quarta-feira, março 30, 2005

Fim

Não foi mostrada no BBB a cena cômica da Cláudia Rodrigues como convidada do Altas Horas que foi gravado ao vivo na casa. Em clima de A Diarista, Cláudia foi convidada a verificar se tudo estava limpo. Até aí, morreu o Neves. Nem foi engraçado, porque ela é engraçada interpretando uma personagem, não como ela mesma. Enfim. Quando acabou a tal inspeção, todos se sentaram para um bate-papo. Ela comentou que algumas pessoas na rua a param para perguntar quanto é a diária. Os BBBs se espantam. Então ela diz:

- Ih, vocês vão ouvir tanta coisa quando saírem daqui... vão perguntar de tudo pra vocês.


Aí o Serginho Groisman, pinkesco:


- O que vocês acham que vão perguntar pra vocês? Hein, hein?


Diante da hesitação de todos, Cláudia dispara:


- Ah, deixa logo eu perguntar pro Alan o que todo mundo quer saber: Alan, e a sua namorada?


Silêncio. Ele faz cara assustada. Serginho Robin Williams fica constrangido.


- Vocês terminaram antes de você entrar na casa?


- Não... – ele responde, sem graça.


- Se você fosse meu homem, ia apanhar muito.


Robin, mais constrangido, começa a se remexer e a providenciar o intervalo. Cláudia:


- Eu não podia perguntar isso, não?


Pelo visto, não. Nem registraram a presença dela no Altas Horas no BBB de domingo que passou os melhores momentos.

-----

E a final, hein? Oooh, que surpresa. Quase fiquei azul purpurinada de susto. Por favor. Tava na cara que BomJean ia ganhar. Desde a primeira semana os carinhas fortões deram 1 milhão de reais na mão dele, assim, de mão beijada. Toma.

Eu não dou uma sorte dessas, cara. Se eu ganhasse um milhão, eu ia montar aquela minha loja de geléias.



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A Pentel filha chegou

Nasceu em 28 de março a mais nova integrante da Família Joselita. Minha sobrinha Luiza, com 3kg106g e 49cm, veio ao mundo para brilhar, assim como a tia, que é megapop. Além de minha sobrinha é minha afilhada, o que faz dela uma estrela nata.

Estou completamente apaixonada. Alguém me explica como a gente pode ficar minutos seguidos olhando para um serzinho imóvel, que acabou de nascer, e ter vontade de ficar ali por toda a eternidade? E como se pode ter saudades de alguém que só existe fora da barriga há dois dias?



Comments: domingo, março 27, 2005

Lá vamos nós de novo

Eu não ia ver O Chamado 2. A crítica está detonando muito, ninguém foi ver ainda pra me dar nenhuma impressão e, pelo que eu li da história, realmente parece uma coisa sem sal. Então tinha colocado láaaa no final da minha lista de filmes a serem vistos, aquele final ao qual eu não chego nunca, já que não vou tanto ao cinema assim. Mas Papai Joselito ganha mensalmente uns ingressos pra ir ao Odeon BR e adivinhe que filme está passando lá? Não, Pedro Bó, não é Constantine, esse eu fui ver outro dia pagando e adorei. É O Chamado 2. Aquele da menininha que sai da televisão. Aquela que fez a dieta do poço. Ela.

Março já está acabando, a validade dos ingressos também, e meu lado Salim não permite que ingressos sejam jogados fora, daí que eu ia ver até filme iraniano de paisagem, com tomada de duas horas pra uma gota d´água caindo. Vou ver O Chamado 2.

O mais engraçado é que Papai quer ir também, mesmo não tendo visto o 1. Porque foi dele que eu herdei o sangue de Salim e, como são dois ingressos, ele quer gastar os dois. Então outro dia, meia-noite e blau, lua cheia brilhando no céu, lobos uivando nas estepes lá fora, eu sentei para contar a ele a história do 1. E fui dormir. E tive um mega power plus pesadelo, um assim no qual eu já estava morta. Uma maravilha. Imaginem quando eu, efetivamente, for assistir ao filme. Uma desgraça. Mesmo mal feito, tosco, história ruim, eu SEI que vai me dar medo. Ai, ai.



