domingo, julho 31, 2005

Lama

Toda vez que passa o Lama na Rede Bobo eu assisto. Acho divertido, uma versão turbinada do bom e velho show de calouros. As pessoas estão competindo. Adoro ver gente competindo e torcer. Gosto de qualquer tipo de jogo, até purrinha tá valendo.

Nessa edição, eles fizeram algumas mudanças no julgamento, deixaram um pouco menos nas mãos dos telespectadores e os resultados vêm batendo com a minha opinião. Claro que todos sabemos que no final vai ganhar o pobrinho ou o mais simpático, mas tudo bem, até lá a gente vai se distraindo com o programa.

No último show, um dos candidatos me fez exclamar sozinha em casa: "Credo, coisa mais horrorosa! O que demônios é isso?". Fiquei com vergonha por ele. O sujeito, um tal de Cassiano Paim, executou, em todos os sentidos da palavra, a música Será, da Legião. Juro que pude visualizar o pobre Renato revirando-se todo no túmulo. Ele não merecia esse desgosto em cadeia nacional.

Na hora do resultado, o cara foi para um merecido paredão. A cantora que eu mais gostei, Evelyn, que é mega animada e tem uma voz ótima, ganhou a imunidade pelos jurados.

Legal. Eu gosto do Lama.



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Assassinaram a gramática

Eu sei que eu sou chata pra caramba, mas erros de português me irritam. Pronto, falei. Ontem eu estava chegando no meu prédio, quando entrei no elevador distraída. De repente, vi uma placa toda bonitinha colada na porta do elevador. Só que nela tinha uma crase que quase fez meus olhos entrarem em combustão espontânea. Estava escrito:

"Não puxe à porta"

O que ela quer dizer é que as pessoas animalescas do meu prédio, que gostam de quebrar tudo em mil pedacinhos, principalmente se for algo novo, não puxem a porta, porque ela demora a se fechar. Então é pra não puxar a porta, e não "à porta".

Tá que eu sou chata. Mas a síndica do prédio tira onda de que é advogada e adora fazer textos pretensamente rebuscados pra colocar no mural do prédio. Todos coalhados com muitos, muitos erros de português. E eu odeio eles.



Comments: quinta-feira, julho 28, 2005

Joselito no shopping

Sabadão, tranqüila e calma feito água de poço em casa, toca o telefone. Era Mel Passa o Rodo, pra dizer que tinha encontrado o Joselito no shopping. Não, ela não tinha encontrado UM Joselito no shopping, ela tinha encontrado O Joselito no shopping. Quase tive negócio:

- AHHHHH, meu Deus do céu da Penha! Vai lá, tira uma foto pra mim! Você não está com câmera?

Hoje em dia qualquer bípede que habita o planeta Terra tem uma câmera digital à mão. Se duvidar, até avestruz tem. Ou conhece alguém que tenha. Com Mel, claro, não foi diferente. Lindo, marido de Mel, estava com um celular que tinha câmera e ela disse que ia pegar com ele e sair correndo atrás do Joselito.

Fico tão emocionada quando as pessoas pagam mico assim pelos amigos!

Dali a cinco minutos, liga Mel.

- Nanda, sabe o que é? É que o Lindo não me emprestou o celular.

Jo-se-li-to! Não o de verdade, mas Lindo, que não emprestou a câmera porque ficou com ciúmes de Mel ir até lá. Como se ele não conhecesse Mel. Ela foi assim mesmo: já que não tinha câmera, foi lá pedir autógrafo pra mim. Pra eu escanear e pôr no blog.

- Joselito! Minha amiga é sua fã! Me dá um autógrafo pra eu dar pra ela?

- Só se você me der um beijo.

Sem noção.

- Que isso, meu marido está ali, eu só quero um autógrafo pra passar pra minha amiga.

- Então me dá seu telefone.

Ele não sabe brincar. Ele é Joselito!

E a pobre Mel voltou de mãos vazias. Ao menos, rendeu uma história pro blog.



