segunda-feira, dezembro 26, 2005

Fechado até 2006

De volta só dia 01/01.

Feliz ano novo pra todos, até pros Joselitos que deixam comentários sem noção. Afinal... que seria das nossas vidas sem essas criaturas odiosas?



Comments: sábado, dezembro 24, 2005

SUPERMERCADO NATALINO

Conversa na fila

- Essa semana eu preciso malhar loucamente.

- Eu também! Mas também quero ir à praia.

- Claro! Eu pre-ci-so pegar sol!

- Pois é, mas a que horas vamos malhar? Porque pra ficar com um bronzeado legal, tem que ir à praia todos os dias.

- É, e só começa a queimar a partir de 11h!

- Eu ainda tenho que comprar um hidratante. Se eu não passar, descasco.

Ah, essas mulherzinhas na fila do supermercado na véspera de natal!

Mulheres? Quem disse que eram mulheres? Eram dois sujeitos. E nem eram gays. Bom, ao menos, não pareciam. Depois dizem que nós é que nos preocupamos com essas coisas... Nessas horas, me sinto um machinho. Eu já comentei que não sei que uso tem um hidratante, né?


Odeio

Pessoas que fingem que não viram que a fila é de 10 volumes no MÁXIMO e acham que 15 não vai fazer diferença. Não! Eu sou virginiana e se está escrito 10, é porque são 10. Ah, que raiva!



Comments:

HO HO HO

Já é dia 24/12 há alguma shoras e Mamãe Joselita ainda não colocou o CD da Simone. Muito suspeito. Mas sinto cheiro de rabanada. Ontem teve café da manhã lá no trabalho e comi que nem uma porca rosa. Tem bacalhau na panela. Mini Pentel, coisa linda de Deus, apesar da febre por causa dos dentinhos que estão nascendo, está vindo pra cá. Vi um número anormal de pessoas sendo gentis e chorando com presentes nos últimos dias... hummm... tec tec tec, tenta processar meu cérebro... Bruno e Marrone, meus dois neurônios dorminhocos, já colocaram o gorrinho de papai Noel e prometeram algumas sinapses de presente... sim, deve ser mesmo Natal. Aquela hora em que a gente percebe que até o grinchs têm coração. Pelo menos uma vez por ano.

UPDATE - meia hora depois

Já ouço a Simone. Agora, sim! Bruno e Marrone acabam de me dizer que não suportam isso e foram mais cedo pras férias na praia.



Comments: quinta-feira, dezembro 22, 2005

Um dengo de reveillón

Minha hipocondria chega às raias da loucura.

Outro dia estava eu no banheiro, ni qui aparece um mosquito sobrevoando a minha cabeça.

Zuummmmmmm

Eu acompanho o pequeno ser com os olhos e resolvo matar. Não vou ficar coabitando no mesmo banheiro que um mosquito. Preservo a minha privacidade.

Zummmmmmmmmmmmmm

Bicho lazarento dos infernos. Ele pousa na minha toalha. Ódio! Agora vai morrer.

Zummmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm Pá! Peguei, morreu. Perdeu, mosquito play. Só que aí eu olho pra minha mão e ela tem sangue. Isso significa que o bicho me mordeu. Pelo menos uma vez me disseram que, quando se mata um mosquito e sai sangue, ele acabou de morder alguém, no caso, você messsss que matou, porque o bicho não fica com sangue muito tempo na barriga. Dizem, dizem. Se algum biólogo entendido de inseptos estiver lendo e quiser me contradizer, ótimo.

Mas, enfim. Quando eu percebi que o mosquito tinha me mordido, olhei pras patinhas dele e elas eram todas pintadinhas de branquinho com listrinhas. Um mosquitinho da dengue. Ai, que FOFO.

Imediatamente entrei em pânico. Vou passar meu recesso de reveillón com dengue. Não! Eu não mereço isso depois de aturar todos os grinchs de natal do trabalho! Todas as pessoas que ganham bicicleta e reclamam porque queriam um microondas, que comem pipoca na festa e acham que tinha que ser churros, que acham que a festa de natal não é importante e que o fundo de tela decorativo natalino todo bonito está poluindo o computador! Não! Depois de tudo isso eu mereço sol, praia, mereço ficar que nemum lagarto a torrar!

Corri pra internet pra verificar em quanto tempo a pessoa fica doente a partir da mordida do mosquito, mas aí me controlei.

Tanto que estou imaginando até agora que se eu tiver uma dor de cabeça já vou pensar que vou morrer. Se eu não postar mais, já sabem.