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Mad final

O que foi feito do ministro Juvenal Fagundes de Castro no final da minissérie Mad Maria? Sim, porque o cara era um dos personagens principais, de aparecer o nome logo no ínicio da abertura, e nem deu as caras no último capítulo. A última vez que eu vi o sujeito foi fumando charuto na porta do teatro. E ele não parecia lá muito preocupado com o governo da Bahia nem com a Priscila Elefantin.



Comments: quinta-feira, março 24, 2005

Apelação pascal

MSN, dias antes da Páscoa...

Eu: - Olha que lindo ... (link para o ovo Nhá Benta, da Kopenhagen)

PiratadoCaribe Paranóico: - Nem vem, não vou te dar ovo de páscoa.

Eu: - Pô, me dá aer. Não tenho mais pra quem pedir.

Pirata: - Nem é caro, hein?

Eu: - Pois é, não tive coragem de pedir pra papai.

Pirata: - Porra, tu não tem coragem de pedir pra ele, mas pra mim você tem?

Eu: - É que você está cheio da grana e não vai dar ovos pra ninguém, enquanto ele tem duas filhas para ovar.

Pirata: - Você está meio certa...

Eu: - Viu, viu? Me dá o ovo.

Pirata: - Metade certa porque eu não vou dar ovo pra ninguém, metade errada porque eu não estou cheio da grana.

Eu: - Ótimo, me dá metade do ovo.

Pirata: - E o que eu faço com a outra metade (seja educada)?

Eu: - Come, ué. Ou dá pra sua mãe, ela merece.

Eu: - Eu jamais seria mal educada com você... ainda mais pedindo um ovo.


Mal-educada. Imagina. Eu sou uma lady. Uma dama educada no colégio das freiras mancas de Luxemburgo. Mas não colou. Vou comprar uma Nhá Benta qualquer dia desses pra matar a vontade. É o jeito.



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Cascuda

Outdoor espalhado pela Zona Sul do Rio de Janeiro (bom, ao menos eu só vi por lá):

“Maracujá descansa a pele na ilha de cascas”

Tem o logotipo CASCAS, imitando o da revista CARAS, e a foto de um maracujá. É um anúncio do Hortifruti. E também a piada amarelo-maracujá da semana.



Comments: quarta-feira, março 23, 2005

A volta da que não foi

Eu tentei ir ao show do Lenny Kravitz. Juro. Afinal, seria um mega evento, onde o povo estaria. E eu gosto do Lenny. Logo, eu tinha que ir. Era quase uma equação matemática.

No final do dia, a equação não me parecia tão lógica assim. Estava chovendo. Eu estava cansada. Mas, afinal, acabei decidindo ir. Não posso deixar minha porção anciã me dominar e deixar de ir a um show porque trabalhei o dia inteiro e estou cansada. Eu, hein. Parece coisa de arrimo de família.

Tentei carregar Menina do Rouge e mais uma estagiária para a empreitada, mas elas amarelaram. Tolas, pensei eu. Eu era a mais velha de todas e a mais corajosa. Fui para a casa de Andreh (caminhando alegremente debaixo da chuva) esperar mais uma galera para sairmos todos de lá. Todos com seus bilhetes para não pegar fila (somos mais espertos que a maior parte das abelhas da colméia), nos encaminhamos para o metrô, pimpões. Crentes que éramos lindos, que íamos pegar o metrô e chegar em Copacabana sãos e salvos.

Que grandes pícaros sonhadores. Todo o populacho, a choldra, a patuléia do Rio de Janeiro* resolveu que tinha que ver aquele tal de Leni Cróvis que ia cantar de graça na praia. O metrô não estava lotado, não. Lotado não é a palavra. Aliás, acho que ainda não inventaram a palavra pro que aquilo era. Pega o mais lotado que você já viu em um ônibus/trem/metrô/carrocinha de pipoca e triplica. Pode ser que chegue perto. Ninguém entrava.

Depois de deixar passar uns quatro carros, resolvemos andar umas estações pra trás, em direção à Zona Norte, pra ver se conseguíamos entrar em um metrô em alguma outra estação. Descemos na Cinelândia, quatro estações depois de onde estávamos. Não adiantou. Não havia lugar nem pra uma bactéria nos metrôs indo pra Zona Sul. Um pobre diabo desconectado, voltando do trabalho, me abordou, os olhinhos assustados de ovo frito:

- Você está aqui há muito tempo?

- Mais ou menos...