Comments: quarta-feira, julho 27, 2005

Joselito, o cobiçado




Comments: terça-feira, julho 26, 2005

Ratos secos, ratos mortos, ratos, ratos...

Ah, sim. Pentel não tem medo dos ratos porque uma vez os sogros dela, pais de Cunhado sem Loção, descobriram um bicho desses em casa e mandaram chamar um exterminador de rato. Na publicidade da empresa, dizia "MATA E SECA O RATO". E como se faz para matar um rato que não seja a vassouradas (de aço, de preferência) ou com veneno? Bom, o tal exterminador, quase o Schwazenegger do mundo dos esgotos, chegou lá, abriu uma bolsa e tirou um diapasão, um instrumento semelhante aos que os otorrrinos usam pra testar audição. Ele vibrou o diapasão algumas vezes pela casa, guardou o objeto, virou-se para os pais de Cunhado e disse, simplesmente:

- Pronto, morreu.

Uai! Os dois olharam para o Schwazenegger com uma cara de "que parte foi que nós não entendemos?".

- Morreu?

- É.

- Mas cadê ele?

- Não sei, mas que está morto, está. Esse diapasão estoura os tímpanos do bicho e ele morre. Qualquer hora aparece por aí.

Então eles se conformaram e pagaram o sujeito. Fazer o quê, né? Não assinaram nenhum contrato exigindo o cadáver do rato... o jeito era esperar pra ver se ele ia aparecer ou não, mas começaram a desconfiar que tinham escutado uma conversa pra bovino dormir.

Dias depois, eles abriram um armário e estava lá o corpo estendido no chão, quer dizer, na gaveta... o rato morto e seco, conforme prometido pelo tio do diapasão mortal.

Ai, que eu estou muito precisada de um diapasão desses! Pra estourar tímpanos de pélas-saco antes mesmo que eles pensem em vir pelar. Ia dar supercerto.



Comments: sábado, julho 23, 2005

Ratos vivos

Rato bom é rato morto. Eles são muito úteis para se tacar nos pélas-saco que povoam essa grande bola em que a gente vive. Talvez seja pra isso que eles existam: para morrer e se tornarem quase heróis. Que bonito isso.

Só que para morrer é preciso estar vivo (caraca, como estou filosófica hoje. Acho que vou escrever um livro de auto-ajuda com anjos, cristais e borboletas e ficar rica). E esses bichinhos nojentos estão por aí, circulando. Outro dia, estávamos eu, Pentel e miniPentel no Museu da República passeando. Pra quem nunca veio no Rio e não conhece, o Museu da República é a antiga sede da República, quando a capital era o Rio. Lá tem um jardim lindo, ótimo pra caminhar.

Enfim, estávamos nós lá quando Pentel resolveu ir comprar uma água de coco e eu fiquei esperando afastada com miniPentel. Dali a pouco, a vejo agitando as mãos, olhando pra mim e dizendo "olha, olha!". Não entendi o que era até que ela voltou e disse que tinha um rato perto do lixo do tiozinho do coco, que não pareceu muito abalado quando minha irmã apontou a criatura. Ele espantou e o bicho saiu correndo, direto pra cima do pé de uma mulher que estava parada perto. Ele parou em cima do pé dela e CAVOU que nem a Tutti! Visualizem um rato em cima do pé de vocês cavando igual cachorro. Coisa linda de Deus. Posso imaginar mil reações que eu teria, entre gritos histéricos, perda de voz, desmaio instantâneo e perda de cabelos, além de um nojo sem fim. Mas a mulher - sorte dela! - não viu e nem sentiu nada e o rato foi embora sem que ela pudesse se aterrorizar.

Agora que eu já superei meu trauma de baratas, meu grande pânico é ter que enfrentar um desses invertebrados (ha. Segundo a professora primária de um amigo meu, rato é invertebrado. Que medo do que ensinam pras crianças). Como se mata um rato? Tenho coragem não.

