenção na novela). Aí no meio da conversa, que estava sendo toda em português, o Caco manda um "I´m sorry". E ainda colocam uma legenda embaixo "Sinto muito".

Cara, eu sei que comentar sobre essa salada de idiomas na novela América é chover no molhado, porque todo mundo sacaneia isso. Que todos os mexicanos falam português, que os americanos falam português, que o ator americano também fala português, mas é o único que tem sotaque. Mas eu tenho que registrar assim mesmo. Eu tenho bico!



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Contém 1g

Ontem saí de uma jornada de algumas horas de praia (evento na praia: um calor do cão, você suando em bicas e vários passantes malucos interagindo) e fui direto pro shopping. Fui colocar meus dois óuclos de sol que quebraram ao mesmo tempo (e nem comprei no camelão) para consertar. E também fui na Contém 1g. Eu fui com destino certo: comprar um corretivo.

Quando cheguei na loja, além de cansada, estava com dor de cabeça e minha lente me incomodando horrores. Tudo o que eu queria era fazer tudo rápido e voltar pra casa. Abordei a vendedora e pedi o produto. Ela me deu, eu agradeci e me dirigi ao caixa. Aí ela começou:

- Vai levar só o corretivo?

- Vou sim.

- Nem uma maquiagem? Uma sombra, um lápis?

- Não, hoje não.

- Um perfume, pra sair na rua cheirosa?

- ...

Na próxima vez que eu for comprar na Contém 1g, preciso me lembrar de levar muitos gramas de paciência na bolsa. Se não adiantar, claro, muitos bichos mortos também. Também, quem manda comprar lá? Devia era ter comprado da Natura: só ia ter que marcar um X na revista da vendedora amiga de Mamãe. Sem nenhum contato pessoal. A venda perfeita. Melhor que isso, só pela internet.



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Armadilha

Ouvi uma história verídica outro dia de uma mulher que, na época que fez vestibular, não marcou nenhuma letra A. Segundo ela, alguém recomendou, no dia da prova, que ela não assinalasse essa opção, porque A era de Armadilha.

O que a pobrezinha iria fazer se tivessem dito que, além disso, B era de Bobagem, C de Cuidado, D de Defeituoso e E de Erro? Podia entrar em colapso e ficar paralisada para todo o sempre, olhando para a prova, com a caneta na mão.



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