- O que está acontecendo? É jogo de futebol?

Coitado do sujeito. Tive uma dó imeeensa das pessoas que estavam só voltando para suas casas e nem queriam ver o Cróvis.

Foi me dando um entojamento, de repente juntei o Lé de Lenny com o Kré de Krevitz e saquei que, se a coisa estava daquele jeito na ida, que as pessoas vão em horários diferentes, imagina na volta, com todos voltando ao mesmo tempo? Eu ia ter que voltar pra casa, e ia ter que voltar de metrô... porque de ônibus ia ser ainda pior e de metrô poderia ser impossível. Tec tec tec tec... Bruno e Marrone, meus dois neurônios tão pouco requisitados, acordaram do banco da praça e fizeram uma sinapse. Segundo eles, nem gostavam desse cara que ia tocar.

Catei o resto da minha sanidade mental e peguei o metrô vazio que ia pra minha casinha, tão linda, tão sem tantas pessoas dentro. Amarelei. Eu ia trabalhar no dia seguinte. Sabem como é. Um adulto deve ser responsável. E ouvir os mais novos, de vez em quando.


*Pra você, Rindu.



Comments: domingo, março 20, 2005

Cacão

Como agora eu sou uma pessoa que tem tempo, quinta-feira à noite fui assistir a uma peça com meus pais e uns amigos deles. Estávamos nós na porta do teatro, esperando umas pessoas chegarem, ni qui Mamãe Joselita vira e fala:

- Olha só quem está ali!

Aí deu-se início a uma cena em câmera lenta, eu me virando pra ver quem era, pensando que fosse alguém conhecido dela, e Mamãe dando um berro que deve ter sido ouvido lá em Rondônia, aquele estado que não tem ninguém usando:

- O ANTÔNIO FAGUUUUUNDES!!!

Não! Quis virar uma nuvem de monóxido de carbono e me misturar com a poluição local, só pra escapar do constrangimento. O homem estava do NOSSO LADO, claro que ouviu. Com mil cacetes famosos! Carioca quando encontra um ator de novela tem que ter uma atitude blasé, porque a gente aqui vê celebridade em tudo quanto é lugar, na praia, no cinema, na rua fazendo compras... Tem que fingir que não é nada!

Pobre Mamãe, foi a reação que veio com a surpresa de ver aquele homem lindo ali, fumando o seu charuto como se não fosse nada, incomodando as pessoas em volta... uma animação.



Comments: quarta-feira, março 16, 2005

Mais um dia normal

Como se não bastasse esse calor vesuviano, este inferno de Krakatoa que temos vivido, ainda por cima hoje o Rio amanheceu com uma greve de ônibus. Ah, que felicidade! Não podia ter sido uma frente fria em vez da greve? Custava nada. Uma frente fria e um pote de sorvete de doce de leite Haagen Dazs. E tudo ficaria bom novamente.

Mas voltando à vaca fria (a única coisa fria ultimamente é essa vaca, o resto está tudo derretendo)... Tá que eu olhei da minha janela e vi váaarios onibuzinhos passando como se nada tivesse acontecido... mas sempre fica aquela tensão. Porque você consegue o ônibus mas não se livra dos possíveis confrontos entre grevistas e motoristas fura-greve que possam rolar.

Peguei o primeiro ônibus que passou, mesmo ele me deixando um pouco mais longe do trabalho. Quando cheguei perto da entrada de um morro, ouvi um estrondo que quase furou meus tímpanos. Era do lado de fora, à esquerda, bem onde eu estava sentada... e aí eu pensei: é hoje. Demorou, mas chegou o meu dia de passar por um daqueles perrengues de novela, com direito a tiros e bomba. Afinal, carioca que é carioca tem que ter uma história dessas pra contar. Lembrei rapidamente de alguém ter me falado que estavam apedrejando ônibus, lembrei de uma granada que tacaram em um assalto recente naquela mesma rua, pertinho dali, mas, antes de pagar o mico de me jogar no chão do ônibus, coisa que por um pentelhésimo de segundo não fiz, o motorista esclareceu que “era só alguma coisa que tinha explodido no motor”. Meu dia de sorte, praticamente.