A sorte é que eu moro em apartamento, andar alto e isso nunca vai acontecer. É mais fácil aparecer um saci ou o sapo boi azul. Pentel disse que um rato pode vir pelo vaso sanitário. Mas eu não acredito nela não.



Comments: quarta-feira, julho 20, 2005

Dia do amigo

Hoje é dia do amigo. Achei que ia chegar no trabalho e meu e-mail estaria lotado com mensagenzinhas com ursinhos, florezinhas, powerpoints infernais da Hello Kitty com musiquinhas e flores e toda a sorte de coisas do gênero. Mas não, Jamelão! Recebi apenas três e-mails de dia do amigo. TRÊS. Teve gente lá que ganhou até presente e eu só tenho três amigas. Sou praticamente o Shrek antes do burro e da Fiona.



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Yes, eu vejo novela

Eu sou noveleira mesmo, portanto, não adianta me criticar, simplesmente porque eu vou jogar um candango morto e continuar vendo assim mesmo. Que morram todos os que pensam que acham que podem me dizer do que gostar. E que sejam encontrados apenas sete dias depois com o rosto meio comido pelo gato morto de fome.

Voltando às novelas. Comecei a ver nas férias e me apaixonei por Alma Gêmea, a novela das seis. Sempre que posso vejo. Hoje fiquei sorrindo apatetada vendo a cena do Rafael (personagem do Du Moscovis) e da Serena (personagem da Priscila Ex-elefantin) passeando de bote. Tudo tão lindo! Me senti a própria gorda da novela Carrossel (que eu também via) dizendo: "É tão romântico!"

Até esqueci que estava no salão de beleza fazendo as patas. Lembrei de repente e resolvi olhar em volta. Mais da metade das pessoas ali olhava com sorrisos abestalhados pra TV, todos com a cara da gorda da Carrossel.

Ou seja, não sou só eu a mané. As pessoas gostam de ver histórias fofas com borboletas coloridas passando. Eu gosto de futebol, não uso hidratante, mas nessas horas sou uma mulherzinha total.



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Big Brother CPI

O depoimento do Delúbio na CPI dos Correios é mais viciante que Orkut. Faz tempo que não vejo nada tão divertido.

Um deputado fazia perguntas difíceis de serem respondidas e o Delúbio consultava o advogado pra responder. Na teceira vez que ele fez isso, o homem disparou:

- Olha, se continuar assim, vou querer fazer as perguntas direto ao seu advogado. Aliás, o senhor nem precisava estar aqui, né, se pra tudo tem que consultar o advogado! Era melhor ele ter vindo sozinho.

Na cara!

E finaliza:

- Espero que o senhor seja condenado.

Na caaaara!



Comments: segunda-feira, julho 18, 2005

Contos da Pentel adolescente

Pentel hoje em dia é uma pessoa finíssima que a vida trata bem. Mas já foi uma pícara sonhadora adolescente, que morava na roça, pisava descalça na grama, tinha bicho de pé e usava aquele cabelo pavoroso com franjinha anos 80. Como eu nessa época era quase apenas um anjinho, me abstenho de dizer que eu estava do lado dela compartilhando todas essas características (menos o bicho de pé, que eu tive a sorte de não ter). Isso é um detalhe minúsculo e irrelevante.

Voltando ao assunto, essa figura extrema que é minha irmã certa vez comprou uma calça jeans desbotada na Mesbla. Sei que os mais novos não terão registro em seus cérebros (novíssimos e cheios de neurônios vorazes primos muito mais novos de Bruno e Marrone) do que é Mesbla ou jeans desbotado, mas fato é que ela comprou uma calça jeans desbotada na Mesbla. E chegou em casa toda toda, admirando a calça, experimentando novamente, sonhando com o momento em que faria exposição da própria figura com a calça ... até colocando a nova peça de roupa na cama pra dormir abraçada com ela de tanto amor que pegou.