Comments:

Sorte

Ana Pôla me ligou e disse que tinha sido sorteada pra ganhar uma garrafa de prosecco.

AH, QUE RAIVA!

Senti tanta inveja que não sei como a garrafa não se espatifou automaticamente em mil pedacinhos pequenos brilhantes. Ana assim que entrou na empresa ganhou uma televisão no sorteio de brindes. Uma televisão. Eu trabalho lá há nove anos e nunca ganhei nem um ovo cozido!

Só ganho incenseiro brega de lua e estrela no amigo oculto bizarro.



Comments: segunda-feira, dezembro 19, 2005

O POST DO AMIGO OCULTO

Dois tipos de amigo

Esse ano, o povo lá do trabalho resolveu fazer dois tipos de amigo oculto: o normal e o bizarro. Pra compensar ano passado, que não teve nenhum amigo oculto. Não teve porque a gente brigava por tudo, desde o valor do presente até o número de opções que cada um tinha que dar. Fazíamos inimigo oculto também. Acho até que algumas pessoas choravam em casa de tristeza e ódio. Eu sempre tirava Pinky. Bons tempos em que meu lado monstruoso podia aflorar de forma institucionalizada.

Mas, enfim, este ano resolvemos ressuscitar o amigo oculto de fim de ano. É claro que teve fórum por e-mail pra decidir tudo, do preço do presente às regras. Principalmente do amigo bizarro. Depois de todos os fóruns, votação e o escambau, um e-mail foi mandado com o que uma meia dúzia decidiu de última hora e a coisa ficou daquele jeito. Até no dia da entrega de presentes uns dois ou três, eu incluída, estavam fazendo as regras sozinhos. Ai, ai, como o mundo é mau, São Nicolau, mesmo na época de Natal. O mundo é mau e ainda rima. Que tristeza.

Apesar de todas as bagunças e de ter me perguntado umas duas ou três vezes quem tinha sido o corno sem a menor mãe que tinha decidido fazer aquela merda de troca de presentes, principalmente quando arrebentei meu pezinho de tanto andar no Rio Sul com Rato Morto, até que foi divertido. O amigo normal não era de opções, ou seja, em tese, as pessoas não podiam pedir seus presentes. Mas aí uns Joselitos começaram a pedir e eu acabei pedindo também. Logo a defensora dos amigos ocultos sem opção. Tão volúvel eu sou. Foda-se, ganhei o Fortaleza Digital, do Dan Brown, no natal, São Nicolau... que piada amarela dos infernos! Eu preciso me conter!


Tralhas toscas

O amigo bizarro foi mais engraçado. A idéia era cada um levar de casa uma coisa inútil que estivesse atravancando um armário ou pegando poeira na estante. Algo que a pessoa tivesse ganhado de uma tia velha ou algo do gênero e que nunca tivesse tido coragem de jogar fora, nem de passar adiante. Um objeto tão execrável que era melhor nem colocar a mão, porque senão ela poderia cair, gangrenar, sei lá. Com o amigo oculto bizarro, tcham tchararam, as pessoas teriam a oportunidade perfeita para se livrar dessas coisas.

Eu queria levar alguma parada bem tosca, algum bibelô inútil, mas descobri que todos os cisnes, cristaizinhos fake, porta-retratos de flor que antes habitavam a minha casa ou foram passados adiante no reciclator de presentes Tabajara ou estão enfeiando a casa de praia. Fiquei entre uns sais de banho que ganhei em 2002 e que perderam a validade em 2003, porque eu não tenho banheira, e eu sei lá por que raios ultravioletas nunca joguei fora; um CD do É o Tchan que - eu juro! - veio dentro do meu som quando voltou do conserto, e um perfume do Boticário que eu não gostei e que também perdeu a validade há um tempão. Optei por este último. Meu chefe ganhou e se deu bem. Dizem que perfume velho é um ótimo limpador de telefones. Dizem, dizem. Duro é aturar o futum. G-Zuiz proteja o pobre.

Apareceram coisas sensacionais no amigo bizarro. Um patinho de madeira porta recados com um bico de pregador de roupas horrendo. Uma águia de madeira. Um incenseiro brega, breeeega, de lua e estrela, que tinha até poeira entranhada. Mas a campeã foi uma árvore daquelas de cristais imensa e pavorosa. Um troço grande e estorvento que ocupa espaço muito, muito feio. Ganhou.