Comments: segunda-feira, março 14, 2005

Ploft

Sábado eu caí da cama. Não só porque acordei às 9 horas da madrugada para ir a um casamento na parte da manhã (e eu que nem sabia que no sábado existia isso), mas porque, literalmente, caí da cama! Quer dizer, caí, não, eu me atirei da cama. Me joguei no chão mesmo. Acordei no carpete, com o braço e o pé doendo, porque caí em cima deles. Olhei pra cima e pensei: “não é possível... tão velha e pagando esse mico!”. Teve um motivo, ainda que bizarro: sonhei que havia cobras na minha cama. Aí, pra fugir delas, eu me joguei no chão. Legal, né? Só espero nunca sonhar que as cobras estão por todo o quarto e me tacar pela janela. Essas minhas alucinações estão cada vez piores. Quem manda o povo daquele carro grande branco me deixar solta e sem medicamentos? Dá nisso.



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Deus me livre... I

De um dia ter um celular que tire foto, ir a um casamento e ficar levantando o aparelho pra tentar tirar foto da noiva. Coisa mais pavorosa. Só falta o bicho tocar junto com a marcha nupcial pro circo se completar.



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Deus me livre... II

De um dia correr pra pegar o buquê da noiva. Gente, se um dia vocês me virem indo lá esperar o buquê, por favor, cara, chamem mesmo aquele pessoal de branco pra me levar. Insistam com eles que eu não estou bem. Porque isso pra mulheres acima de 20 anos pega tão mal! Ainda mais pra mim, que já estou quase nos 30. Deus que me perdoe. Ainda por cima, nada me tira da cabeça que esses buquês vêm todos com inhanha e que quem pega nunca mais desencalha. Fica baleiuda para sempre. Ainda engorda uns 10kg, pra combinar.



Comments: sábado, março 12, 2005

Tererês amigos do exterminador

O exterminador de barangas está cada vez mais esperto. Agora ele se esconde em meu próprio corpo... mais precisamente, num fio do meu cabelo! O que aconteceu hoje é digno das histórias do meu amigo Andreh, e eu preciso dizer... isso só acontece comigo!

Tudo começou... há um tempo atrás... na Ilha do Soool! Bom, quase isso, já que tudo começou realmente na Bahia. Todos os seres do sexo feminino de cabelo comprido estavam fazendo tererês no cabelo. Como eu sou uma pessoa que adora fazer parte da massa, que quando viaja traz camisetas do local, chaveiros com miniaturas de monumentos e ímãs de geladeiras “eu amo Bahia”, tive que fazer um daqueles no cabelo também. Eu precisava.

Apareceu então uma tiazinha em Trancoso, na praia, que fez os tais tererês. Pra quem não sabe, tererê é uma trancinha do cabelo com umas miçangas. Nesse dia fiz dois. Ficaram uma graça, só que, quando lavei o cabelo, as miçangas escorregaram e um deles se desfez. Maldição! Eu queria chegar no Rio com aquilo na cabeça, praticamente uma menina baiana!

Como eu sou brasileira e não desisto nunca, encontrei uma outra fazedora de tererês à noite, na rua. Essa aí viu beeem a minha cara de turista otária e cobrou 20 reais pelos mesmos dois tererês pelos quais eu tinha pago apenas 4 no dia anterior. Como eu queria muito, topei. Especialmente porque ela disse que aqueles iam durar, que iam ficar um mês na minha cabeça.

E não é que duraram mesmo? Duraram tanto que essa semana eles me entojaram. Resolvi que ia retirá-los, que o tempo deles tinha acabado, que já era hora deles irem pro céu dos tererês. Retirei as miçangas e ficaram as trancinhas. Distraidamente, comecei a desfazê-las, enquanto via o Jornal Nacional. De repente, senti um negócio estranho no meu olho. Parecia que tinha caído um elefante morto lá dentro. Levantei, tirei a minha lente e o troço continuava lá. Quando olhei melhor no espelho, eu vi que tinha um CABELO dentro do meu olho, todo enrolado no meu globo ocular! A coisa não saía de lá, meu olho foi ficando vermelho, lacrimejando, tava vendo a hora que saltava das órbitas e ia parar, podro, na pia do banheiro. Chamei Papai Joselito pra ajudar, mas ele repetia seguidamente que não estava vendo cabelo nenhum, perguntava se eu tinha certeza de que tinha alguma coisa no meu olho e dizia que eu estava desesperada demais. Assim, que nem ele disse, quando eu quebrei o pé, que era pra eu parar com aquilo e andar logo. Um docinho de coco.