Porém, naquela mesma noite, Pentel adolescente e o resto da Família Joselita via o novelão das oito (que na época ainda passava às oito mesmo, que nove horas era hora de dormir), ni qui começa uma propaganda na televisão. Aparece uma loira bonitona, segurando uma calça jeans clara bem parecida com a que Pentel havia acabado de adquirir com tanto amor no coração. A moça na TV olha para a calça e diz:

- Vejam esta calça... jeans desbotado... uma coisa, né? Olhem só como cai bem!

E tuf! Taca a calça no lixo! A garota começa então a explicar que aquele tipo de calça não estava mais com nada, que não ia mais usar, que era over, horroroso, péssimo, joguem fora rápido, por favor.

Pobre Pentel. Como se destroem sonhos. Depois cresce implicando com o vestido de Creuza da irmã e perguntam o porquê.



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Galera da comunidade

Pessoas todas que lêem esta porcaria: entrem na comunidade no meu blog no Orkut. Já existe uma que não vingou, vamos ver se essa vai pra frente. Já tem a incrível quantidade de TRÊS participantes. U-HU tererê. Agora a coisa vai.

Cliquem aqui para acessar.

Criada pela Natália, leitora que se define como um ser bizarro. Como não podia deixar de ser.



Comments: sábado, julho 16, 2005

(Quase) Peguetes bizarros das minhas amigas bizarras

Derrubada por uns drinks batizados que tomou, uma amiga minha capotou no sofá da boate. Quando fui embora, ela estava lá dormindo no ombro de um carinha. No outro dia, ela me contou que não ficou com o sujeito e ele ainda a acordou, levou até o ponto, esperou o ônibus chegar, enfim, era o próprio anjo da guarda dela. O que ela não lembrava é que tinha trocado telefone com ele.

Isso foi há quase um mês. Essa semana, estava ela num barzinho ni qui o celular toca. Quando ela viu o nome que apareceu, não reconheceu e achou que fosse o ex de uma amiga. Atendeu.

Ela: Alô?

Ele: Alô! Você tá onde?

Ela: Quem tá falando?

Ele: Você tá onde???

Ela: Na Tijuca.

Ele: Onde?

A essa altura, ela já estava pensando que poderia ser um psicoduck qualquer, o que não é muito difícil. Maluco tem aí mais que chuchu na serra. Mas de repente lembrou da figura anjo da guarda e tudo o que o álcool havia encoberto, de repente, voltou. Ah, nosso cérebro tem uma capacidade de recuperação incrível. Chega me emociona.

Ela: Olha só... você sabe quem tá falando????

Ele: Pô, sei...

Ela: Quem é então?

Ele: (todo enrolado) É, bem... é porque o seu número...

Ela: Já sei... você achou meu número no celular, não sabe quem é e ligou pra saber né? hahahaha

Ele: hahahaha

Ela: Você salvou a minha vida outro dia na boate.

Ele: Ahhhhh! Claro! Tudo bom com você?

Ela: Tudo!

Ele: Chegou bem em casa aquele dia?

Ela: Cheguei sim.

Ele: Mas você tá onde mesmo? (rolava uma fixação pelo lugar onde ela estava)

Ela: Tô na Tijuca.

Ele: Vamos sair!

Ela: Pô... nem tem como! Eu tô na despedida de um amigo meu!

Ele: Ah! Então tá! Depois eu ligo para marcarmos alguma coisa.

Ela: Ah... tá bom!

Ele: Então tá! Beijo.

Ela: Tchau!

Vejam o que faz a curiosidade humana. O sujeito não tinha idéia de quem era, mas arriscou ligar assim mesmo pra tentar descobrir na caruda. Eu só compreendo porque sei a agonia que é ver um "Claudio moto" gravado no seu celular e não ter registro de onde aquilo saiu.

Acho que preciso apagar uns nomes da minha agenda antes que seja tarde.



Comments: quinta-feira, julho 14, 2005

Textinho bobo ... mas com vários línquius!!!

Esses dias eu tenho estado num ócio que tá dando até gosto. Pena que acaba semana que vem, segunda-feira. Por que eu não posso ter três meses de férias no ano? Não custava nada e acho que não é pedir demais. Papai do Céu podia fazer esse favor pra mim e eu, em troca, juro que me comportaria. Se bem que eu já sou comportada, sou quase uma carmelita descalça cega da Dinamarca.