Um presente de Natal para o portuga

O pior de tudo é que na hora de ir embora (fizemos a troca de presentes em uma churrascaria), neguim achou de deixar a árvore embaixo da mesa, de propósito. Fiquei com dó do pessoal do restaurante, que poderia achar que a gente tinha esquecido, mas, como o povo é pior que eu, deixou lá assim mesmo. Saímos da churrascaria e estávamos conversando na porta, nos despedindo, aquela coisa toda, quando aparece o dono do lugar. Um portuga. Cara, os portugas me perseguem. Nessa hora meu sangue metade lusitano até falou mais alto. Se eu tivesse um coração, juro que teria muita pena daquele sujeito. Ele ficou paradinho com aquela árvore imensa nas mãos, segurando aquele trambolho com o maior cuidado, olhando pra gente com uma cara de cachorro abandonado sem entender quando alguns até riram. Minha chefe, que é uma pessoa boa, foi até lá contornar a situação:

- Olha, a gente deixou aí mesmo de presente pra você porque nós gostamos muito do atendimento.

E o portuga, olhinhos brilhando, quase às lágrimas:

- Sério que eu posso ficar com ela? Sempre quis ter uma árvore dessas! Vou levar pra decorar a adega!

Ô, dóooooo!!!

No fim, todos ficaram felizes. Veja que o lixo de uns pode servir para outros. Me lembrou um episódio de Sex And the City em que uma delas promoveu uma festa para a qual cada mulher tinha que levar um amigo por quem não se interessasse. Vai que interessava para uma outra convidada. Pena que não deu certo porque, quando via o homem sendo interessante pra alguém, a mulherada que o tinha levado se arrependia e caía matando. Coisa de mulher. Aliás, coisa do ser humano. Que só quer os que os outros cobiçam.

Cara, é sério que vocês ainda estão lendo isso? Eu já teria desistido e estaria fazendo algo melhor. Rabanadas, por exemplo.



Comments:

Multi sacos

De Angel Mix, concentradíssima, explicando uma questão de suma importância pra nós, pessoas que organizamos a festa de fim de ano da empresa:

- Fernanda, é assim, ó: o pipoqueiro tem três sacos. Um pequeno, de 50 centavos, um médio, de 1 real e um grande, de 2 reais. A gente não precisa do grande, mas também não vamos querer o pequeno, né?

Não sei. Parei de prestar atenção na primeira frase, quando fiquei imaginando um pipoqueiro mutante deformado. Coisa digna de MIB.



Comments:

Bicho turbinado

Eu para Suave Veneno, empolgada, explanando não sei o quê enquanto nosso almoço não chegava:

- Ora, Suave! Também não é isso tudo, as pessoas não precisam fazer um bicho de sete papão!

Esse bicho é porreta porque é papão e tem sete cabeças.



Comments: quinta-feira, dezembro 15, 2005

Presentaço

O pai resolveu dar 500 pratas de presente de aniversário para a filha adolescente. Ela fica toda feliz, mas, quando está para ir embora para casa, ele diz:

- Peraí, minha filha! Você vai andar na rua com esse dinheiro todo?

- Sim, pai. Eu tenho que ir para casa, né?

Dã.

E o pai:

- Nãaao, filha! É perigoso andar na rua com esse dinheiro todo! A ocasião faz o ladrão! É melhor você deixar aqui comigo que depois a gente vê uma forma segura, eu levo na sua casa, ou deposito na sua conta, a gente vê.

Então a filha vai para a casa, segura, livre dos ladrões que a ocasião faz, pensando no monte de balas e chicletes que ela vai comprar com todo esse dinheiro.

E passa o tempo... passa o tempo... mudam as estações... nada muda... porque a bichinha continua sem o dinheiro até hoje! Depois de um tempão, a pobre está chegando à conclusão de que o pai, ó, embolsou o dinheiro dela e que a história vai terminar numa grande pizza. E de mussarela básica, porque ela não tem dinheiro pra pagar uma quatro queijos. Ainda se tivesse um pouco do presente de aniversário...

Dia desses, a menina lamentou-se com a avó:

- Pois é, né, vó... ele disse que a ocasião faz o ladrão. Nesse caso, o ladrão aí foi ele mesmo, né?

Sábia, a mocinha. Aprendeu que melhor 500 reais na mão que um pai voando.



Comments: terça-feira, dezembro 13, 2005

Shop-compras

A compulsão de Mamãe Joselita por edredons e grills do Shoptime está cada vez pior. Imaginem que outro dia ela veio pra mim dizendo:

- Filha! Comprei um edredon lindo no Shoptime. Lindo.