Maloquei eu mesma uns cotonetes que habitam o meu armário e catuquei o fio de cabelo até uma ponta aparecer e eu conseguir puxar. Uma autêntica celeuma. Pelo menos, não foi na hora da novela. Eu ia deixar o cisco gigante lá, que não ia perder Naza pegadeira se jogando da ponte.



Comments: quarta-feira, março 09, 2005

Dia Internacional sem Chocolate

Como eu explico pras pessoas que eu acho esse negócio de Dia Internacional da Mulher uma coisa absolutamente sem-graça? É um dia que deveria ser de conscientização, de luta, aquelas coisas pélas, mas que são importantes... deveria ser, porque a data foi criada com esse intuito, pra lembrar os direitos das mulheres, conquistar mais espaço e tal. Mas aí, caramba... virou uma data em que as pessoas dão "parabéns" para as mulheres. Grande coisa ganhar parabéns. Não faço a menor questão. Pra mim, é um dia como qualquer outro.

Bom, na verdade eu estou chateada mesmo porque Musa do Câncer foi almoçar ontem e ganhou brigadeiro de graça. Cacau Acelera foi em outro restaurante e ganhou bombom. Justamente nesse dia eu resolvi almoçar no francês e não ganhei nem uma mariola. Isso não pode estar certo.



Comments:

Histérica!

O que foi a reação da Karla-Orca-Baleia-Porca ao saber da eliminação da Aline-Língua-Maior-que-a-Barriga-da-Karla? "Não vai, não, Aline! Não vaaaai! Não deixa ela ir, Alaaaaan!"

Que porra é essa? Lembrei do Miguel Fallabella no Sai de Baixo imitando viúva de pobre no dia do enterro: "Não vaaai! Eu vou juuuuuuunto! Me leva juuuunto!". Palhaçada.



Comments: segunda-feira, março 07, 2005

Absurdos MSNênicos

Depois de meses de luta ferrenha, finalmente resolvi me render e entrar no MSN. A gente tem que evoluir, né? Lembro do tempo em que as pessoas só batiam papo pelo mIRC e pelas páginas de bate-papo da Uninet e da UOL. Aí, veio esta porcaria de ICQ pra estragar tudo. Sim, porque os chats era absurdamente mais animados. Demorei um tempão até me curvar à florzinha verde. E então, depois de anos ouvindo aquele O-OUUU irritante a cada mensagem, percebi que ninguém mais ficava online e que todas as pessoas do mundo usavam MSN. Resisti, mas não adiantou. Estou lá. E o ICQ aposentou-se.

O mais bizarro foi preencher a fichinha lá do perfil do MSN e ele mandando eu cadastrar um apelido. Caso eu não quisesse pensar muito, me ofereceram algumas opções superviáveis. A página dizia que eu podia usar um dos seguintes apelidos:


- 2077Losango
- 1422Salamandra
- 3449Fundador
- 3292Boneco
- 1496Lula

Ah, tá. Serei eu um losango? Uma salamandra? Um fundador? Um boneco? O Lula? Será que aquela nuvem que passa ali em cima sou eu?



Comments: sábado, março 05, 2005

Bizarrices da TV aberta à noite

Entrevista de Roberto Justus a Amaury Jr.:

Amaury: - Justus, o homem trai mais que a mulher?

Justus: - Olha, eu não tenho essa estatística, mas dizem que o homem tem o instinto de ter várias parceiras, de ser mais avesso à monogamia... então talvez o homem traia mais.

Uma resposta sensata a uma pergunta meia bomba. Aí o Amaury solta a pérola:

- É, mas você tem que ver que quando o homem trai ele trai com quem? Com uma mulher.

! Passado o susto, Justus tenta continuar sendo razoável:

- Sim, claro, mas se a mulher com quem ele está traindo for solteira, ela não está traindo ninguém.

E Amaury, com um olhar superior de sabedoria, como se tivesse encontrado o segredo do Santo Graal:

- Mas será que ela não está traindo a mulher do cara?

!!!

Então o pobre Justus desistiu. E eu também.