No meu sagrado descanso, descobri, navegando em comunidades no Orkut, várias coisas viciantes na internet. Aliás, comunidades no Orkut também são coisas viciantes. Você clica em uma, que leva pra outra que também é interessante e isso não pára nunca mais.

Primeiro descobri o jogo de Stop (adedonha ou adedanha para alguns) na Central de Jogos. Fico hoooras ali. No primeiro dia que joguei, até sonhei com isso. Sabem aquelas coisas que fritam o cérebro? Então. Eu não recomendo. Mas virei usuária pesada.

Achei também uma área do Google que tem fotos de satélite do mundo inteiro. Sentei aqui com Papai Joselito e localizei vários pontos do Rio de Janeiro: o meu prédio, o prédio de Pentel, a casa onde eu morava quando era pequena... claro que precisei da ajuda dele, porque meu senso de direção é zero vezes zero igual a zero mesmo. Ficamos mais de uma hora brincando nisso e, quando eu cheguei em casa no dia seguinte, estava meu pai sentado ao computador localizando outras coisas. Eu não recomendo. Nem comecem.

Além de navegar nas bizarrices da internet quando não estou viajando pra algum canto sem conexão com o resto do mundo ou quando não estou com a miniPentel, minha outra diversão é comer. Estou comendo feito uma vaca corna, prenha e gorda. Como tudo que vejo pela minha frente: torta de chocolate, cream cracker, doce de leite, macarrão, pipoca, bombom... mais uma semana de férias e eu precisaria da dieta do poço. A minha sorte é que já está acabando. Tudo tem um lado bom. Como sou feliz. Lá lá lá. Lá.



Comments: segunda-feira, julho 11, 2005

Categórica

No Arraiá do Liso, minha amiga de repente declarou que não pode se casar antes de beijar um japonês e um homem de cabelo grande. Imediatamente, ponderei:

- E um anão? Você já beijou um anão?

- Anão? Não...

- Então, inclui aí a categoria anão.

- Pô, mas não existem muitos anões.

- Tudo bem, não precisa ser anão, anão mesmo. Qualquer coisa que seja mais baixa que você.

Isso foi apenas o início para longas horas que passamos listando categorias de homens que precisávamos pegar antes de casar e cada uma dizendo se já tinha beijado ou não. Logicamente, saíram várias coisas bizarras. Das que eu me lembro:

- Índio
- Fazendeiro
- Homem da lei (policial, juiz, procurador...)
- Bandido (homem que já foi preso, estilo Simonny e aquele rapper)
- Muito rico
- Muito pobre
- Que depois morreram (cruzes! Pior que eu já peguei um que depois morreu. Mas não fui eu quem deu chumbinho)
- Com alguma deficiência física (o papo começa a ficar politicamente incorreto)
- Obeso mórbido (não falei?)
- Famoso
- Gringo
- Judeu
- Comprometido (esse tipo todo mundo já pegou ainda que não saiba, mas vale como categoria)
- Gay
- Bem mais velho (terceira idade)
- Bem mais novo
- Com filhos (já vem com brinde)
- Surfista
- Sarado
- Militante de partido político

E muitas outras mais que eu não me recordo. Enfim, concluímos que só poderemos nos casar aos 54 anos, depois de preencher todas as categorias. E que antes de beijar qualquer um tiraremos uma superprancheta da bolsa e faremos perguntas pra ver se preenchem requisitos que nos farão riscar um item da lista. Se riscar mais de um (se o cara for gringo, judeu e riquíssimo) melhor ainda.

Se eu permanecer jogada no vento para todo o sempre, vocês já sabem o que é. É que sou uma mulher de categoria.