Outro! Ah!

- Ele vem com três necessàires de brinde... aí vou dar as necessaires de natal para Sbrubles... e economizo no presente!

Percebam o raciocínio: ela gastou duzentos e blau num edredon pra economizar com um presente com o qual não gastaria nem 50.

Mas o pior não é isso. O pior é que, dois dias depois, eu chego em casa e ela me chama no quarto dela pra mostrar o tal edredon.

- Olha... não é lindo?

- É, legal!

E Mamãe, com olhar consternado:

- O problema é que não vieram as necessaires de brinde... vieram essas toalhinhas aqui - umas toalhinhas bordadas com motivos natalinos - e isso não tem nada a ver com Sbrubbles... vou ter que comprar outro presente pra ela.

Ou seja... a economia virou uns 200 e poucos reais a menos no orçamento.

Precisamos bloquear urgentemente esse canal aqui em casa.



Comments: domingo, dezembro 11, 2005

Por que os canudos agora vêm embrulhados

No tempo em que os canudinhos de bebidas não eram embrulhados um a um em papel, Kátia lisa presenciou uma pessoa comprando um refrigerante com um ambulante e pedindo um canudo. Ele pegou um saco plástico cheio deles e estendeu para a menina, que puxou um. Os canudos ficaram meio desalinhados. Aí, o sujeito pegou aquele bolo de canudos e BATEU NA BARRIGA SUADA pra alinhar: bów! E isso com as pontas que estavam fora do saco plástico, claro.

Ou seja, ou a ponta de canudo com partículas da craca do sujeito foi pra boca do próximo cliente ou pra dentro do seu refrigerante. De qualquer maneira, o suor foi o destino final é a boca.

Eca.



Comments:

Músicas que não fazem sentido

Trecho da mais nova música chiclete de Ana Carolina, cantada com o Seu Jorge

"É isso aí
Um vendedor de flores
Ensinar seus filhos a escolher seus amores"

Que porra é essa de vendedor de flores?



Comments:

Joooselito!

Não sabia que ele era padre.

Enviado por Susana



Comments: quinta-feira, dezembro 08, 2005

Prevenir sempre

Chego na sala no meio da tarde e pego pela metade o seguinte papo rolando:

- Não, mas sem camisinha a pessoa vai pegar o HPV, aí não adianta nada.

Ah, sim, uma conversa sobre sexo seguro. Que conscientes meus colegas de trabalho são.

- É, mas tem que engolir, senão não adianta nada, então não pode ser de camisinha.

Opa! Como é?

- Porque o que previne o câncer de mama é a felação e eles não sabem se é só o fato de engolir e...

Olha, eu juro que eu tentei não perguntar o que era. Palavra. Estou cheia de trabalho, a festa de fim de ano da empresa está me matando. Essa época em que todos só pensam em confraternizações e amigo oculto e começam a desacelerar pra mim é um inferno, é quando eu mais trabalho. Estou doida para que tudo passe e eu possa apenas esperar pra comer minhas rabanadas em paz. Mas, enfim. Quando começou um papo de engolir e felação eu tive que saber o que era.

- Gente... do que vocês estão falando?

Veia Saltada explicou:

- É que saiu uma matéria na CNN explicando que um estudo comprovou que a felação reduz significativamente o risco das mulheres terem câncer de mama.

- Ah.

Que educativo...

- E o Leitinho Shaitzer não conhecia o termo felação - continuou Veia, se referindo ao estagiário - Eu até vi no dicionário. Está lá, chupar, mamar...

Bom, agora pelo menos eu estava integrada. Este é o tipo de papo que não acaba logo. Kátia Lisa, revoltada:

- Poxa, mas aí se a mulher briga com o namorado ela faz como pra se prevenir? Compra industrializado?

Caraca, que nojo!

Veia, já PhD no assunto:

- Não, porque eles não sabem exatamente o que faz diminuir a incidência do câncer de mama. Por via das dúvidas, tem que praticar o ato todo.

- Ou seja, se brigar com o namorado, tem que catar qualquer um na rua - disse eu, piorando sempre o papo que já é bizarro.

Até que Leitinho solta a pérola:

- Mas se é pra prevenir câncer de mama... não é melhor uma espanhola?

E Kátia, empolgada:

- É! Porque aí a mulher já vai fazendo o auto-exame!

Leitinho, para arrematar:

- A música da campanha de prevenção poderia ser aquela: "te amo, espanhola... te amo, espanhoooola!"