Comments: quarta-feira, março 02, 2005

Noite feliz

Ontem eu saí do conforto do meu lar, no meu derradeiro dia de férias, apenas, só e somente só para ir a aula. Se não fosse isso eu teria ficado em casa feliz, enroscada em aconchegantes cobertas imaginárias (porque com esse calor ninguém fica debaixo de cobertas reais), vendo o paredão do BBB.

Cheguei na faculdade, encontrei um amigo no corredor (sim, por incrível que pareça, até nós, os seres monstruosos, fazemos amigos), fiz uma social, fui pra sala e fiquei pensando nas looongas horas em que iria permanecer ali, ouvindo sobre Direito Empresarial e depois sobre Direito do Trabalho, até quase 11 da noite. Dureza. E nem tinha conhaque na sala.

Uma alma caridosa identificou a minha espera e anunciou:

- Olha, hoje não vai ter aula de Empresarial.

Anh? Como assim, Bial? Eu não quero sair na primeira semana! As pessoas ainda não me conhecem! Eu não pude mostrar meu verdadeiro EU.

- Como é???

- É, não vai ter aula. A professora está doente.

Essa não...Seu Madruga, me dá um beliscão pra ver se eu não estou sonhando.

Como eu não ia ficar duas horas no ócio até a outra aula, montei no porco e tomei o rumo de casa. E passei o resto da noite enroscada em cobertas imaginárias vendo o paredão do BBB.



Comments: terça-feira, março 01, 2005

Identificando-se

Minha carteira de identidade virou um trapo. Eu sabia que um dia isso iria acontecer, mas confesso que tomei um susto quando peguei o documento e percebi que ele estava se transformando em pó. Como isso foi acontecer? Em 91 ela parecia em tão bom estado!

Num ato de extrema bravura, aproveitei o restinho das minhas férias e fui TIRAR A SEGUNDA VIA DA MINHA CARTEIRA DE IDENTIDADE. Medo.

O primeiro passo foi tirar fotos 3x4 decentes, em um estúdio, que eu não ia novamente cair na esparrela de tirar a foto que vai me acompanhar pelos próximos 14 anos em um faz-monstro de supermercado.

Aí hoje, de posse das minhas novas e belíssimas fotos, respirei fundo e fui lá no posto conveniado do Detran. Eu sabia que tinha que ir pagar uma taxa no banco, mas fui antes no posto pra saber se eu tinha que pegar algum papel, formulário, sei lá. Chegando lá perguntei a funcionária:

- Oi, é que eu vou tirar a segunda via da carteira de identidade e eu sei que tem uma taxa que tem que pagar e...

A mulher, com cara de nádegas, me interrompe:

- Não é aqui não, é no Itaú.

Com mil caralhos. Depois que esclareci que eu queria apenas que ela me orientasse, se não fosse tomar muito o tempo dela, fui até o banco. Eu, Maria da Glória, uma pessoa da minha categoria, tive que enfrentar uma fila elorme pra pagar uma taxa besta no banco. Sabem há quanto tempo eu não enfrento fila de caixa de agência bancária? Há algumas semanas, porque fui fazendo companhia a Minnie Nome Triplo outro dia. Mas sabem há quanto tempo eu não enfrento fila pra alguma coisa pra mim? Há anos, porque tudo dá pra fazer pela internet, menos essas bostas de taxas que a gente paga pro governo.

Paga a taxa, voltei lá no posto. Já com o saco arrastando pelo chão, encarei de novo a tal funcionária. Dela, passei para uma outra que preencheu um formulário com os meus dados. Na hora do campo “profissão”, ela disparou:

- Estudante, né?

E foi preenchendo com o código de estudante. Eu:

- Não... jornalista.

Tudo bem que eu tenho esta carinha de boneca de porcelana, esses olhos amendoados e sou praticamente uma ninfa bebê, mas a pessoa não atentou para o meu ano de nascimento, que eu já tenho quase 30 anos e que, assim, de leve, poderia já ser alguma coisa nessa vida? Então ela apagou o tal código de estudante com uma borracha que eu invejei muito (apagou a tinta da caneta como se fosse lápis, sem o menor esforço) e colocou lá o código da profissão de jornalista: 171. Ah, agora sim!

Depois de borrocar as minhas frágeis e delicadas mãos com aquela tinta preta nojenta (que eu tenho a impressão de que só sairá totalmente se eu lavar com ácido sulfúrico), saí de lá vitoriosa. Com um lindo protocolo.



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