Comments: sábado, julho 09, 2005

Coisas de patas

Anteontem fui fazer as patas e do meu lado tinha uma mulher fazendo as dela também. Até uma pessoa simpática, coitada. Mas aí ela achou de contar que tinha feito uma mousse de bacalhau e que a mousse tinha ficado ótima e que todos tinham gostado e blá blá blá Whiscas Sache. Não satisfeita com o silêncio sepulcral que estabeleceu-se no salão (e silêncio em salão de beleza é um evento raríssimo, que só acontece de 76 em 76 anos junto com a passagem do cometa Halley e com as boas fases do meu time), ela resolveu continuar a falar. Deve ter pensado "quem cala, consente". Sei lá. O caso é que ela resolveu CONTAR COMO SE FAZIA a tal mousse e começou a dar a receita, ali, na hora:

- Você pega o bacalhau, cebolinha, sbrublles, esguenuis flow, erva de sei lá o que...

Comecei a pensar em como aquela conversa poderia ficar ainda mais entediante pra mim. Vejam: eu só uso fogão pra fazer miojo, se eu fosse dona de casa, só ia comer congelado, miojo e salsicha. E a mulher falando do meu lado sobre como fazer uma mousse de bacalhau. Se ela estivesse falando sobre um jogo de futebol americano ia estar mais interessante.

De repente, como que por milagre, o assunto mudou. Alguém entrou e começou a falar de doença. Graças a Deus! Lá pelas tantas, perguntaram um remédio bom pra gastrite e a minha manicure, que é uma companheira no lançamento de bichos mortos, disse, com cara de sem saco:

- Chumbinho.

Sensacional. Àquela altura, eu já estava quase pedindo um pouco pra mim também.

E quando o papo de doença acabou, a mulher da culinária respirou e continuou:

- E então você pega aquela massa de bacalhau e...

O meu chumbinho! Cadê?



Comments: quarta-feira, julho 06, 2005

Coelhos amarelos

Outro dia, lembrei que quando eu era só uma criancinha pequena e remelenta, eu tinha dois coelhos. Na verdade, um era meu e outro de Pentel. O meu era branco e o dela cinza, acho. Os nomes eu não vou lembrar mesmo, que Bruno e Marrone estão de férias junto comigo, mas é claro que demos nomes aos bichos, porque, na época, ainda éramos duas meninas sensíveis e inocentes.

Os animaizinhos peludos e fofinhos fizeram a alegria das nossas vidas até que, um dia, misteriosamente, sumiram. Mamãe Joselita veio, triste, informar que, na chuva da noite anterior, a garagem onde eles ficavam tinha enchido e os bichos tinham ido embora com a água. Uma história de gente pobre. Enchente levando coisas. Miserê total.

Bom, essa foi a versão na qual acreditei até semana passada. Na nossa viagem a Lumiar, relembrei a história.

- Mamãe, lembra daqueles coelhos que a gente tinha quando era pequena? Eles foram levados pela enchente, né?

E ela, tranqüilamente, como se não fosse nada:

- Que enchente o quê. Eu dei aquilo pros outros. Eles roíam tudo!

Cara, vou te contar. Tenho até medo do que mais eu possa vir a descobrir com a idade. Já teve a história da tartaruga que Mamãe soltou no terreno baldio e disse que a fada tinha transformado em pedra. Agora os coelhos. Pra me dizerem que eu fui achada por um gari no caminhão de lixo é um pulo. E de coelho. Pra terminar o post com uma piada amarela que é a alegria do povo.



Comments: terça-feira, julho 05, 2005

O baile lá na serra

Todo ano eu vou numa festa junina bizarra, porque senão eu não seria eu. Este ano, o evento deste tipo foi em Petrópolis, a uma hora e blau de viagem da minha casa. A bizarrice consistia, primeiramente, no fato da festa ser tão longe, num lugar tão frio e eu ir num ônibus que me traria de volta às 6h da manhã. Ou seja: se a festa estivesse uma merda e eu congelando, perdeu, pray, ia ter que ficar esperando o baile lá na roça ir até o sol raiar. A segunda bizarrice foi que a festa era a caráter, segundo me informou a amiga que me chamou pra ir. Arrumei emprestado um vestido caipira com um avental de milho e fui.