Pecado! Pecado! Uma pessoa pura e casta como eu não pode ficar num mesmo ambiente que essa gente falando esse tipo de obscenidades! Assim não dá.



Comments: segunda-feira, dezembro 05, 2005

O SHOW DA DÉCADA - Pearl Jam em 4/12/2005

A pergunta que eu mais ouvi hoje foi: "como foi o show???". Pudera. Eu espalhei para todos os cantos do universo que eu ia ao show da minha vida, que espero há quase 15 anos por isso, que a hora finalmente tinha chegado. Ou seja: pra uma presidente de fã clube só faltavam as espinhas, uma camisa da banda e dez quilos a mais.

Com medo do perrengue, marquei de chegar lá por volta de 17h, já que o show começaria às 20h30. Achei o horário razoável. Como tem louco pra tudo nesse mundo, li no jornal que um maluco (literalmente) chegou lá às 7h da manhã. De sexta-feira! Será que o sujeito achou que fosse ser convidado pra subir no palco? Cantar junto com o Eddie Vedder e lhe tascar um beijo na boca? Ou ele só queria ser personagem de matéria? Não saberemos, mas é provável que ele tenha ficado alojado do lado de uma pessoa que chegou às 17h. De domingo. Aliás, atrás: porque essa pessoa que chegou às 17h estava descansada, deu uma banda nele e ficou numa posição melhor. Palhaçada.

Mas nem tanto ao mar, nem tanto à terra. O Pearl Jam ia começar às 20h30, 19h30 tinha o show de abertura e 19h30, 19h40...20h tinha gente chegando. O que essas criaturas acéfalas pensam? Só podem estar indo pra fazer figuração.

Eu, graças ao bom Deus, fui com pessoas tão ou mais frescas que eu que demoraram assim uns 30 segundos no máximo pra decidir subir pra arquibancada. Ficamos tranqüilamente sentados batendo papo esperando o show começar enquanto a pista enchia... enchia... ENCHIA... e se tornava a filial do inferno de Cracatoa. Mesmo a amiga de irmã de Kátia Lisa, que insistiu em ficar com uns amigos na pista, não agüentou e subiu pra arquibancada. Onde estava eu, feito um pachá, vendo todo o palco e com o coraçãozinho batendo forte, forte. Ai, meu colesterol.

Às 19h30 em ponto, chega assustei, começou a apresentação da banda MudHoney. MUD MUD! Mudquem? Nunca tinha ouvido falar, nem ninguém lá tinha ouvido, mas pra mim não fazia diferença eles no palco ou não. Quando comecei a ficar ligeiramente irritada, o sujeito parou de gritar e eu voltei a me concentrar em esperar o Pearl Jam.

E às 20h50... eis que entra Eddie Vedder lindão no palco. Não tenho todos os CDs deles, mas os quatro que tenho, mais um ao vivo, me garantiram ficar emocionada com músicas pouco óbvias, como Dissident, Betterman e Elderly woman behind the counter in a small town. Como qualquer um que estava ali, berrei enloquecidamente com as mais esperadas como Alive, Daughter, Even Flow, Once, The Last Kiss e Jeremy. E quando eles tocaram Black... fechei os olhos porque não queria que nada me distraísse, nem as luzes do palco. Queria receber a música na alma e lembrar daquilo pra sempre. Foi um momento sublime de adoração.

Saí de lá flutuando, andando a esmo, seguindo o fluxo das quarenta mil pessoas que iam embora extasiadas. Fui pela rua totalmente perdida acompanhando meus amigos sem nem saber pra onde. Até que me vi na Presidente Vargas, me perguntando como ia voltar pra casa se não passava nenhum ônibus e os táxis estavam todos cheios. Finalmente, passou um microônibus que vinha pra minha rua e parou milagrosamente, fora do ponto, no meio da rua. Eu e mais umas 15 pessoas nos jogamos nele, eu inclusive tive que subir com o veículo em movimento. Desci dele, andei sozinha à meia noite do Rio de Janeiro sem encontrar viva alma do ponto até a minha casa. Eu mal conseguia perceber o que estava acontecendo, porque tinha acabado de ver o Pearl Jam tocar e Black ainda corria nas minhas veias. Ou seja, eu estava praticamente drogada com uma música.

Eu tinha esquecido a sensação de ir a um megashow, de ouvir milhares de vozes cantando a mesma coisa. Se alguém tem o antídoto pra esta euforia que eu estou sentido até agora ... não quero.



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