O ponto de encontro para pegar o ônibus era em frente ao Shopping Rio Sul. Chegando lá, fui recepcionada por um bando de pessoas vestidas de preto com o V de Vivo desenhado nas costas. Uma campanha surreal da empresa de telefonia celular: os caras ficavam fazendo com a mão um V deitado para todos que passavam. Só isso. Um traseunte passou por mim e, chateado, comentou: "eu, hein. Coisa mais sem sentido. Ainda se dessem um brinde pra gente". Concordo plenamente. Podiam dar aquele lenço bordado que eu não ganhei no Fashion Rio.

Depois de encontrar por acaso um palhaço que me fez conjugar todo o verbo morrer no imperativo, finalmente minhas amigas chegaram, o ônibus chegou e eu parti pra Petrópolis. Claro que na ida tinha um mala no ônibus. Porque se num ajuntamento de quatro ou mais pessoas sempre está contido um mala, imagina num grupo de 40. O sujeito inconveniente até o último fio de cabelo ensebado encheeeu a cara de cerveja e fez o motorista parar pra ele fazer xixi. Ainda ficou fazendo piadinhas dizendo que fazia mal prender o xixi e blá blá blá Whiscas Sache. Se eu fosse o motorista, teria deixado ele lá, mijando para todo o sempre na serra.

Enfim, chegamos ao nosso destino. Um frio do cão chupando sacolé de manga, fomos nos arrumar. Eu estava ridícula, mas tão ridícula que nenhum de vocês pode imaginar. Quando eu saí do lugar onde tinha me arrumado, me dei conta de que estava morrendo de vergonha de encarar os outros habitantes da festa. O que me consolava é que era uma festa a caráter, logo, todos estariam fantasiados e eu sumiria na multidão.

Péee! Errado, toola! Em toda a festa tinha umas quatro ou cinco pessoas no máximo vestidas a caráter. Todo o resto teve o bom senso de colocar uma calça jeans e um casaco bem quente e fazer no máximo uma maquiagem mais colorida. Me senti a própria Brigdet Jones chegando de fantasia de coelhinho na festa da velharada.

Tinha um conjunto de forró tocando e tinha um cara que queria dançar comigo. Esqueci de avisar pra ele que eu só consigo dançar com o Papai Joselito, que é o único que me entende. Foi um desastre. Quando acabou a música o cara tratou de vazar e desaparecer. Ainda no quesito dança, participei da quadrilha da morte com uma amiga minha. Levamos socos na boca, pisões, puxões de cabelo... mas foi divertido.

Cinco horas e uns quebrados estava eu de volta ao ônibus, sã e salva, depois de ter passado as últimas horas agarrada numa cadeira perto da fogueira. Que dali eu só saía se o Gael me chamasse. No ônibus, claro, também tinha uma mala, uma outra diferente do da ida. Ela gritava o tempo todo e eu já estava ficando agoniada. Ainda mais porque os ratos mortos tinham ficado em casa. Esqueci. De qualquer maneira, ela acabou nos salvando de passar o domingo em Minas. O motorista já ia alegremente em direção a Juiz de Fora quando a mala, que era a única pessoa acordada do ônibus, percebeu e avisou. Depois disso tive muito medo de rolar numa daquelas ribanceiras do caminho e nunca mais ver a Sassá. Mas não.



Comments: sábado, julho 02, 2005

Peguetes bizarros das minhas amigas bizarras

Amiga: - Sou pára-raio de maluco.

Eu: - Quem foi dessa vez?

Amiga: - Lembra daquele do meu aniversário?

Eu: - Não... fala mais. Aquele que teve amigdalite e ficou sensível, achando que você não ligava pra ele?

Amiga: - Não... Não sei direito como especificar... ahhhh, é um que teve pneumonia!

Eu: - Aquele que cospia sangue?

Amiga: - Esse mesmo!

Que orgulho que eu tenho das minhas amigas bizarras! Poderia até ser confundida com alguém da Família Monstro.



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